quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Comentário à proposta de subir impostos dos ricos para distribuir aos pobres
Patrão da Jerónimo Martins classifica políticas de Sócrates como “demagógicas” e “intoleráveis”
11.02.2009 - 14h23 Lusa
Para Soares dos Santos, é ainda mais grave o actual Parlamento "nada discutir e nada controlar"O presidente da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, afirmou hoje, a propósito da proposta de José Sócrates de aumentar os impostos sobre os ricos para distribuir aos pobres, que a actual crise está a ser agravada pela "demagogia que o senhor primeiro-ministro está empregando neste momento [e] é absolutamente intolerável". "Mais grave ainda temos um Parlamento...que nada discute e nada controla", declarou Soares dos Santos à Lusa.Num tom menos agressivo, o empresário Filipe de Botton defendeu que o incremento dos impostos sobre os rendimentos mais elevados não vai "infelizmente" permitir uma redistribuição da riqueza tal que aumente o rendimento da classe média, defendendo antes medidas estruturais imediatistas. "Não me choca que haja um aumento de taxação sobre os rendimentos mais elevados, mas isto não vai infelizmente permitir uma tal redistribuição de riqueza que aumente o rendimento da classe média", disse Filipe de Botton, que se escusou a comentar as declarações do primeiro-ministro, admitindo apenas falar sobre o tema em termos genéricos. Segundo o empresário, o que é necessário é a adopção de "medidas estruturais imediatistas", com efeito instantâneo, e não tanto o aumento da taxação sobre os rendimentos mais elevados que só terá efeito dentro de 18 meses "ou na melhor das hipóteses dentro de um ano". "Só em 2010 é que vou pagar o aumento da taxa. É preciso criar medidas com efeito imediatista, como a redução de impostos indirectos que tem um efeito directo no aumento do consumo", exemplificou. A esta medida, Filipe de Botton acrescentou ainda o apoio directo às empresas com a redução dos impostos, nomeadamente os mensais, o fim do pagamento especial por conta das empresas e a redução imediata da taxa de segurança social também das empresas. A agência Lusa pretendeu que estes empresários comentassem as declarações deste fim-de-semana de José Sócrates sobre a proposta que visa aumentar as deduções fiscais dos cidadãos com maiores rendimentos em benefício da classe média.

7 comentários:

Anónimo disse...

Se a estupidez de Jerónimo pagasse imposto não tinha corpo para os carimbos. O título é enganoso. Não falou so e Sócrates. Falou nos sindicatos, nos parlamentares, nas confederações e outros disparates.
Quand as coisas correm mal são s outrosos culpados.
Quanto é que este senhor terá pago de imostos das mais valias bolsistas? Mais de 1 ano zero. Até 12 meses ninguém paga porque os bancos não informam e ninguém controla.
As palavras deste senhor são reaccionarias, atrevidas e pouco sérias.
O título deste post, como vem sendo norma, só vê o negativo e Sócrates.É a VIDA como dizia o outro.

Anónimo disse...

Mas reduzir os salários aos trabalhadores é positivo?
Levantar suspeitas é positivo?

Anónimo disse...

O amigo José da Silva não compreenderá que:
1º o título não é do post mas da notícia
2º o objectivo da sua transcrição é mostrar a forma miserável como o grande patronato e os especuladores financeiros reagem às medidas tomadas pelo governo e provocar reacções nos leitores???????????

Anónimo disse...

Mas ainda assim, todos os argumentos devem ser escutados e lidos venham de onde vierem, em particular os que vão no sentido da baixa dos impostos ao consumo que está a decorrer em toda a Europa. Do nosso ponto de vista, de resto, o IVA nunca devia ter subido de 19 para 21, nem descido de 21 para 20 (pois foi irrelevante), tal como nunca devia ter subido de 17 para 19 com o Barroso pelas mesmíssimas razões que os socialistas aduziram, e bem, na altura. Tudo foi feito em nome do Santo Défice, prejudicando fortemente o crescimento económico, e entretanto já ninguém quer saber de défice nenhum!
A postura socialista é racional e racionalista, implica o debate argumentativo de onde se excluem os falsos argumentos sectários. Além disso o Partido Socialista é um partido democrático e aberto para servir o país, não é uma igreja, nem uma seita, assente em dogmas de fé ou na defesa da teses da infalibilidade do seu papa.

