segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"Para quê tudo isto?"
(JN) 28.9.09
Em dias repetidos como o de ontem ocorre-me sempre a céptica expressão "para mim tanto faz", vagamente afim de uma outra que inclui moscas e suas nauseabundas preferências alimentares.
No momento em que estou a escrever, não sei ainda se, de ontem para hoje, as moscas terão mudado ou não, mas para mim (e, excepto para as moscas, creio que também para a generalidade dos portugueses) tanto fará; a mesa continuará posta para os mesmos e continuarão a ser os mesmos a pagar a conta. Como há 35 anos (a História coincide às vezes consigo própria), a "maioria silenciosa" terá supostamente falado. O que quer que tenha dito, recolheu já a penates e só lhe será dado de novo dizer, ou eventualmente rosnar, alguma coisa daqui a 4 anos. Não é dispiciendo que o possa fazer (falar, mesmo que só de 4 em 4 anos, mesmo que em silêncio), mas pergunto-me se isso chega ou, com O'Neill, se, a partir de hoje e qualquer que tenha sido o resultado eleitoral, "acaso o nosso destino, tac!, vai mudar". Assim sendo, como a descoroçoada mula de Carl Sandburg que incendiou Chicago, "para quê tudo isto?, para quê tudo

3 comentários:

Anónimo disse...

Dseta vez, nem as moscas mudam, só virão mais algumas...

José Rodrigues disse...

As moscas poderão ser as mesmas, mas terão de agir de forma muito diferente. Tudo mudou. Acabou a ditadura da maioria absoluta e oxala nunca mais volte em situação nenhuma. Tudo será diferente. Isto já não será para os Sócrates mas para gente ben preparada, com mentalidade democrática e desligada dos lóbis das obras públicas.

Micaela disse...

Dr.Pedro faz muito bem em retirar os comentários do provocador do costume. Além do que é, é um idiota chapado.Por causa desse tipo de gente fanática e desprovida é que o PS não se aguentou co ua maioria que lhe foi dada pelo0 Santana Lopes e lhe estava a ser dad agora perla pobre coitada da MFL. Mas nem assim. Por causa deste tipo de acéfalos como o anónimo José da Silva do costume com vário nomes. Além de mais um cobardola. Eu, se fosse a si, nunca o deixava entrar aqui...