terça-feira, 8 de setembro de 2009

Falência da Qimonda Solar surpreende todos
(JN) 7.9.9. ANA TROCADO MARQUES
A insolvência da Itarion Solar apanhou de surpresa a Câmara de Vila do Conde e os trabalhadores da Qimonda.
Em Junho, o Governo anunciou a compra da participação da Qimonda no projecto (51%) por um consórcio liderado pela EDP. Agora, as negociações com a alemã CentroSolar parecem ter falhado e, sem o parceiro com "know-how" na área, a sobrevivência da unidade é vista como "muito difícil".
Para além de pequenos investimentos da DST e da Visabeira, o consórcio, frisa Miguel Frutuoso da Comissão de Trabalhadores, "não tem competência" na área das fotovoltaicas, pelo que, face à desistência do parceiro, que era "a alma do negócio" - a CentroSolar -, a nova fábrica, cuja construção não chegou a terminar, parece cada vez mais longe de ser uma realidade. A DST disse, no entanto, que a produção de painéis fotovoltaicos no primeiro semestre de 2010 será uma realidade, mesmo sem a Itarion Solar.
Recorde-se que, após o pedido de insolvência da Qimonda Portugal, o Governo anunciou, no início de Junho, a aquisição, por parte do consórcio português, da Qimonda Solar, a empresa criada para a constituição da Itarion Solar. Ficava assim garantido, dizia, na altura, o ministro da Economia, Manuel Pinho, o futuro da unidade de células fotovoltaicas, um investimento de 150 milhões de euros, que empregaria 400 pessoas.
Menos de dois meses depois, as negociações com a CentroSolar falharam e a Itarion Solar apresentou-se à insolvência no Tribunal do Comércio de Gaia, decretada a 12 de Agosto. Ontem, a notícia, avançada pelo jornal "Publico", apanhou trabalhadores e Câmara de surpresa. O presidente da autarquia já pediu uma reunião de urgência com o Ministério da Economia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais um desastre social e económico. O Manuel Pinho falou sempre de mais e a única que soube foi distribuir cheques a querm não precisava.Se fosse tão bom como dizem o Socrates não tinha deixado cair por um gesto se importancia nenhuma.