José Sócrates critica passado Paulo Portas contesta presente
(JN) ANA PAULA CORREIA 3.9.09
Ao longo de 45 minutos, Sócrates tentou colar Portas aos "erros" dos governos da Direita, mas o líder do CDS-PP contestou o presente, em particular nas questões sociais e na segurança interna. Um debate duro, com uma moderação titubeante.
"Eu dei o meu melhor" ou "eu vou fazer o meu melhor" foram as frases mais ouvidas a José Sócrates, que tentou explicar o seu optimismo quanto à situação do país, ao mesmo tempo que lembrava, a cada passo, os "erros" do passado, dos governos em que Paulo Portas foi ministro.
O líder do CDS-PP contestou as críticas em relação ao passado e reforçou a ideia de que os socialistas tiveram quatro anos e meio de maioria absoluta para fazer o que agora prometem.
"Nunca fui primeiro-ministro e não quer vir a ser com maioria absoluta porque é geradora de arrogância". Foi a resposta peremtória de Portas.
Tratando Sócrates quase sempre como primeiro-ministro, Paulo Portas lembrou que o chefe do Governo "teve poder total, com um presidente cooperante", mas que "não compreende os portugueses" e que, por isso, o desemprego aumenta, a criminalidade também e as políticas sociais fracassaram.
O secretário-geral do PS optou fazer comparações entre a situação actual do país com que herdou dos governos PSD/CDS-PP e assumiu um discurso de Esquerda para colar Paulo Portas a opções de Direita, em particular no financiamento da Segurança Social e na Educação. Sócrates acusou o líder democrata-cristão de querer privatizar a Segurança Social e de pretender desviar verbas da escola pública para o privado.
Na Economia, Portas foi claro em dizer que a prioridade do Estado deve ser o apoio às PME. Sócrates insistiu nos sinais de retoma e falou pouco da sua estratégia nesta área, mas não perdeu a oportunidade para dizer que já apoiou mais empresas que os governos anteriores.
Quanto ao desemprego, Sócrates insistiu na bondade das políticas que tem seguido, com realce para a formação e criação de estágios. Portas contestou a opção de ter sido limitado o acesso ao subsídio de desemprego.
As questões da segurança levaram o líder socialista a acusar Portas de "usar cúmulo da demagogia", ao dizer que a actual lei da prisão preventiva agrava criminalidade, depois de a ter votado a favor no Parlamento. O líder democrata-cristão, depois de ter acusado Sócrates de não perceber nada de segurança interna, e recusou-se a "dar troco aos seus truques".
(JN) ANA PAULA CORREIA 3.9.09
Ao longo de 45 minutos, Sócrates tentou colar Portas aos "erros" dos governos da Direita, mas o líder do CDS-PP contestou o presente, em particular nas questões sociais e na segurança interna. Um debate duro, com uma moderação titubeante.
"Eu dei o meu melhor" ou "eu vou fazer o meu melhor" foram as frases mais ouvidas a José Sócrates, que tentou explicar o seu optimismo quanto à situação do país, ao mesmo tempo que lembrava, a cada passo, os "erros" do passado, dos governos em que Paulo Portas foi ministro.
O líder do CDS-PP contestou as críticas em relação ao passado e reforçou a ideia de que os socialistas tiveram quatro anos e meio de maioria absoluta para fazer o que agora prometem.
"Nunca fui primeiro-ministro e não quer vir a ser com maioria absoluta porque é geradora de arrogância". Foi a resposta peremtória de Portas.
Tratando Sócrates quase sempre como primeiro-ministro, Paulo Portas lembrou que o chefe do Governo "teve poder total, com um presidente cooperante", mas que "não compreende os portugueses" e que, por isso, o desemprego aumenta, a criminalidade também e as políticas sociais fracassaram.
O secretário-geral do PS optou fazer comparações entre a situação actual do país com que herdou dos governos PSD/CDS-PP e assumiu um discurso de Esquerda para colar Paulo Portas a opções de Direita, em particular no financiamento da Segurança Social e na Educação. Sócrates acusou o líder democrata-cristão de querer privatizar a Segurança Social e de pretender desviar verbas da escola pública para o privado.
Na Economia, Portas foi claro em dizer que a prioridade do Estado deve ser o apoio às PME. Sócrates insistiu nos sinais de retoma e falou pouco da sua estratégia nesta área, mas não perdeu a oportunidade para dizer que já apoiou mais empresas que os governos anteriores.
Quanto ao desemprego, Sócrates insistiu na bondade das políticas que tem seguido, com realce para a formação e criação de estágios. Portas contestou a opção de ter sido limitado o acesso ao subsídio de desemprego.
As questões da segurança levaram o líder socialista a acusar Portas de "usar cúmulo da demagogia", ao dizer que a actual lei da prisão preventiva agrava criminalidade, depois de a ter votado a favor no Parlamento. O líder democrata-cristão, depois de ter acusado Sócrates de não perceber nada de segurança interna, e recusou-se a "dar troco aos seus truques".
1 comentário:
A Dr. Elisa depois de se ter tornado dona do PS queria ser dona da oposição. Uma vergonha ser o PS a querer ser privilegiado nos debates em detrimento dos outros partidos, dando espaço a Rio para se apresentar com superioridade em termos de moral democrática!
Aliás com Sócrates o mesmo. Aceitou o modelo das televisões porque foi obrigado, já que estava a ser isolado e condenado na opinião pública.
Ora os socilistas deveriam estar à frente da exigência democrática e não a reboque a receber lições de democratas suspeitos como o Dr. Rio!
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