Anónimo disse...

Eu compreendo a sua explicação e aceito. Não ponho em dúvida a sua honestidade e frontalidade. Mas há sempre alguma coisa de positivo no governo que é do PS.
Eu gosto de "malhar" na direita e quando posso nao perco a oportunidade. A direita portuguesa e muito reaccionária e trauliteira.
E o que disse o senhor Jerónmo não merecia ´titulo. Merecia "porrada" da grossa. Deram cabo disto com o captalismo de casino e agora querem que sejamos nós a pagar.
O que se passa com o BPN e BPP é escandaloso e não vai mais ninguém preso.
É preciso malhar no padre Rangel e na sua amiga MFL. Não merecem contemplações.
E já agora desculpe lá, mas nunca li nada no seu BLOG sobre o Obama.
A notícia sobre o Marco é reveladora da situação a que chegou PS no Porto. É preciso "malhar" neles.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Estou de acordo consigo, meu caro José Silva. Até integralmente com o seu último comentário. Mas isto não é bem um blogue de propaganda para o exterior, mas mais para nós, sobretudo os que seguiram com atenção a campanha da "distrital". Agora, os seus comentários são sempre bem-vindos.
Quanto ao Obama é verdade que estou menos empolgado que a maioria dos camaradas. A campanhha que fascinou o mundo não passou de um cópia de marketing político da campanha do Kennedy.
Mas é verdade que tenho gostado das suas medidas no plano interno e sobretudo da sua proposta para a redução do arsenal nuclear. Mas será verdade? Será consequente? Terá condições para mudar de política, por exemplo em relação à Palestina? Perceberá o que é o terrorismo, qual é a sua base e o seu espaço político? Poderá agir em conformidade? Quererá isso?
Oxalá que sim. O tempo o dirá...

Anónimo disse...

Como vê a falar é que agente se entende.
Mando-lhe esta
Assim é que se fala!!!

E EU TIRO O CHAPÉU....


Opinião

Artigos deste autor


Camilo Lourenço
BPN: memória curta
camilolourenco@gmail.com



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Março de 2001. A revista "Exame", que na altura dirigia, dizia na capa que o Banco de Portugal tinha passado um cartão amarelo ao BPN.

Dias depois recebi um telefonema de Pinto Balsemão. Assunto: Dias Loureiro tinha-lhe telefonado por causa do artigo e, na sequência dessa conversa, queria falar comigo. Acedi prontamente.

A conversa com o ex-ministro foi breve... mas elucidativa: Dias Loureiro estava desagradado com o tratamento dado ao BPN; o assunto tinha criado um problema imagem do banco; não havia qualquer problema com o BPN; Oliveira e Costa estava muito "incomodado" com a matéria de capa (para a qual tinha contribuído, com uma entrevista) e pensava processar a revista (como efectivamenteaconteceu).

Depois da conversa comuniquei a Pinto Balsemão que não tinha ficado esclarecido com as explicações de Dias Loureiro e que, por mim, a "Exame" mantinha o que tinha escrito. O que aconteceu depois é conhecido...

Ao ouvir Dias Loureiro na RTP fiquei espantado. Porque o ex-ministro disse que ficara tão preocupado com o artigo que foi, de "motu propriu", ao Banco Central comunicar que a instituição devia estar atenta. Das duas uma: ou Dias Loureiro soube de algo desagradável entre a conversa comigo e a ida ao Banco de Portugal; ou fez "fanfarronice" nessa conversa para esconder os problemas do BPN. Há uma terceira hipótese...Feia. Mas depois do que vi no assunto BPN já nada me espanta!



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No meu dicionário da língua, portuguesa, 5ª edição da Porto Editora, consta: Político, adj. Que pertence ou diz respeito à política ou aos negócios públicos; fig. delicado; cortês; astuto; finório; s.m. indivíduo que trata de política; estadista.

Em consequência do que se passa neste país, proponho à Porto Editora que acrescente mais:
adj. Hominho aldrabão, trafulha, safado, mentiroso, vigarista, desonesto, salafrário, sem verticalidade.