domingo, 6 de abril de 2008

Quem diz que o QREN não está centralizado está a mentir


E haverá alguém que o diga? Só se foram as pessoas que em Lisboa centralizam as verbas que deveriam vir de Bruxelas directamente para o Norte... Mas veja-se, como a história fornece duros ensinamentos... Se fosse hoje, o Presidente da Associação Industrial do Minho teria votado a favor de fosse qual fosse o mapa da regionalização... Mas quem diz o que pensa, mudando o que diz porque mudou o que pensa, é gente séria... Diferente são os que são pela regionalização quando isso serve de bandeira eleitoral e depois, chegados ao poder, tratam de a embainhar...

06.04.2008, Abel Coentrão
O presidente da Associação Industrial do Minho não tem dúvidas de que as decisões do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) passam excessivamente por Lisboa. "Quem disser que o QREN não está centralizado está a mentir", diz este militante do PSD desde 1976, para quem é urgente a criação da reforma administrativa do país e a criação de regiões.Céptico do mapa apresentado há uma década em referendo - e defensor do esquema de cinco regiões coincidente com a área de cada uma das comissões de coordenação regional -, Marques assumiu que, se fosse hoje, até teria votado a favor daquela proposta. "Venha o mapa que vier, qualquer coisa seria melhor do que o que temos agora", garantiu numa entrevista ao PÚBLICO e Rádio Nova a publicar amanhã.O convidado do programa VoxPublica - emitido hoje, entre as 10h00 e as 11h00, pela Rádio Nova - foi eleito no final de Março para um terceiro mandato na liderança da Associação Industrial do Minho, uma entidade que reúne 1600 empresas de uma das mais dinâmicas e exportadores regiões do país, mas que atravessa uma crise nos designados sectores tradicionais. Há uma semana, o presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, afirmou que "os empresários têm receio de ser penalizados, num quadro comunitário muito centralizado, se não agradarem ao Governo", mas, para António Marques, o que Menezes quis dizer foi mesmo que "hoje as decisões estão muito centralizadas". "Há uma certa concentração da decisão, sobretudo na capital, e isso leva a que o poder gere poder. E quem não está próximo da decisão é naturalmente amachucado, como acontece com alguns empresários", admite este administrador de empresas e quadro superior do grupo BES, que foi recém-nomeado administrador do BES-Leasing. Além das críticas à "excessiva centralização", Marques assume-se preocupado com os "atrasos" na aplicação do QREN. "Julgo mesmo que o primeiro-ministro deve estar preocupado", afirma.

1 comentário:

Antonio Almeida Felizes disse...

Caro Pedro Baptista,

Como já vem sendo hábito e dada a temática abordada, tomei a liberdade de publicar este seu "post", com o respectivo link, no
.
Regionalização
.

Cumprimentos