A nossa análise da situação do PSD não estará muito longe da verdade. Aguiar-Branco é o peão avançado por Rio, já trucidado por Jardim com a "burguesia portuense". Ferreira Leite faz dizer-se que estará disponível mas duvidamos. E Pedro Passos Coelho não poderia perder este espaço de se afirmar como profissional das terceiras-vias, depois de ter descoberto a pólvora, para recuar depois. Pachecos Pereiras, Avilez, Pulido Valente e demais profissionais do linguarejo analítico valerão todos juntos mais ou menos zero. Menezes perdeu apoios desde que foi eleito? O de Ferreira Leite e pouco mais. Mas poderá compensar a perda (?) com aumento da vaga de fundo. Não será isso que pretende? E não será precisamente isso que se irá passar? Já se sabe que amanhã será trucidado no "Expresso" e mesmo no "Sol" tal como no "Público". Mas isso contará efectivamente para alguma coisa?
E que nos interessa a nós socialistas? Não muito com efeito. Mais nos interessará governar bem. Combater Menezes não tanto por ataques mas pela boa governança. Em particular no Norte. Só há uma forma de tirar o espaço político a Menezes e Marco António: é governar bem conhecendo a região e respondendo aos seus anseios. Para isso tem de existir Partido Socialista no Porto. Não aos sábados, mas todos os dias. Não para dizer sim e juntar plateias a ouvir missas cantadas, mas para debater a realidade da região que se tornou a mais pobre da Europa dos quinze. Precisamos de uma nova Federação no Porto, uma nova Comissão Política, um novo Presidente que identifique a lealdade ao Partido com a lealdade ao povo e à região que representam e esteja presente à frente do partido a tempo inteiro.
Se formos por esse caminho, pouco nos importará o que aconteça no PSD, excepto num ponto: não nos é indiferente se o PSD é dirigido pela clique centralista anti-regionalização, ou se é dirigido por regionalizadores capazes de honrarem as suas promessas e as suas palavras. Talvez por isso, haja socialistas com um ponto de vista inteiramente oposto ao nosso. O mais engraçado é que alguns até estarão no Porto.
(JN) 18.04.2008 O deputado Mário Patinha Antão juntou-se hoje aos apelos de Fernando Negrão e dos líderes das distritais do Porto e de Beja para que Luís Filipe Menezes se recandidate nas eleições directas de Maio.
"Não só apoio como exorto o doutor Luís Filipe Menezes a recandidatar-se", disse o deputado aos jornalistas, no Parlamento, afirmando-se "convencido de que [Menezes] continuará a liderar o partido" e que tem condições para ganhar as eleições.
Questionado sobre o anúncio de Luís Filipe Menezes, quando se demitiu, quinta-feira à noite, de que não está "na corrida", Patinha Antão disse não comentar "pensamentos ou raciocínios". Também o líder parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes, diz que estará "ao lado" de Luís Filipe Menezes se o autarca se recandidatar à liderança dos sociais-democratas.
Manifestando a "solidariedade política e respeito" pela decisão de Menezes de abandonar a liderança do PSD, Santana Lopes considerou, contudo, que o ponto mais importante neste momento é "clarificar a situação" do partido.
Ontem, o primeiro a defender a recandidatura de Menezes foi o líder da distrital de Beja do PSD, Amílcar Mourão, que criticou o "vergonhoso" comportamento dos "franco-atiradores".
Também o deputado Fernando Negrão defendeu a continuação de Menezes, considerando a demissão do líder social-democrata "um murro na mesa" para pôr fim a um "clima autofágico".
Em declarações à SIC Notícias, o presidente da mesa do congresso do PSD, Ângelo Correia, vaticinou que nos próximos dias "vai haver manifestações dentro do partido a pedir para que [Menezes] se recandidate".
Luís Filipe Menezes anunciou ontem que vai solicitar, na próxima semana, ao Conselho Nacional do partido, a convocação de eleições directas para 24 de Maio, às quais disse que não se iria candidatar.
"Não só apoio como exorto o doutor Luís Filipe Menezes a recandidatar-se", disse o deputado aos jornalistas, no Parlamento, afirmando-se "convencido de que [Menezes] continuará a liderar o partido" e que tem condições para ganhar as eleições.
Questionado sobre o anúncio de Luís Filipe Menezes, quando se demitiu, quinta-feira à noite, de que não está "na corrida", Patinha Antão disse não comentar "pensamentos ou raciocínios". Também o líder parlamentar do PSD, Pedro Santana Lopes, diz que estará "ao lado" de Luís Filipe Menezes se o autarca se recandidatar à liderança dos sociais-democratas.
Manifestando a "solidariedade política e respeito" pela decisão de Menezes de abandonar a liderança do PSD, Santana Lopes considerou, contudo, que o ponto mais importante neste momento é "clarificar a situação" do partido.
Ontem, o primeiro a defender a recandidatura de Menezes foi o líder da distrital de Beja do PSD, Amílcar Mourão, que criticou o "vergonhoso" comportamento dos "franco-atiradores".
Também o deputado Fernando Negrão defendeu a continuação de Menezes, considerando a demissão do líder social-democrata "um murro na mesa" para pôr fim a um "clima autofágico".
Em declarações à SIC Notícias, o presidente da mesa do congresso do PSD, Ângelo Correia, vaticinou que nos próximos dias "vai haver manifestações dentro do partido a pedir para que [Menezes] se recandidate".
Luís Filipe Menezes anunciou ontem que vai solicitar, na próxima semana, ao Conselho Nacional do partido, a convocação de eleições directas para 24 de Maio, às quais disse que não se iria candidatar.
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