quarta-feira, 18 de junho de 2008

Marcelo rebelo de Sousa não descarta acordo entre o PSD e o PS depois das eleições

Olhem para eles a pôrem os coisinhos de fora! Aqui está a grande tramóia, o grande sarapatel reaccionário! É bom que todos os socialistas ponham desde já, entre si, a questão: se, por acaso (que não será acaso) o PS não tiver maioria, ou nem sequer for o mais votado, como vai ser, no primeiro caso e no segundo? Mas o cenário cozinhado pelo Marcelo para pôr a possiblidade do PS não ganhar e alargar o PSD ao PS poderá ter toda a lógica para muitos dirigentes do PS e do PSD dada a proximidade de políticas, mas levará pura e simplesmente à ruptura com todos os que entraram no PS com a ideia que iam para um partido da esquerda democrática. Por via das dúvidas, insistimos desde já na perspectiva de coligações à esquerda para as próximas autárquicas em particular nas AM de Lisboa e Porto; nada que já não tivesse sido feito diversas vezes em Lisboa; e, podendo tornar-se assunto polémico dentro do partido, a proposta de um referendo interno com consulta a todos os militantes. Afinal os cérebros dos militantes deverão servir para alguma coisa no partido? Ou não?
18.06.2008 - 18h17 (PÚBLICO) LUSA
O ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa admitiu hoje que depois das eleições legislativas de 2009 possa acontecer "algum arranjo" entre sociais-democratas e socialistas, apesar de considerar que se tratará de um "risco enorme"."Começa a perceber-se que das eleições possa sair um arranjo qualquer", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, referindo que ontem a líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, "admitiu que a situação do país poderia impor acordos de regime" entre social-democratas e socialistas.Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no final de um almoço promovido pela Associação Cristã de Empresários e Gestores, sublinhou ainda que há muitos sectores empresariais que "já só sonham" com um Governo de Bloco Central, um "cenário impensável há um ano atrás"."Já vejo muitos empresários a apontarem para um Governo de Bloco Central", referiu. Questionado sobre como encara essa possibilidade, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu não ser um defensor da ideia, considerando que o "ideal" é que os eleitores escolham PS ou PSD. "É um risco enorme porque é deixar à solta muita gente, que está nas franjas", acrescentou.Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que levar José Sócrates e Manuela Ferreira Leite a um entendimento poderá "não ser fácil", mas lembrou a existência de um "terceiro elemento", ou seja, o Presidente da República. "Não é fácil, mas não se esqueçam de Cavaco", respondeu o antigo líder social-democrata aos jornalistas, recordando que o actual Presidente da República não foi contra o Governo de Bloco Central de Mota Pinto.Acerca de hipótese de um entendimento do PS com o CDS-PP após as eleições legislativas de 2009, e num cenário de um Governo socialista minoritário, Marcelo Rebelo de Sousa disse que será "difícil" acontecer. Um entendimento entre PS e Bloco de Esquerda foi igualmente rejeitado por Marcelo Rebelo de Sousa, que alertou para a dificuldade dos dois partidos "compatibilizarem propostas".

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