terça-feira, 27 de outubro de 2009

Governo tenta aproximar-se dos sindicatos e da oposição
(DN)PEDRO SOUSA TAVARES 27.10.09
Deverá partir do Ministério da Educação a contrapartida socialista às propostas da oposição sobre a avaliação e a divisão das carreiras. Recuo é assumido como inevitável. CDS prepara documento inspirado no privado
Já há vozes no PS a defenderem que o Governo apresente propostas que "vão ao encontro" das pretensões dos sindicatos e oposição em matéria de avaliação e estrutura das carreiras dos professores. Luiz Fagundes Duarte considera mesmo este passo "inevitável" na actual situação política.
Em declarações ao DN, o deputado - ressalvando estar a opinar "a nível pessoal", dado não existirem ainda "posições oficiais" do PS na matéria - assumiu não haver "outra saída" para estes temas, que considerou as excepções numa legislatura em que, na sua opinião, "a esmagadora maioria" das reformas educativas foram aceites.
Fagundes Duarte admitiu que a iniciativa "não deverá partir do grupo parlamentar do PS" mas do Ministério da Educação, agora tutelado por Isabel Alçada. Caberá assim ao Governo definir "até que ponto" está disposto a recuar. Isto, sendo certo que a oposição já pôs em cima da mesa exigências como o fim das quotas para as melhores notas, a suspensão dos efeitos das avaliações já realizadas e a eliminação da categoria de titular.
O que o deputado exclui é a inexistência de uma alternativa do Governo: "Já ficou claro que as coisas têm de ser discutidas e negociadas", defendeu." É matematicamente certo que se todos os partidos da oposição aprovarem determinada proposta ela passa".
Contactado pelo DN, o secretário--geral da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), Dias da Silva, considerou as declarações do deputado um sinal de "consciência de que o quadro político de hoje é novo", manifestando esperança de que seja também esse o entendimento do Governo.
"É o que esperamos", disse. "O desafio que se coloca ao Ministério da Educação e ao Governo é perceber que é preciso eliminar rapidamente os aspectos da avaliação de desempenho e da estrutura das carreiras que continuam a causar perturbação nas escolas", disse o sindicalista. "É certo que, nomeadamente o novo modelo de avaliação, poderá levar meses a discutir. Mas há soluções transitórias que podem desde já ser encontradas", acrescentou.
Além de CDU e Bloco de Esquerda - que já pediram formalmente a suspensão da avaliação, tendo apresentado propostas alternativas em que é dado ênfase ao carácter formativo da análise do desempenho dos docentes - também o CDS-PP está a preparar a sua alternativa ao Actual Estatuto da Carreira Docente, onde engloba a avaliação e a questão das categorias de professor e titular.
A proposta está a ser orientada pelo eurodeputado Diogo Feio , o qual confirmou ao DN que a solução "aproxima-se" do modelo de avaliação vigente no sector privado. Nomeadamente na centralização do processo "na escola" e no facto de se "se valorizar mais a componente científico-pedagógica " do trabalho dos professores. O CDS pretende também eliminar a categoria de titular, tornando "facultativo" o acesso aos cargos de gestão inerentes a esse grau.
Diogo Feio garantiu que o partido não manteve "qualquer contacto", nomeadamente com PS e PSD, para acertar posições. Em contrapartida, considerou "indispensável" que a revisão seja feito "ouvindo a opinião dos professores".
Já o PSD disse ontem à Lusa, através do deputado Pedro Duarte, que vai "aguardar pelo programa de Governo" antes de formalizar a sua proposta.
Que bonito, é!!!!!! Até escusavamos, nós e milhares, de termos abandonado antecipadamente a carreira para não aturarmos os enxovalhos incompetentes e imbecis da Lurdes Rodrigues e sua equipa! Só porque estava convencida (e não só ela) que somava votos naqueles pais que apenas lhes interessa que os jovens estejam depositados na gaiola e tenham aproveitamento, mesmo que este seja inventado! Até talvez não fosse necessário o choque geracional que levou a que milhares de professores dos mais experientes abandonassem antecipadamente a carreira, provocando uma crise de referências nas escolas que vai ter consequências altamente negativas na qualidade do ensino. Até porque, neste momento, depois da escola para todos, o importante é isto - a qualidade - e não as estatísticas solicitadas para o que se trabalha a martelo e por métodos fraudulentos... (P.B.)

