quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A ministra da Guerra
(JN) 2.9.09


A ministra da Educação parece ter por certa a vitória do PSD nas próximas legislativas e fala já no futuro das políticas educativas de Ferreira Leite: "Paz com os professores vai sair muito cara ao país", augura ela catastroficamente no "Diário Económico". O discurso bélico de Maria de Lurdes Rodrigues deixa perceber o modo como entendeu o seu papel político no governo de Sócrates, o de ministra da Guerra aos professores.
Nem, porém, os bombardeamentos maciços a decreto-lei ou os flanqueamentos por despacho resultaram e, cercada de descontentamento por todos os lados (o próprio Sócrates reconheceu os "erros" do processo de avaliação), a ministra dedicou os últimos tempos do mandato a tácticas clássicas da complexa arte das guerras perdidas, manobras de diversão e recuos estratégicos, tudo para, como diz, "poupar" o país aos malefícios da paz e do consenso educativos. O PS optou por escondê-la durante a campanha eleitoral porque constatou que o invocado país não aprovou afinal a guerra da ministra e se mostra disposto a pagar o que for preciso, até eleger Ferreira Leite, para se livrar dela.

5 comentários:

Anónimo disse...

O Sócrates só poderia recuperar meia-dúzia de votos de professores ingénuols se desse garantias absolutas que esse bacamarte mais a equipa da ecucação nunca seriam reconduzidos. Agora com falinhas mansas? Depois de tudo o que fez? Pensa que os professores são como os professores dele, como aquele velho amigo que está a ser julgado por corrupção?

J. Rodrigues disse...

Sempre brilhante e a acertar no lugar exacto... Agora, Inês está morta, a malta vai assistir aos debates porque está a arrefecer e para se divertir com as mentiras que vai ouvir. Nada mais.

Anónimo disse...

é assim mesmo, com um couraçado é que se trata dos professores, o rumo certo, não mudremos de rota! De rota ou derrota?

Fernanda M. disse...

Tanto derrotismo pra quê? Agora não é hora de carpir máguas, temos de ir pela positiva senão desmoroa-se tudo

Rosário Queirós disse...

Tiveram o meu voto durante os últimos vinte anos. Agora não.