Paula Cordeiro (DN) 29.04.2008
Quem for pedir um novo empréstimo para a compra de casa em Maio, provavelmente só conseguirá negociar uma taxa de juro perto de 6%. É que a Euribor a seis meses, o indexante utilizado nos empréstimos à habitação, quase não parou de subir longo do mês de Abril, devendo atingir um valor médio próximo de 4,8%, o mais alto desde Dezembro. No último ano, a prestação mensal de um empréstimo de 150 mil euros já se agravou quase 12%.Na sexta-feira, a Euribor a seis meses, o indexante mais usado nos empréstimos à habitação em Portugal, fixou-se nos 4,881%. A Euribor a três meses também subiu para 4,847% e a 12 meses alcançou os 4,964%, o máximo em sete anos e meio. Só na quarta-feira, último dia do mês, se ficará a conhecer o valor médio da Euribor em Abril, mas tudo indica que deverá ficar bem acima dos 4,60% atingidos pela Euribor a seis meses no mês passado.Com a falta de liquidez no mercado interbancário, motivada pela crise financeira internacional, e par de uma possível subida das taxas directoras do Banco Central Europeu (BCE) para travar as pressões inflacionistas na Europa, o preço do dinheiro transaccionado entre os bancos tem resultado numa subida das taxas Euribor.Mas não é só a subida destes indexantes que pesa mais na taxa final a pagar pelo consumidor. Perante a escassez de dinheiro, os bancos tornaram-se mais restritivos na concessão e apertaram os critérios. A negociação da margem financeira aplicada pelo banco, o conhecido spread, é uma tarefa mais difícil, que se traduz no pagamento de uma taxa mais elevada. Hoje em dia, dificilmente um cliente que for contrair um novo empréstimo conseguirá um spread abaixo dos 0,8 pontos percentuais, com a banca a fazer depender a negociação desta margem da subscrição de um conjunto de produtos e serviços bancários subscritos pelo cliente.Assim, dificilmente um cliente conseguirá negociar uma taxa de juro abaixo de 5,6 ou 5,8%, para um novo empréstimo. Se atendermos que, há um ano atrás, para as mesmas condições, um consumidor conseguia uma taxa de 4,8%, significa um aumento de 11,8% na prestação a pagar. Para um pedido de crédito de 150 mil euros, a prestação a pagar com uma taxa de 4,8% era de 787 euros por mês, contra um valor de 880 euros, quando aplicado um juro de 5,8%. Esta é uma situação que se conjuga (e resulta) num cada vez menor recurso ao crédito à compra de casa, que comprovam os números de 2007, face a um maior aperto financeiro por parte das famílias.
Quem for pedir um novo empréstimo para a compra de casa em Maio, provavelmente só conseguirá negociar uma taxa de juro perto de 6%. É que a Euribor a seis meses, o indexante utilizado nos empréstimos à habitação, quase não parou de subir longo do mês de Abril, devendo atingir um valor médio próximo de 4,8%, o mais alto desde Dezembro. No último ano, a prestação mensal de um empréstimo de 150 mil euros já se agravou quase 12%.Na sexta-feira, a Euribor a seis meses, o indexante mais usado nos empréstimos à habitação em Portugal, fixou-se nos 4,881%. A Euribor a três meses também subiu para 4,847% e a 12 meses alcançou os 4,964%, o máximo em sete anos e meio. Só na quarta-feira, último dia do mês, se ficará a conhecer o valor médio da Euribor em Abril, mas tudo indica que deverá ficar bem acima dos 4,60% atingidos pela Euribor a seis meses no mês passado.Com a falta de liquidez no mercado interbancário, motivada pela crise financeira internacional, e par de uma possível subida das taxas directoras do Banco Central Europeu (BCE) para travar as pressões inflacionistas na Europa, o preço do dinheiro transaccionado entre os bancos tem resultado numa subida das taxas Euribor.Mas não é só a subida destes indexantes que pesa mais na taxa final a pagar pelo consumidor. Perante a escassez de dinheiro, os bancos tornaram-se mais restritivos na concessão e apertaram os critérios. A negociação da margem financeira aplicada pelo banco, o conhecido spread, é uma tarefa mais difícil, que se traduz no pagamento de uma taxa mais elevada. Hoje em dia, dificilmente um cliente que for contrair um novo empréstimo conseguirá um spread abaixo dos 0,8 pontos percentuais, com a banca a fazer depender a negociação desta margem da subscrição de um conjunto de produtos e serviços bancários subscritos pelo cliente.Assim, dificilmente um cliente conseguirá negociar uma taxa de juro abaixo de 5,6 ou 5,8%, para um novo empréstimo. Se atendermos que, há um ano atrás, para as mesmas condições, um consumidor conseguia uma taxa de 4,8%, significa um aumento de 11,8% na prestação a pagar. Para um pedido de crédito de 150 mil euros, a prestação a pagar com uma taxa de 4,8% era de 787 euros por mês, contra um valor de 880 euros, quando aplicado um juro de 5,8%. Esta é uma situação que se conjuga (e resulta) num cada vez menor recurso ao crédito à compra de casa, que comprovam os números de 2007, face a um maior aperto financeiro por parte das famílias.
Sem comentários:
Enviar um comentário