Guilherme Pinto concorda com identidade que junte Porto, Gaia e Matosinhos
Aníbal Rodrigues (PÚBLICO)
O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, defende a criação de uma identidade supramunicipal que junte Porto, Gaia e Matosinhos. "O que me surpreende é alguém colocar a hipótese de fusão entre Porto e Vila Nova de Gaia sem considerar Matosinhos.
Entre a Petrogal, em Matosinhos, e a rotunda da Santo Ovídio, em Gaia, isto é a mesma cidade, a mesma mole urbana", defende Guilherme Pinto, que vê essa união futura como necessária para "ter escala suficiente para competir com Madrid, Barcelona e outras cidades". "Para sermos concorrenciais temos de ter escala e, se pensarmos que este núcleo tem cerca de 600 mil habitantes, então ganhamos outra escala."
A opinião do presidente da Câmara de Matosinhos surgiu depois das declarações do fundador do PSD, Miguel Veiga, ontem, em entrevista ao PÚBLICO. Nomeadamente, quando o histórico social-democrata declarou: "Mais facilmente veria, até por uma questão de continuidade territorial e, hoje em dia, até de uma identidade cultural e comunitária, o alargamento do Porto fazer-se em relação a Matosinhos, muito antes e prioritariamente a uma eventual incorporação de Gaia no Porto ou, melhor dizendo, a uma fusão dos dois municípios".
Note-se que, ao defender a criação de uma entidade formada por Gaia, Porto e Matosinhos, Guilherme Pinto não deseja o fim das respectivas câmaras. "Não faz sentido acabar com as unidades administrativas que estão hoje consagradas." Na sua opinião, o organismo que vier a congregar os três municípios deve existir para além das respectivas autarquias. "Defendo o que está previsto e que é a regionalização ou uma junta metropolitana electiva", explica, confessando-se, ao mesmo tempo, "um forte defensor da regionalização".
"No caso do turismo, por exemplo, as pessoas vindo ao Porto vão às caves de Gaia e à gastronomia de Matosinhos", descreve Guilherme Pinto. Nesse sentido, diz, "faz cada vez mais sentido a procura de uma entidade comum e de políticas comuns". Recorda também a propósito a ideia que defende de, em conjunto com o Porto, transformar a estrada da Circunvalação numa avenida. "É o símbolo do que deveria acontecer em mais áreas." E o presidente da Câmara de Matosinhos avança com outro exemplo: "Devíamos ter uma estratégia conjunta com a Universidade do Porto para evitar a fuga de cérebros para outras regiões."
Aníbal Rodrigues (PÚBLICO)
O presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, defende a criação de uma identidade supramunicipal que junte Porto, Gaia e Matosinhos. "O que me surpreende é alguém colocar a hipótese de fusão entre Porto e Vila Nova de Gaia sem considerar Matosinhos.
Entre a Petrogal, em Matosinhos, e a rotunda da Santo Ovídio, em Gaia, isto é a mesma cidade, a mesma mole urbana", defende Guilherme Pinto, que vê essa união futura como necessária para "ter escala suficiente para competir com Madrid, Barcelona e outras cidades". "Para sermos concorrenciais temos de ter escala e, se pensarmos que este núcleo tem cerca de 600 mil habitantes, então ganhamos outra escala."
A opinião do presidente da Câmara de Matosinhos surgiu depois das declarações do fundador do PSD, Miguel Veiga, ontem, em entrevista ao PÚBLICO. Nomeadamente, quando o histórico social-democrata declarou: "Mais facilmente veria, até por uma questão de continuidade territorial e, hoje em dia, até de uma identidade cultural e comunitária, o alargamento do Porto fazer-se em relação a Matosinhos, muito antes e prioritariamente a uma eventual incorporação de Gaia no Porto ou, melhor dizendo, a uma fusão dos dois municípios".
Note-se que, ao defender a criação de uma entidade formada por Gaia, Porto e Matosinhos, Guilherme Pinto não deseja o fim das respectivas câmaras. "Não faz sentido acabar com as unidades administrativas que estão hoje consagradas." Na sua opinião, o organismo que vier a congregar os três municípios deve existir para além das respectivas autarquias. "Defendo o que está previsto e que é a regionalização ou uma junta metropolitana electiva", explica, confessando-se, ao mesmo tempo, "um forte defensor da regionalização".
"No caso do turismo, por exemplo, as pessoas vindo ao Porto vão às caves de Gaia e à gastronomia de Matosinhos", descreve Guilherme Pinto. Nesse sentido, diz, "faz cada vez mais sentido a procura de uma entidade comum e de políticas comuns". Recorda também a propósito a ideia que defende de, em conjunto com o Porto, transformar a estrada da Circunvalação numa avenida. "É o símbolo do que deveria acontecer em mais áreas." E o presidente da Câmara de Matosinhos avança com outro exemplo: "Devíamos ter uma estratégia conjunta com a Universidade do Porto para evitar a fuga de cérebros para outras regiões."
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