Autarcas do Norte recusam dar por decidida introdução de portagens na A28
Andrea Cruz (Público) 24.11.09
Os autarcas de Viana do Castelo, Esposende, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde solicitaram uma reunião conjunta ao ministro das Obras Públicas e recusam dar como fechada a introdução de portagens na A28, sem antes confrontar António Mendonça com as razões que estão na base da contestação à medida do Governo. Ontem, em conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Viana, José Maria Costa, porta-voz desta Plataforma de Entendimento, escusou-se a comentar as declarações do governante que ontem também, questionado por jornalistas, desvalorizou publicamente a questão, lembrando que ela já foi definida pelo Governo anterior.
Nas três vias que passarão a ter circulação paga - A 28, a A41 (antigo IC24) e a A29 - os pórticos com câmaras já colocados pelas concessionárias indicam que a decisão é para ser cumprida. A entrada em funcionamento do sistema de cobrança virtual dependerá apenas da publicação da portaria que regula a colocação nos autómóveis de chips, que funcionarão como dispositivos electrónicos de matrícula. Mas, para o lobby autárquico nortenho, e apesar das evidências, é fundamental "o contacto directo para ouvir de viva voz de quem vai ter nas mãos a decisão".
"Queremos saber quais são as propostas e queremos apresentar as nossas, para evitarmos uma situação de conflito", sublinhou José Maria Costa, sem, no entanto, colocar de parte a possibilidade de outras medidas de luta. Segundo Costa, "continua em cima da mesa" a hipótese avançada pelo anterior autarca local, Defensor Moura, de portajar a circulação de pesados no troço da Estrada Nacional n.º 13, que atravessa a cidade de Viana.
E a Via do Infante?
A plataforma constituída pelos cinco municípios (dois de maioria PSD, dois governados pelo PS e um, Matosinhos, por PS e PSD) quer lembrar que no caso da Scut (via sem custos para o utilizador) do Norte Litoral não está assegurado nenhum dos critérios que estão na base da medida governamental, uma vez que "continua a não existir qualquer alternativa válida à A28 e os índices de desenvolvimento são ainda inferiores à média nacional".
É, aliás, no programa de Governo que pretendem centrar os seus argumentos. O documento refere que as scut "deverão permanecer como vias sem portagem, enquanto se mantiverem as duas condições que justificaram, em nome da coesão nacional, a sua implementação: localizarem-se em regiões cujos indicadores sejam inferiores à média nacional e não existirem alternativas de oferta no sistema rodoviário".
Ora, já em 2006, um estudo das comissões de utentes da via rápida dava conta da existência, na EN13, de cerca de 500 constrangimentos à circulação rodoviária, entre cruzamentos, entroncamentos, rotundas, passadeiras para peões e paragens de transportes públicos, para além de troços que não permitem a circulação de pesados, como é o caso da ponte de Fão, em Esposende.
"No Algarve, na Via do Infante, não há portagens, tendo como alternativa a EN125, com melhores condições rodoviárias", sublinhou José Maria Costa. A aplicação da portaria que prevê "discriminação positiva" para regiões com índices de desenvolvimento inferiores à média do país é, por isso, uma das reivindicações desta frente de municípios. "A A28 serve um conjunto de municípios confrontados, nestes tempos de crise, com graves problemas de desemprego", frisou o autarca, considerando que o relançamento da economia da região "seria gravemente afectada", com a introdução das portagens.
Andrea Cruz (Público) 24.11.09
Os autarcas de Viana do Castelo, Esposende, Matosinhos, Póvoa de Varzim e Vila do Conde solicitaram uma reunião conjunta ao ministro das Obras Públicas e recusam dar como fechada a introdução de portagens na A28, sem antes confrontar António Mendonça com as razões que estão na base da contestação à medida do Governo. Ontem, em conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Viana, José Maria Costa, porta-voz desta Plataforma de Entendimento, escusou-se a comentar as declarações do governante que ontem também, questionado por jornalistas, desvalorizou publicamente a questão, lembrando que ela já foi definida pelo Governo anterior.
Nas três vias que passarão a ter circulação paga - A 28, a A41 (antigo IC24) e a A29 - os pórticos com câmaras já colocados pelas concessionárias indicam que a decisão é para ser cumprida. A entrada em funcionamento do sistema de cobrança virtual dependerá apenas da publicação da portaria que regula a colocação nos autómóveis de chips, que funcionarão como dispositivos electrónicos de matrícula. Mas, para o lobby autárquico nortenho, e apesar das evidências, é fundamental "o contacto directo para ouvir de viva voz de quem vai ter nas mãos a decisão".
"Queremos saber quais são as propostas e queremos apresentar as nossas, para evitarmos uma situação de conflito", sublinhou José Maria Costa, sem, no entanto, colocar de parte a possibilidade de outras medidas de luta. Segundo Costa, "continua em cima da mesa" a hipótese avançada pelo anterior autarca local, Defensor Moura, de portajar a circulação de pesados no troço da Estrada Nacional n.º 13, que atravessa a cidade de Viana.
E a Via do Infante?
A plataforma constituída pelos cinco municípios (dois de maioria PSD, dois governados pelo PS e um, Matosinhos, por PS e PSD) quer lembrar que no caso da Scut (via sem custos para o utilizador) do Norte Litoral não está assegurado nenhum dos critérios que estão na base da medida governamental, uma vez que "continua a não existir qualquer alternativa válida à A28 e os índices de desenvolvimento são ainda inferiores à média nacional".
É, aliás, no programa de Governo que pretendem centrar os seus argumentos. O documento refere que as scut "deverão permanecer como vias sem portagem, enquanto se mantiverem as duas condições que justificaram, em nome da coesão nacional, a sua implementação: localizarem-se em regiões cujos indicadores sejam inferiores à média nacional e não existirem alternativas de oferta no sistema rodoviário".
Ora, já em 2006, um estudo das comissões de utentes da via rápida dava conta da existência, na EN13, de cerca de 500 constrangimentos à circulação rodoviária, entre cruzamentos, entroncamentos, rotundas, passadeiras para peões e paragens de transportes públicos, para além de troços que não permitem a circulação de pesados, como é o caso da ponte de Fão, em Esposende.
"No Algarve, na Via do Infante, não há portagens, tendo como alternativa a EN125, com melhores condições rodoviárias", sublinhou José Maria Costa. A aplicação da portaria que prevê "discriminação positiva" para regiões com índices de desenvolvimento inferiores à média do país é, por isso, uma das reivindicações desta frente de municípios. "A A28 serve um conjunto de municípios confrontados, nestes tempos de crise, com graves problemas de desemprego", frisou o autarca, considerando que o relançamento da economia da região "seria gravemente afectada", com a introdução das portagens.
2 comentários:
Este blogue tinha tanta gente a atacá-lo nas vésperas das eleições, passaram asa ditas os lacaios pagos pelo Renato Sampaio entraram de férias. Há gente pra quem só há politica quando há eleições ou porque só então lhes pagam ou porque só então se interessam.
Significa que há muita gente que só quer dar nas vistas nas vésperas de poder ser indicado para um tacho qualquer.
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