(Pedro Baptista, Crónica de hoje na Rádio Festival)
Amanhã,sexta-feira, é feriado nacional. Mas ser feriado nacional não pode apenas querer dizer que os desempregados se manterão na mesma angústia quotidiana de não terem trabalho, que os empregados poderão curtir uma soneca até ao meio-dia e outro tanto de uma sesta, ou que alguns privilegiados da nossa sociedade (e ainda bem para eles) terão viajado para uma passeata ou ido passar uns dias à casa de praia ou de campo propiciado pelo fim-de-semana prolongado.
Ora se há feriado não pode para isto ou, pelo menos, não pode ser só para isto.
Se há feriado é porque há efeméride a assinalar e, no caso, uma data que deve ser recordada e celebrada, para que os valores que simboliza perdurem na nossa sociedade e sejam reconhecidos e seguidos pelas novas gerações.
Os feriados têm pois, além do efeito recreativo, um objectivo educativo.
Ora esta noite e amanhã, celebramos nem mais nem menos do que o 25 de Abril.
Não no sentido de dizermos que vivemos no melhor dos mundos, mas no de enaltecer os símbolos que expressaram os anseios e os valores afirmados com a revolução que acabou com uma das mais sórdidas ditaduras do Século XX.
O que vamos celebrar na próxima sexta-feira, os que o fazem por gosto mais os que por lá se misturam um pouco a contragosto, são os valores afirmados com a revolução militar do 25 de Abril de 1974 que depressa se transformou na revolução popular de Abril.
E esses valores, se alguns se mantêm defendidos na actual situação, outros têm vindo, de ano para ano, a serem ameaçados, já que, muitos outros, jazem enterrados.
A liberdade, entendida com a responsabilidade, ajuda a democracia a resolver os problemas económicos e sociais mas, no entanto, não há democracia que se aguente se não responder às necessidades do crescimento económico e sobretudo se não promover a coesão e a solidariedade sociais.
Com uma situação económica difícil e perspectivas pouco animadoras, o 25 de Abril que vamos comemorar depois de amanhã tem de ser um dia em que não só se proclame o apego à liberdade e à democracia políticas, mas urgentemente a resolução dos problemas mais instantes da sociedade portuguesa: o desemprego e a estagnação económica com incidência sobretudo na nossa região, as crescentes assimetrias regionais que estão a destruir a produtividade do país e a coesão nacional em favor da rapina centralista, a crise da educação longe de enfrentar os complexos desafios do nosso tempo, a crispação social que parece poder vir a ter expressões explosivas de um momento para o outro e, sobretudo, as tentativas por parte dos sectores ligados ao patronato para procurarem arrancar ainda mais os direitos aos trabalhadores.
Ora o 25 foi feito exactamente para o contrário. São pois os valores contrários, os da liberdade, do direito ao trabalho, de uma educação eficaz, da segurança social, da assistência na velhice, do serviço nacional de saúde, são esses valores que vamos celebrar.
É neste sentido que proferimos altissonante : Viva o 25 de Abril!
Ora se há feriado não pode para isto ou, pelo menos, não pode ser só para isto.
Se há feriado é porque há efeméride a assinalar e, no caso, uma data que deve ser recordada e celebrada, para que os valores que simboliza perdurem na nossa sociedade e sejam reconhecidos e seguidos pelas novas gerações.
Os feriados têm pois, além do efeito recreativo, um objectivo educativo.
Ora esta noite e amanhã, celebramos nem mais nem menos do que o 25 de Abril.
Não no sentido de dizermos que vivemos no melhor dos mundos, mas no de enaltecer os símbolos que expressaram os anseios e os valores afirmados com a revolução que acabou com uma das mais sórdidas ditaduras do Século XX.
O que vamos celebrar na próxima sexta-feira, os que o fazem por gosto mais os que por lá se misturam um pouco a contragosto, são os valores afirmados com a revolução militar do 25 de Abril de 1974 que depressa se transformou na revolução popular de Abril.
E esses valores, se alguns se mantêm defendidos na actual situação, outros têm vindo, de ano para ano, a serem ameaçados, já que, muitos outros, jazem enterrados.
A liberdade, entendida com a responsabilidade, ajuda a democracia a resolver os problemas económicos e sociais mas, no entanto, não há democracia que se aguente se não responder às necessidades do crescimento económico e sobretudo se não promover a coesão e a solidariedade sociais.
Com uma situação económica difícil e perspectivas pouco animadoras, o 25 de Abril que vamos comemorar depois de amanhã tem de ser um dia em que não só se proclame o apego à liberdade e à democracia políticas, mas urgentemente a resolução dos problemas mais instantes da sociedade portuguesa: o desemprego e a estagnação económica com incidência sobretudo na nossa região, as crescentes assimetrias regionais que estão a destruir a produtividade do país e a coesão nacional em favor da rapina centralista, a crise da educação longe de enfrentar os complexos desafios do nosso tempo, a crispação social que parece poder vir a ter expressões explosivas de um momento para o outro e, sobretudo, as tentativas por parte dos sectores ligados ao patronato para procurarem arrancar ainda mais os direitos aos trabalhadores.
Ora o 25 foi feito exactamente para o contrário. São pois os valores contrários, os da liberdade, do direito ao trabalho, de uma educação eficaz, da segurança social, da assistência na velhice, do serviço nacional de saúde, são esses valores que vamos celebrar.
É neste sentido que proferimos altissonante : Viva o 25 de Abril!
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