segunda-feira, 14 de abril de 2008

Entendimento ME - Plataforma Sindical Professores


Para se perceber melhor basta saber que a "participação em acções de formação contínua" não é obrigatória para os contratados, ou seja para os únicos que serão avaliados sob este parâmetro, ou seja que não serão. Não se percebeu melhor? Que se há-de fazer, a vida é assim. Somos todos bons rapazes. E há coisas complicadas, mesmo muito complicadas...

14.04.2008 - 14h56 Lusa
O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, afirmou hoje que o entendimento entre o Ministério da Educação e os sindicatos do sector sobre a avaliação dos professores criou "muito boas condições" para fazer avançar com o processo. "Penso que os sindicatos também estão satisfeitos", declarou Valter Lemos aos jornalistas em Serpins, concelho da Lousã, considerando que o desfecho das negociações foi "muito positivo para todos". O secretário de Estado da Educação expressou confiança no avanço normal do processo de avaliação dos docentes, acreditando que o entendimento a que chegaram as partes põe termo à situação conflituosa que existia entre os professores e o Ministério da Educação. "Penso que, se era essa a razão [do conflito], ela está agora ultrapassada", acrescentou.
Na madrugada de domingo, no final de uma reunião de mais de sete horas entre a equipa ministerial e a Plataforma Sindical que tem liderado a contestação ao regime de avaliação dos professores foi anunciado que, neste ano lectivo, a avaliação de desempenho terá apenas em conta quatro parâmetros, aplicados de igual forma em todas as escolas. A ficha de auto-avaliação, a assiduidade, o cumprimento do serviço distribuído e a participação em acções de formação contínua, quando obrigatória, serão os únicos critérios a ter em conta. Estes parâmetros integram o regime simplificado da avaliação de desempenho a desenvolver este ano lectivo, sendo aplicados a todos os professores contratados e aos dos quadros em condições de progredir na carreira, num total de sete mil docentes.
Os sindicatos exigiam que estes critérios fossem aplicados de forma igual em todos os estabelecimentos de ensino, ao contrário da posição do Ministério da Educação, que os queria como parâmetros mínimos do sistema de avaliação, podendo as escolas trabalhar com outros procedimentos. "Houve um esforço muito grande de ambas as partes, com um resultado muito positivo e satisfatório para todos", salientou hoje Valter Lemos.

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