segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ministra da Cultura confirma pólo da Cinemateca no Porto
(Público) 30.11.09 Sérgio C. Andrade
O Porto vai ter um pólo da Cinemateca Portuguesa, mas as características e o modo de funcionamento do equipamento só serão definidos pelo futuro director da instituição, lugar que está vago desde a morte de João Bénard da Costa e que continua por preencher.
O anúncio foi feito ontem pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas. A ministra falava no final de mais um dos Concertos de Domingo da Orquestra Nacional do Porto na Casa da Música, que quis comentar enquanto pianista e como previsto, como anteriormente tinha feito várias vezes, antes de ter sido nomeada para o Palácio da Ajuda.
No final do espectáculo, falando aos jornalistas - a quem convidou, depois, para um almoço informal de troca de impressões sobre a vida cultural da cidade -, Canavilhas disse que a aposta na Cinemateca, que terá como base a Casa das Artes, não reponde a nenhuma "estratégia de política de descentralização". "É o reconhecimento do Porto como segundo centro cultural do país", justificou, acrescentando que serão retomadas as negociações lançadas pelo seu antecessor, tanto com a Fundação de Serralves como com a Casa do Cinema Manoel de Oliveira. "Gostava que a Cinemateca fosse também a sede do acervo do realizador, que não é apenas uma figura do Porto, mas de Portugal", disse a ministra.
Gabriela Canavilhas mostrou-se ainda convicta de que o próximo Orçamento do Estado "irá dar uma atenção especial à cultura", que será vista como "um eixo central para o desenvolvimento do país". Recusando adiantar qual será a percentagem que a cultura terá no novo Orçamento, a ministra mostrou-se confiante de que ela terá em conta o facto de este sector valer já 2,8 por cento do PIB.
Sobre a decisão de ter mantido em agenda a apresentação do concerto da ONP - que, perante uma Sala Suggia bem composta, interpretou a Sinfonia n.º 3, Órgão, de Camille Saint-Saëns -, Canavilhas disse que quis dar um sinal de que lhe interessa fazer "uma política baseada na proximidade" com o movimento cultural e as instituições que o sustentam em todo o país.

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