terça-feira, 24 de novembro de 2009

CLARO!
Presidente da CIP toma como "orientação" conselho de Constâncio
(JN) 24.11.09 "Se quiserem suicidar-se e darem aumentos, pois que o façam", disse Francisco Van Zeller, ao lembrar os aumentos, até 1,5%, sugeridos pelo director do Banco de Portugal.
O presidente da Confederação da Industria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, considerou hoje, terça-feira, como "apenas uma orientação" o conselho do presidente do Banco de Portugal (BdP), que segunda-feira admitiu aumentos salariais entre 01 e 1,5 por cento.
À entrada para o III Encontro Ibero-Americano de Interlocutores Sociais, que decorre no Hotel Sana, em Lisboa, Francisco Van Zeller afirmou que "os privados são livres de fazer o que entendem".
E acrescdentou: "Se quiserem suicidar-se e darem aumentos, pois que o façam". O presidente da CIP salientou, no entanto, que "os aumentos dependem de conversações".
Haverá muitos sectores que podem dar 1,5 por cento, até mais, nalguns casos, mas muitos deles também não podem", afirmou Van Zeller.
Lembrando que muitas empresas estão à beira da falência e que mesmo "que houvesse aumentos zero, a massa salarial aumenta por causa de promoções e novas contratações, e isso, normalmente, representa entre 01 e 1,5 por cento", disse o presidente da Confederação.
O presidente do BdP, Vítor Constâncio admitiu, segunda-feira à margem do V Fórum Parlamentar Ibero-americano, que se realizou na Assembleia da República, aumentos entre 01 e 1,5 por cento para os salários em 2010.
As duas centrais sindicais criticaram, imediatamente, as declarações de Constâncio sobre a necessidade de moderação nos aumentos salariais do próximo ano, considerando que essa não é a solução para a crise.

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