12 comentários:

Anónimo disse...

São de muito mau gosto e muito indelicados os comentários de Pedro Baptista à Ministra cessante do ME. É dever de qualquer cidadão respeitar o trabalho público ao serviço da cidadania. Se o Pedro tivesse exercido um cargo público daquela responsabilidade, teria tomado medidas, que eventualmente achou muito bem, mas que desagradariam a muitos. Gostaria que no final de quatro anos de desgaste fisico e psiquíco o agradecimento dos portuguses se pautasse por exemplos como o que deixou plasmado no seu comentário? Para que respeitem as nossas opiniões é dever respeitar as dos outros. Ninguém é dono de nenhuma vardade e os Professores estavam mesmo a precisar de quem tomasse medidas moralizazoras. Pessoalmente conheço exemplos, que tornados públicos, davam anos de razões à Ministra cessante.

Anónimo disse...

"...os Professores estavam mesmo a precisar de quem tomasse medidas moralizazoras..."

Do not coment

Anónimo disse...

Realmente o camarad< Pedro Batista excedeu-se como se tem excedido os profs deste país..até parece que não querem ser avaliados...será?
Já em 1988 os porfs não quiseram o sistema de AVALIAÇÃO DA ALTURA. COMO NÃO QUISERAM O EXAME DE ESTADO ETC.ETC...
Penso que melhor seria ter sido criada a ordem dos professores e colocar fora todos os profs que entraram administrativamente no Prec...aqueles seis meses em que se era licenciado por osmose...Bastava entrar na faculdade e requerer exame e pimba.. sai mais um na fornada...
Ainda hoje estanmos apagar os desmandos sindicalistas e saneadores desse tempo...saneavam-se os bons professores ( avaliação "ad hoc") e colocava-se no seu lugar profs fixes-baldas e de preferencia barbudos e cabeludos.. e algumas mulheres pelo meio para fazer jus ao "peace am love" dos hippies...dai até hoje..foi a geração rasca, a geração á rasca e agora á arrasquinha e os profs sempre a serem promovidos administrativamente e a aumentar o slário e os direitos na reforma até ao oitavo escalão...até que surgiu a lady manuela e pôs um travão e os ministros sucessivos serigam o caminho até que agora existem cotas para ascender à avaliação e ao apetecido oitavo escalão , antecãmara para uma melhor aposentação...aí não se justifica a avaliação...por isso mais valia abolir o oitavo escalão...

Pedro Aroso disse...

Eu, que não sou socialista, nem votei no PS, subscrevo o post do primeiro anónimo. Pena é que não se tenha identificado. Vivemos num país livre, mas parece que algumas pessoas ainda não perderam o medo. É triste.

Anónimo disse...

Sabe Pedro Aroso de facto tem razão. Identificar é sinónimo de criar inimizades e severas. A sociedade portuguesa ainda não amadureceu a democracia e os Partidos Políticos (todos) são oa maiores responsáveis. Note que nunca se viu tantas ameaças de expulsão dos Partidos, cujo motivo é delito de opinião e opção. Há muito que esta tese deixou de ser exclusiva do PCP. É preciso que os cidadãos intervenham com seriedade. Os Partidos são muito importantes no sistema democrático, mas este não se esgota neles.

IN VERITAS disse...

realmente é pena que este país esteja refém do Corporativismo Sindical, que nos dias presente s apenas se representa a si próprio...e à ala radical da esquerda saudosista ( leia-se ex-urss)Os demais sindicalistas e os outros trabalhadores não sindicalizados que são a esmagadora maioria dapopulação activa, com muitos trabalhadores independentes e assalariados, que não se reflectem nos principios reivindicativos dos sindicatos e dos patrões, e sendo estes lugares cativos do conselho permanente de consertação social decidem por quem trabalha por , para si e para os outros e limitam a forma e modo de produção lusitana , principal responsável da produtividade ou falta dela...

