terça-feira, 15 de abril de 2008

Professores aprovam por "esmagadora maioria" acordo com ME


Grande consciência profissional, sindical e cívica dos professores! Grande sentido da responsabilidade depois de tanto aviltamento e incompetência! É uma honra ser professor! E só com eles, e não contra eles, com a sua participação activa e não com a sua opressão, com a sua gestão democrática e não com a sua "privatização", é possível enfrentar os desafios do futuro, numa situação tão difícil como a que, anos e anos de incapacidade governativa, governança burocrática fora das realidades concretas do dia a dia das escolas, colocaram a educação.

(Público) 15.04.2008 - 20h09 Lusa
O apoio dos docentes ao acordo alcançado sábado entre os sindicatos e a tutela é “esmagador”, estando assim excluído o recurso à greve e a outros protestos que interfiram com as aulas, anunciou a plataforma sindical de professores. Em declarações à Lusa, Mário Nogueira, porta-voz da estrutura que reúne todos os sindicatos do sector, afirmou que “a esmagadora maioria das escolas aprovou de forma inequívoca” a moção que prevê a ratificação do entendimento com o Ministério da Educação (ME) relativo à avaliação de desempenho. Ressalvando que os dados são ainda parciais, o porta-voz da plataforma deu como exemplo os casos dos distritos de Évora, onde 17 escolas aprovaram a moção e só duas votaram contra, e Viseu, onde só cinco dos 36 estabelecimentos votaram contra. “Não há qualquer divisão dos professores. O apoio a esta moção foi inequívoco”, sublinhou o dirigente. O acordo – cujos termos foram discutidos em plenários realizados nas escolas – prevê que, este ano lectivo, só os professores contratados e os docentes do quadro em condições de progredir de escalão sejam avaliados. A avaliação terá exclusivamente por base quatro critérios, aplicados de forma uniformizada em todas as escolas. A ficha de auto-avaliação, a assiduidade, o cumprimento do serviço distribuído e a participação em acções de formação contínua (quando obrigatória) serão os únicos critérios a ter em conta, sendo que as classificações de "regular" e "insuficiente" só terão efeitos negativos na carreira se forem confirmadas na avaliação realizada no próximo ano lectivo. Depois de aprovado, o entendimento será ratificado na próxima quinta-feirao que, segundo Mário Nogueira, afasta “o recurso à greve e a outras acções de protesto que colidam com o normal desenvolvimento das actividades lectivas até ao final do terceiro período de aulas”. Ainda assim, a plataforma sindical promete continua a contestação às políticas educativas do Governo, nomeadamente durante o próximo 1º de Maio. Por decidir está ainda se vão avançar os protestos previstos para vários pontos do país a cada segunda-feira do terceiro período lectivo.

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