Igreja Católica diz que voz dos professores devia ser ouvida
(JN) 9.12.2008 11h50m
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, afirmou hoje que existem "problemas de audição" na Educação, defendendo que a voz dos professores tem de ser ouvida.
"Tem havido problemas de audição, de ouvir as vozes que gritaram forte e, certamente, não gritaram tanto contra, mas em favor de um melhor projecto de educação", afirmou o responsável no final de uma reunião que juntou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D.Jorge Ortiga, e representantes de oito dos onze sindicatos que integram a Plataforma Sindical dos Professores.
O secretário da CEP reconheceu que se sente um "mal-estar profundo" na Educação, que não se circunscreve ao modelo de avaliação dos professores ou à carreira docente, bastando para o reconhecer "abrir os olhos, os ouvidos e o coração".
Questionado sobre quem tem de "abrir os olhos, os ouvidos e o coração", o pe. Manuel Morujão respondeu "todos", incluindo a Plataforma Sindical dos Professores, mas "seguramente também muito o ministério".
O sacerdote reiterou que a voz dos professores "tem de ser ouvida", mas "no diálogo e não na imposição à força de um ou de outro lado", recusando a possibilidade de a CEP ser mediadora neste conflito. "Há mediadores suficientes", justificou.
Considerando o actual momento na Educação como "muito sério", o padre Manuel Morujão lembrou que "está em causa o futuro da Educação", mas mostrou-se esperançado de que "haverá bom-senso para ouvir vozes que são muito representativas de um mal-estar que é preciso transformar em bem-estar".
Quanto à reunião prevista para dia 15 entre Ministério da Educação e Plataforma Sindical dos Professores, o secretário da CEP disse esperar "boas notícias".
Sobre este encontro da próxima segunda-feira, o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário Nogueira, disse ter uma "expectativa grande", insistindo que se trata de uma "reunião de agenda aberta".
"O que nós precisamos é que nesta reunião todos estejam com espírito aberto para construir uma solução e uma saída negociada", frisou Mário Nogueira, que lembrou: "Aquilo que esperamos é que o mesmo espírito de abertura exista da parte do ministério e não chegue com uma posição de intransigência que ou se aplica ou acaba a reunião".
O porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores acrescentou que para a reunião leva a posição dos professores, que exigem "a substituição este ano deste modelo [de avaliação] por uma solução transitória avaliativa".
Sobre a reunião com o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Mário Nogueira lembrou que serviu para apresentar as "preocupações" dos docentes, atendendo a que Igreja Católica "tem uma influência grande na sociedade".
"Qualquer tipo de influência que possa contribuir para que se encontre uma solução negociada é sempre benéfica", adiantou o responsável, satisfeito pelas palavras de "elogio" e de "reconhecimento" ao trabalho dos professores que ouviu de D.Jorge Ortiga.
"Se há coisa que os professores não têm tido nesta legislatura do Governo são palavras de reconhecimento. Têm tido algumas palavras de desconsideração, que estão também na base da indignação", recordou.
(JN) 9.12.2008 11h50m
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, padre Manuel Morujão, afirmou hoje que existem "problemas de audição" na Educação, defendendo que a voz dos professores tem de ser ouvida.
"Tem havido problemas de audição, de ouvir as vozes que gritaram forte e, certamente, não gritaram tanto contra, mas em favor de um melhor projecto de educação", afirmou o responsável no final de uma reunião que juntou o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D.Jorge Ortiga, e representantes de oito dos onze sindicatos que integram a Plataforma Sindical dos Professores.
O secretário da CEP reconheceu que se sente um "mal-estar profundo" na Educação, que não se circunscreve ao modelo de avaliação dos professores ou à carreira docente, bastando para o reconhecer "abrir os olhos, os ouvidos e o coração".
Questionado sobre quem tem de "abrir os olhos, os ouvidos e o coração", o pe. Manuel Morujão respondeu "todos", incluindo a Plataforma Sindical dos Professores, mas "seguramente também muito o ministério".
O sacerdote reiterou que a voz dos professores "tem de ser ouvida", mas "no diálogo e não na imposição à força de um ou de outro lado", recusando a possibilidade de a CEP ser mediadora neste conflito. "Há mediadores suficientes", justificou.
Considerando o actual momento na Educação como "muito sério", o padre Manuel Morujão lembrou que "está em causa o futuro da Educação", mas mostrou-se esperançado de que "haverá bom-senso para ouvir vozes que são muito representativas de um mal-estar que é preciso transformar em bem-estar".
Quanto à reunião prevista para dia 15 entre Ministério da Educação e Plataforma Sindical dos Professores, o secretário da CEP disse esperar "boas notícias".
Sobre este encontro da próxima segunda-feira, o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário Nogueira, disse ter uma "expectativa grande", insistindo que se trata de uma "reunião de agenda aberta".
"O que nós precisamos é que nesta reunião todos estejam com espírito aberto para construir uma solução e uma saída negociada", frisou Mário Nogueira, que lembrou: "Aquilo que esperamos é que o mesmo espírito de abertura exista da parte do ministério e não chegue com uma posição de intransigência que ou se aplica ou acaba a reunião".
O porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores acrescentou que para a reunião leva a posição dos professores, que exigem "a substituição este ano deste modelo [de avaliação] por uma solução transitória avaliativa".
Sobre a reunião com o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Mário Nogueira lembrou que serviu para apresentar as "preocupações" dos docentes, atendendo a que Igreja Católica "tem uma influência grande na sociedade".
"Qualquer tipo de influência que possa contribuir para que se encontre uma solução negociada é sempre benéfica", adiantou o responsável, satisfeito pelas palavras de "elogio" e de "reconhecimento" ao trabalho dos professores que ouviu de D.Jorge Ortiga.
"Se há coisa que os professores não têm tido nesta legislatura do Governo são palavras de reconhecimento. Têm tido algumas palavras de desconsideração, que estão também na base da indignação", recordou.
Sem comentários:
Enviar um comentário