Pedro Aroso disse...

Nunca tinha pensado nisso. De facto, como exerço a minha actividade de arquitecto única e exclusivamente em regime de profissão liberal, e não tenho patrão nem empregados, não sinto qualquer constrangimento ao dizer ou escrever aquilo que penso.

Anónimo disse...

O arqtº. Pedro Aroso fala e fala bem. Há liberade para quem não esteja vinculado aos partidos. TODOS sem excepção.
Eu podia publicar o meu nome sem qualquer receio porque não preciso do PS para nada.Mas não o faço por questões estatutárias.
O Pedro Baptista excede-se muitas vezes. É por isso que teve resultado que teve na FDP do PS.
Tem razão em muita coisa, mas este aaque à Ministra é mais uma Nogueirada.
Um dia apresentarei aqui documentos para confirmar o que alguns aqui insinuam e afirmam.
A Educação precisa de uma grande varredela desde a 5 de Outubro até ao mais desclassificado servidor do Estado na Educação.
E quanto a professores, sei do que falo,há uma grande naioria capaz e com qualidade. Mas há algunmas maçãs muito podres.
A Ministra fez o que devia, não teve foi equipa capaz.Um dia se saberá tud.

Afonso Niepoort Palma Nogueira disse...

Sr. "Anónimo" em relação ao seu comentário "Eu podia publicar o meu nome sem qualquer receio porque não preciso do PS para nada.Mas não o faço por questões estatutárias." é exactamente por esse tipo de atitude de rebanho domesticado que o PS (e não só) está como está,como podemos observar no parlamento com a esmagadora maioria dos deputados que estão lá de trela ao pescoço a obedecer roboticamente às ordens do sr. primeiro ministro. Em relação à ex-ministra de educação eu senti na pele as consequências da avaliação dos professores e dos planos de recuperação (estive no ensino secundário até ao ano passado) por isso falo com conhecimento de causa, são ambos importantes e seriam bem-aceites se não fosse a sua má estruturação, que nem em teoria funciona, o resultado foi que havia planos de recuperação a várias ou todas as cadeiras por meia duzía de faltas dadas esporadicamente pelos alunos e que os professores chegavam às aulas cansados de tanta burocracia que havia para tratar. O resultado não foi bom, os professores devem ser avaliados, mas não da maneira que foi vinculada. E Pedro Baptista tem todo o direito de pôr em causa, agressivamente ou não, o trabalho que a sra.ex-ministra fez, se a sra. ex-ministra não tem estofo para lidar com a pressão que criou então nem devia estar no lugar que está, nem ela juntamente com a sua equipa deviam ter tido a atitude arrogante que tiveram.

Anónimo disse...

O governo anterior fez leis mal feitas.. apoior detodas tem aver com a desjurisdicionalização dajustiça, crianado comissões, serviços "na hora" "pronta" " julgados de paz", etc...isso prejudicou os sidadãos especialmente os cumpridores e que recorrem á justiça a pedir a mesma...mas essa gente não tem dinehiro para sequer alugar camiões e fazer manifs em Lisboa...Por certo so descontentes da saúde e da justiça seriam bem mais do que todos os profs.. e nem caberiam em Lisboa...Mas não tem poder reivindicativo.. O lobbie dos profs é poderoso...maior que o dos outros grupos sociais... Só por isso temos o Sr Portas a fazer meças com o novo governo...Isso não é Justo nem é honesto...e os profsse realmente são de honestidade a toda aprova não deviam alinhar nessa bagunçada...estou para ver...Coitado do responsável da associação de pais que ouzou afrontar os profs... è que nem todos os alunos são filhos deprofs...há também os filhos dos outros...

Anónimo disse...

O palhaço da Associação de Pais que foi sempre pago pelo M. da Educação, dinheiro sacado aos contribuintes. Abram os olhos e não disparatem tanto.

Anónimo disse...

trabalho a martelo e fraudulento assenta que nem uma luva ao Pedro Batista...HA´PESSOAS QUE NEM PARA MERDA SERVEM,.