A agravar a perspectiva de que a famosa Linha Lisboa-Madrid, de alta prioridade para Portugal não ficar isolado da rede espanhola, afinal, parece vir a ser apenas Lisboa-Badajoz... Não sabemos se é preciso Porto-Vigo a 200 ou a 300, TGV ou seja o que for, sabemos é que é urgentíssimo uma ligação entre os 100 km das duas cidades que não exceda a 1 hora de viagem, tal como a ligação Leixões-Vigo para mercadorias. E da mesma forma que a Lisboa-Madrid, pelo que se lê, foi ao ar por iniciativa espanhola, é prioritário a melhoria do Lisboa-Porto sem isso implicar a necessidade de um TGV, mas apenas novos troços que atire a viagem para pouco menos de duas horas. Não é preciso nenhum TGV para isso.
Podemos e devemos poupar dinheiro e investi-lo na malha média e fina do investimento público. Mas para isso é preciso regionalizar. Nenhum governo central é capaz de governar o país como ele necessita que é de recuperar a produtividade e competitividade inter-regional.
Os governos centrais já demonstraram só serem capazes de governar o Centro. Só "governos" regionais" têm dimensão para dirigir o investimento público que o país precisa para o desenvolvimento económico e progresso social.
É espantoso como o PS que colocou como uma grande bandeira em 1995 - a regionalização, faz "moita carrasco!" absoluto desse desiderato que está no seu programa e na Constituição, sem nenhum acto reorganizativo administrativo concreto nesse sentido, como prometeu em 2005, convencendo alguns...
Essa é que é uma das grande reformas político-administrativas que o país precisa, a par com a dos municípios e das freguesias, onde se poderiam poupar milhões e racionalizar toda a administração. Mas afinal, até ver, a reforma administrativa da maioria absoluta pouco mais foi do que pôr a massa dos funcionários públicos mais baratos. A massa, mas, claro, não todos.
E enfim, leiamos o que nos diz Filipe Menezes que se espera mais firme no "Eixo" do que esteve na liderança do PSD onde, depois de uns ameaços de bomba, quebrou e entregou numa bandeja o ouro ao bandido.
(Público)26.06.2008
O presidente do Eixo Atlântico, Luís Filipe Menezes, solicitou uma reunião urgente ao primeiro-ministro José Sócrates, para analisar a situação da linha de alta velocidade Porto/Vigo, alertando para o "alarme social" causado a incerteza quanto ao seu lançamento.
O presidente do Eixo Atlântico, Luís Filipe Menezes, solicitou uma reunião urgente ao primeiro-ministro José Sócrates, para analisar a situação da linha de alta velocidade Porto/Vigo, alertando para o "alarme social" causado a incerteza quanto ao seu lançamento.
"O facto de ter sido lançado o concurso do primeiro troço da linha Lisboa/Madrid sem que tenhamos nenhuma data da linha do Norte (...) está a criar um alarme social no Norte de Portugal e na Galiza", refere Menezes na carta a que a Lusa teve acesso.
Na missiva, datada de 23 de Junho, Menezes recorda que "o atraso da linha portuguesa (Porto/Valença) poderia eventualmente afectar a parte espanhola desta ligação, o que está a provocar chamadas de alerta" dos líderes económicos e sociais do Norte de Portugal e da Galiza. Por essa razão, o presidente do Eixo Atlântico, apelando ao "bom senso" de José Sócrates, solicita uma audiência "com urgência" ao primeiro-ministro português para analisar esta questão. A decisão de enviar esta carta foi tomada na reunião da Comissão Executiva do Eixo Atlântico realizada a 2 de Junho em Gaia. Então, Luís Filipe Menezes manifestou preocupação pelos atrasos no processo da linha ferroviária de alta velocidade Porto/Vigo, admitindo que pode estar comprometido o objectivo de ter a ligação pronta em 2013.
"Ainda há condições para cumprir o objectivo, se andarmos depressa, mas, se o ritmo for o que tem sido até agora, não me parece que seja possível", afirmou, na o presidente do Eixo Atlântico, associação que engloba 34 municípios do Norte de Portugal e da Galiza.
Segundo Menezes, "tudo indica que os prazos vão ser cumpridos na linha Lisboa/Madrid, pelo que seria extremamente penoso se isso não acontecesse também na linha Porto/Vigo".
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