Rio junta-se a Menezes contra a mudança do Air Race para Lisboa
(JN) 27.11.09 Presidente da Câmara do Porto criticou a eventual transferência da Red Bull Air Race para Lisboa, acusando o poder central de falta de bom senso e de não promover o equilíbrio do país.
"O poder central podia, este ou outro qualquer, ter algum bom senso. Não é porque o Air Race sai do Porto. É porque não se conversa e não faz equilibradamente, de modo a todo o território usufruir. O poder central poderia procurar este equilíbrio", afirmou Rui Rio, no final de uma reunião da Junta Metropolitana do Porto.
Admitindo não ter confirmação oficial da transferência da corrida de aviões para a capital, o autarca diz ter sido "oficiosamente informado" da mudança, por uma fonte à qual confia "grande credibilidade".
Rui Rio não critica a empresa que organiza a prova, nem a Câmara de Lisboa, mas aponta o dedo ao Governo.
"A empresa tem todo o direito de ir para onde quer. Depois há o financiamento público e para-público, de empresas públicas, e aí devíamos fazer esta articulação. Aí nem sequer faço a crítica tão directa de dizer, roubaram, tiraram, levaram. Há um ponto antes desse: o diálogo e a concertação sobre as coisas. Eu tenho bom senso, mas não adianta ter bom senso se não fui consultado para nada", afirmou.
Para o autarca, o problema foi não ter havido uma tentativa de beneficiar todo o país com a corrida de aviões que tem atraído milhares de pessoas às margens do rio Douro.
"Em articulação, quem sabe se não se conseguia fazer alguma coisa construtiva. Pode o Air Race ir a Lisboa e voltar cá, e pode haver coisas que há em Lisboa e que podiam ser cá. Isto é saudável, mas o poder central não sabe fazer isto há muitos anos. Isto demonstra uma dinâmica do país que não é aceitável", lamentou.
Poder central "vai na onda"
Nas críticas dirigidas à decisão, Rui Rio fez questão de esclarecer que não se trata de um problema do actual Governo socialista, mas de um problema dos partidos políticos.
"Isto tem a ver com o nível de qualidade politica das pessoas. Não estou a falar deste Governo, isto é transversal aos partidos. O mais fácil é o poder central deixar ir na onda, porque é assim há muitos anos. Mais difícil é ter a coragem e força para procurar alterar e passar obstáculos", disse.
As informações oficiosas que chegaram ao autarca do Porto dão conta da transferência do Red Bull para Lisboa "por 12 milhões de euros".
Enquanto o evento sobrevoou o rio Douro, as autarquias do Porto e de Gaia pagavam 800 mil euros (400 mil euros cada) por ele, juntando-se a isso comparticipações de empresas que Rui Rio não soube contabilizar.
Questionado sobre se tentaria contactar a organização da prova para confirmar as informações, Rui Rio disse que "a bola está do lado de lá".
"A seguir às eleições, fomos contactados para saber se estávamos interessados em ter a prova no Porto e dissemos que sim", revelou.
(JN) 27.11.09 Presidente da Câmara do Porto criticou a eventual transferência da Red Bull Air Race para Lisboa, acusando o poder central de falta de bom senso e de não promover o equilíbrio do país.
"O poder central podia, este ou outro qualquer, ter algum bom senso. Não é porque o Air Race sai do Porto. É porque não se conversa e não faz equilibradamente, de modo a todo o território usufruir. O poder central poderia procurar este equilíbrio", afirmou Rui Rio, no final de uma reunião da Junta Metropolitana do Porto.
Admitindo não ter confirmação oficial da transferência da corrida de aviões para a capital, o autarca diz ter sido "oficiosamente informado" da mudança, por uma fonte à qual confia "grande credibilidade".
Rui Rio não critica a empresa que organiza a prova, nem a Câmara de Lisboa, mas aponta o dedo ao Governo.
"A empresa tem todo o direito de ir para onde quer. Depois há o financiamento público e para-público, de empresas públicas, e aí devíamos fazer esta articulação. Aí nem sequer faço a crítica tão directa de dizer, roubaram, tiraram, levaram. Há um ponto antes desse: o diálogo e a concertação sobre as coisas. Eu tenho bom senso, mas não adianta ter bom senso se não fui consultado para nada", afirmou.
Para o autarca, o problema foi não ter havido uma tentativa de beneficiar todo o país com a corrida de aviões que tem atraído milhares de pessoas às margens do rio Douro.
"Em articulação, quem sabe se não se conseguia fazer alguma coisa construtiva. Pode o Air Race ir a Lisboa e voltar cá, e pode haver coisas que há em Lisboa e que podiam ser cá. Isto é saudável, mas o poder central não sabe fazer isto há muitos anos. Isto demonstra uma dinâmica do país que não é aceitável", lamentou.
Poder central "vai na onda"
Nas críticas dirigidas à decisão, Rui Rio fez questão de esclarecer que não se trata de um problema do actual Governo socialista, mas de um problema dos partidos políticos.
"Isto tem a ver com o nível de qualidade politica das pessoas. Não estou a falar deste Governo, isto é transversal aos partidos. O mais fácil é o poder central deixar ir na onda, porque é assim há muitos anos. Mais difícil é ter a coragem e força para procurar alterar e passar obstáculos", disse.
As informações oficiosas que chegaram ao autarca do Porto dão conta da transferência do Red Bull para Lisboa "por 12 milhões de euros".
Enquanto o evento sobrevoou o rio Douro, as autarquias do Porto e de Gaia pagavam 800 mil euros (400 mil euros cada) por ele, juntando-se a isso comparticipações de empresas que Rui Rio não soube contabilizar.
Questionado sobre se tentaria contactar a organização da prova para confirmar as informações, Rui Rio disse que "a bola está do lado de lá".
"A seguir às eleições, fomos contactados para saber se estávamos interessados em ter a prova no Porto e dissemos que sim", revelou.
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