Manuel Alegre envia recado ao PCP e ao Bloco
C.R.L. (DN) 29.9.09
O diálogo entre os partidos da esquerda é mau, mas, na actual conjuntura política, eles estão obrigados a entender-se. Foi esta a tese que Manuel Alegre defendeu, ontem, em entrevista à SIC Notícias. "Seria grave que se criasse uma situação em que se acabasse por oferecer o poder à direita", disse o histórico militante socialista, sublinhando que "o eleitorado não quis dar a vitória" aos partidos da direita parlamentar, PSD e CDS/PP.
Sem maioria absoluta, o PS terá de procurar acordos com os restantes partidos. Mais diálogo, menos imposição. Está o PS preparado para assumir um novo comportamento político? Manuel Alegre diz que "não vai ser fácil, dada a natureza de algumas pessoas" do seu partido. "É preciso aprender uma cultura de negociação", enfatizou o histórico socialista, que vai sair do Parlamento. Ainda assim, reconheceu capacidade política a José Sócrates para procurar entendimentos, considerando que o novo quadro político irá obrigar a alguma "criatividade".
E negociar com quem? "Preferencialmente à esquerda", respondeu Alegre, dizendo, porém, que um entendimento com o CDS/PP de Paulo Portas seria "porventura mais fácil", mas iria colocar "problemas dentro do PS e ao próprio eleitorado socialista".
Quantos aos resultados eleitorais em si, o ainda deputado socialista elogiou a vitória do PS, que, na sua opinião, "partiu com uma grande desvantagem: medidas controversas e os casos". Sobre o PSD, afirmou que só "um milagre" poderia dar a vitória aos sociais-democratas pela forma como fizeram campanha. "Sem comícios, sem festa, assim não é possível ganhar as eleições".
Na meia hora de entrevista, Manuel Alegre apenas vacilou quando questionado sobre a sua disponibilidade para ser candidato presidencial do PS. "Há muita gente na direcção do PS e alguns soaristas que não gostavam que eu fosse." Mas não fechou completamente a porta. Desde que sentisse o "conforto" da direcção do partido e "de outros não socialistas". Alegre afirmou estar convencido de que Cavaco Silva vai recandidatar-se a um segundo mandato, considerando o actual Presidente da República como um adversário "difícil".
C.R.L. (DN) 29.9.09
O diálogo entre os partidos da esquerda é mau, mas, na actual conjuntura política, eles estão obrigados a entender-se. Foi esta a tese que Manuel Alegre defendeu, ontem, em entrevista à SIC Notícias. "Seria grave que se criasse uma situação em que se acabasse por oferecer o poder à direita", disse o histórico militante socialista, sublinhando que "o eleitorado não quis dar a vitória" aos partidos da direita parlamentar, PSD e CDS/PP.
Sem maioria absoluta, o PS terá de procurar acordos com os restantes partidos. Mais diálogo, menos imposição. Está o PS preparado para assumir um novo comportamento político? Manuel Alegre diz que "não vai ser fácil, dada a natureza de algumas pessoas" do seu partido. "É preciso aprender uma cultura de negociação", enfatizou o histórico socialista, que vai sair do Parlamento. Ainda assim, reconheceu capacidade política a José Sócrates para procurar entendimentos, considerando que o novo quadro político irá obrigar a alguma "criatividade".
E negociar com quem? "Preferencialmente à esquerda", respondeu Alegre, dizendo, porém, que um entendimento com o CDS/PP de Paulo Portas seria "porventura mais fácil", mas iria colocar "problemas dentro do PS e ao próprio eleitorado socialista".
Quantos aos resultados eleitorais em si, o ainda deputado socialista elogiou a vitória do PS, que, na sua opinião, "partiu com uma grande desvantagem: medidas controversas e os casos". Sobre o PSD, afirmou que só "um milagre" poderia dar a vitória aos sociais-democratas pela forma como fizeram campanha. "Sem comícios, sem festa, assim não é possível ganhar as eleições".
Na meia hora de entrevista, Manuel Alegre apenas vacilou quando questionado sobre a sua disponibilidade para ser candidato presidencial do PS. "Há muita gente na direcção do PS e alguns soaristas que não gostavam que eu fosse." Mas não fechou completamente a porta. Desde que sentisse o "conforto" da direcção do partido e "de outros não socialistas". Alegre afirmou estar convencido de que Cavaco Silva vai recandidatar-se a um segundo mandato, considerando o actual Presidente da República como um adversário "difícil".
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