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Orlando Gaspar acusa Renato Sampaio de discutir política do Porto em Lisboa
João Queiroz 13-11-2009 - 11:00 Foto : António Rilo
Volvido pouco mais de um mês das eleições autárquicas, a candidatura de Elisa Ferreira à Câmara do Porto continua a alimentar o clima de guerrilha interna que se vive entre os socialistas do Porto. Orlando Gaspar, histórico militante do PS, acusa Renato Sampaio “cozinhar as questões políticas do Porto nos corredores de Lisboa”, em resposta às declarações do líder da Federação Distrital numa entrevista publicada na última edição do GRANDE PORTO. Orlando Gaspar, pai do actual líder da Comissão Política Concelhia portuense, considera que Renato Sampaio cai em “contradição” quando “confessa pela primeira vez que mandou fazer uma sondagem” um ano antes do Comício Nacional realizado no Pavilhão Académico do Porto em Março de 2008, que, segundo o histórico militante socialista, lhe permitiu “convencer o Secretário Geral do PS” a aceitar a escolha de Elisa como o rosto da lista socialista à Câmara portuense. O antigo líder do PS Porto questiona o motivo de Renato Sampaio de não ter informado o presidente da Concelhia da existência dessa sondagem nem “combinado com ele” a vinda ao Comício do Porto “para que tudo ficasse assente respeitando os Estatutos do partido”. “O propósito fundamental do Presidente da Federação estava alcançado, colocar fora de jogo o líder da Concelhia do Porto, Orlando Soares Gaspar e toda a sua Comissão Política”, sugere Soares Gaspar. “Tudo o resto se resumiu às conversas posteriores necessárias para a condução de todo o processo autárquico”, acrescenta. O que se conclui é que Renato Sampaio “tem uma especial predilecção para cozinhar as questões políticas do Porto nos corredores de Lisboa”, afirma Orlando Gaspar que, apesar das críticas, recusa por em causa a liderança de Renato Sampaio à frente da Distrital portuense.
Orlando Gaspar alerta critica ainda Sampaio por comparar os resultados das autárquicas de 2001 com os deste ano. “Fernando Gomes teve menos votos, mas teve mais percentagem de votos e obteve seis mandatos. São números que não se podem comparar”, defende o militante do PS.
Contactado pelo GP, Renato Sampaio mostrou-se indisponível para comentar as declarações do histórico militante do PS.