(JN) Em Linha 25.06.08 14h18m
Ao início eram 30 tractores, em Ovar, mas a Estarreja chegaram 80, na marcha lenta promovida pela ALDA, num crescendo de protesto contra a subida do preço do gasóleo agrícola e as difíceis condições do mundo rural.
Eram "muitas dezenas" para Albino Silva, o presidente da Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro(ALDA), mas muitos mais "ficaram em casa, sabe Deus em pior situação", de acordo com uma lavradora que usou o microfone disponível no largo do Mercado de Estarreja, para "dar a cara".
"Não é o agricultor que anda com o gasóleo agrícola nos carros e nos iates. Estamos na miséria e não de barriga cheia. O leite é nos mais mal pago do que há vinte anos. Muitas vacarias não se conseguem legalizar e para os agricultores é só obrigações", queixou-se.
Com o microfone à disposição "de quem queira falar", a ALDA deu voz ao que ia na alma dos mais afoitos à exposição pública e mediática, falando de problemas agrícolas, mas não só, porque "andou a gente a pagar os estudos aos filhos para serem doutores e engenheiros e não terem de ter esta vida e, afinal, estão agora nas caixas dos supermercados".
As "propostas", porque expontâneas, nem sempre seguiam o "documento", previamente preparado pela ALDA e que Albino Silva fez "aprovar por unanimidade", dizendo que "uma vez que todo o pessoal concorda vamos entregá-lo à Câmara, com o objectivo de fazer chegar aos Órgãos de Soberania".
"Sou pequenino e de pouca instrução, mas quero dizer que os nossos produtos são de primeira qualidade e pedir que os governantes para darem mais apoio à nossa agricultura, mas exigindo uma caução para ninguém se andar a governar com o dinheiro do Estado", sugeriu um lavrador de meia idade.
A generalidade das posições eram, contudo, coincidentes, com Albino Silva a exigir que o governo intervenha junto das empresas de recolha do leite, porque a "ameaça de baixa do preço do leite à produção poderá ser o fim das explorações", e a indicar números do que está a ser pago aos produtores, e alguns a interromperem-no porque "há empresas ainda a pagar menos".
O presidente da ALDA reclamou também a redução das taxas das contribuições mensais para a segurança social, que está a deixar desprotegidas, sobretudo as mulheres, porque um casal de agricultores não aguenta descontar 400 euros mensais, sendo secundado por alguns dos intervenientes, um dos quais lembrou também "os velhinhos que não puderam descontar no seu tempo porque a agricultura era manual e só dava para sobreviver".
Em relação à alta do preço dos combustíveis, a ALDA reproduz a posição da Confederação Nacional de Agricultura(CNA) reclamando que o subsídio ao gasóleo agrícola passe dos actuais 37, 2 cêntimos para os 75 cêntimos.
Uma outra preocupação prende-se com a carne, porque "oferecem a 250 euros cada bezerro e nem assim retiram, enquanto se importam toneladas de carne todas as semanas, com carne de qualidade aqui à porta".
A ALDA reclama, por isso, que "o Ministério da Agricultura promova uma "retirada" dos animais das explorações pecuárias, a preços compensadores, para garantir o escoamento".
Ao início eram 30 tractores, em Ovar, mas a Estarreja chegaram 80, na marcha lenta promovida pela ALDA, num crescendo de protesto contra a subida do preço do gasóleo agrícola e as difíceis condições do mundo rural.
Eram "muitas dezenas" para Albino Silva, o presidente da Associação da Lavoura do Distrito de Aveiro(ALDA), mas muitos mais "ficaram em casa, sabe Deus em pior situação", de acordo com uma lavradora que usou o microfone disponível no largo do Mercado de Estarreja, para "dar a cara".
"Não é o agricultor que anda com o gasóleo agrícola nos carros e nos iates. Estamos na miséria e não de barriga cheia. O leite é nos mais mal pago do que há vinte anos. Muitas vacarias não se conseguem legalizar e para os agricultores é só obrigações", queixou-se.
Com o microfone à disposição "de quem queira falar", a ALDA deu voz ao que ia na alma dos mais afoitos à exposição pública e mediática, falando de problemas agrícolas, mas não só, porque "andou a gente a pagar os estudos aos filhos para serem doutores e engenheiros e não terem de ter esta vida e, afinal, estão agora nas caixas dos supermercados".
As "propostas", porque expontâneas, nem sempre seguiam o "documento", previamente preparado pela ALDA e que Albino Silva fez "aprovar por unanimidade", dizendo que "uma vez que todo o pessoal concorda vamos entregá-lo à Câmara, com o objectivo de fazer chegar aos Órgãos de Soberania".
"Sou pequenino e de pouca instrução, mas quero dizer que os nossos produtos são de primeira qualidade e pedir que os governantes para darem mais apoio à nossa agricultura, mas exigindo uma caução para ninguém se andar a governar com o dinheiro do Estado", sugeriu um lavrador de meia idade.
A generalidade das posições eram, contudo, coincidentes, com Albino Silva a exigir que o governo intervenha junto das empresas de recolha do leite, porque a "ameaça de baixa do preço do leite à produção poderá ser o fim das explorações", e a indicar números do que está a ser pago aos produtores, e alguns a interromperem-no porque "há empresas ainda a pagar menos".
O presidente da ALDA reclamou também a redução das taxas das contribuições mensais para a segurança social, que está a deixar desprotegidas, sobretudo as mulheres, porque um casal de agricultores não aguenta descontar 400 euros mensais, sendo secundado por alguns dos intervenientes, um dos quais lembrou também "os velhinhos que não puderam descontar no seu tempo porque a agricultura era manual e só dava para sobreviver".
Em relação à alta do preço dos combustíveis, a ALDA reproduz a posição da Confederação Nacional de Agricultura(CNA) reclamando que o subsídio ao gasóleo agrícola passe dos actuais 37, 2 cêntimos para os 75 cêntimos.
Uma outra preocupação prende-se com a carne, porque "oferecem a 250 euros cada bezerro e nem assim retiram, enquanto se importam toneladas de carne todas as semanas, com carne de qualidade aqui à porta".
A ALDA reclama, por isso, que "o Ministério da Agricultura promova uma "retirada" dos animais das explorações pecuárias, a preços compensadores, para garantir o escoamento".
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