Tudo isto para quê, sabendo-se, claro que o filme se iria repetir um pouco por toda a parte? Para quê um novo traçado ferroviário, se com novos pequenos troços sobre a linha tradicional, o Pendular fará Porto-Lisboa em menos de duas horas? Para quê enterrar aqui o dinheiro, se há tantos lugares onde o semear? Nomeadamente em novas pontes sobre o Douro, roviárias e pedonais. E já agora, porque não consultar as pessoas? Afinal poucas pessoas conhecêmos capazes de defenderem esta opção.
01h20m (JN) Carla Sofia Luz
A passagem do TVG em Gaia determinará a demolição de cerca de 200 casas. Os dois corredores, apontados pela RAVE, cruzam oito freguesias e a maioria do trajecto é feito à superfície. A Câmara recusa que o concelho seja dividido a meio.
O vice-presidente da Autarquia, Marco António Costa, não tem dúvidas de que os traçados preliminares da linha de alta velocidade Lisboa-Porto são um "atentado à integridade territorial" de Gaia e à "qualidade de vida da população". Os corredores possuem 400 metros de largura e 13,8 quilómetros de extensão, sendo que menos de cinco quilómetros serão em túnel e só três em viaduto (ver infográfico).
Ambos os traçados passam pelas freguesias de Santa Marinha, Oliveira do Douro, Mafamude, Vilar do Paraíso, Canelas, Serzedo e Grijó. A solução A prevê, ainda, a passagem por Gulpilhares, enquanto a solução B segue por Perosinho. O ruído é uma preocupação. O TGV cruzará algumas zonas densamente povoadas à superfície e cortará a rede viária.
"O traçado tornar-se-á num obstáculo físico à integradade territorial do concelho. Preferíamos que fosse privilegiada a circulação em túnel. Estamos a falar de freguesias onde residem 60% dos moradores do núcleo urbano do município", atenta Marco António Costa, acompanhado nas críticas pelos presidentes das freguesias afectadas (que participaram na reunião com a RAVE) e pelos partidos de Oposição.
A par da defesa de mais troços enterrados, o vice-presidente considera que o TGV deve ter uma paragem condigna em Gaia. A estação deverá ficar no futuro interface de Laborim, onde existirá um terminal rodoviário de transportes públicos e uma estação de metro, entre outras valências.
"Por que razão é que a estação não é repensada para fazer o investimento naquela zona? A aproximação do Porto obriga-o a circular a uma velocidade muito baixa. Penso que, por isso, não haveria objecção numa paragem em Laborim", sublinha o autarca, lembrando que aquele interface servirá, também, os concelhos a Sul de Gaia, como Santa Maria da Feira e S. João da Madeira.
Outra preocupação reside no aproveitamento da Ponte de S. João para a alta velocidade. Não se conforma com o tratamento desigual de Gaia e do Porto em relação a Lisboa. "É inaceitável que o Porto fique sempre pelo remedeio, enquanto Lisboa recebe as novas obras e as soluções de fundo. O que mais precisa o rio Douro é de mais pontes de ligação entre o Norte e o Sul", acrescenta. A nova travessia deveria ter uma componente rodoviária.
Há outro aspecto em que Gaia recusará ser tratada como um município de segunda e exige igual tratamento ao do Porto e ao de Lisboa. "No que toca aos reestabelecimentos da rede viária e aos impactos negativos na vida da população, exigimos a mesma qualidade que é garantida no Porto e em Lisboa. Nós não somos contra o desenvolvimento, porém não aceitamos que seja feito contra o respeito pela comunidade", explica o autarca, que mantém a expectativa quanto à disponibilidade da RAVE para corrigir o traçado.
Em breve, a Câmara constituirá uma comissão técnica, que integrará as juntas de freguesia, para estudar medidas que minorem os impactos negativos do TGV no concelho. Independentemente das negociações com a RAVE, esse documento será apresentado durante o período de consulta pública do estudo de impacto ambiental da construção da linha.
01h20m (JN) Carla Sofia Luz
A passagem do TVG em Gaia determinará a demolição de cerca de 200 casas. Os dois corredores, apontados pela RAVE, cruzam oito freguesias e a maioria do trajecto é feito à superfície. A Câmara recusa que o concelho seja dividido a meio.
O vice-presidente da Autarquia, Marco António Costa, não tem dúvidas de que os traçados preliminares da linha de alta velocidade Lisboa-Porto são um "atentado à integridade territorial" de Gaia e à "qualidade de vida da população". Os corredores possuem 400 metros de largura e 13,8 quilómetros de extensão, sendo que menos de cinco quilómetros serão em túnel e só três em viaduto (ver infográfico).
Ambos os traçados passam pelas freguesias de Santa Marinha, Oliveira do Douro, Mafamude, Vilar do Paraíso, Canelas, Serzedo e Grijó. A solução A prevê, ainda, a passagem por Gulpilhares, enquanto a solução B segue por Perosinho. O ruído é uma preocupação. O TGV cruzará algumas zonas densamente povoadas à superfície e cortará a rede viária.
"O traçado tornar-se-á num obstáculo físico à integradade territorial do concelho. Preferíamos que fosse privilegiada a circulação em túnel. Estamos a falar de freguesias onde residem 60% dos moradores do núcleo urbano do município", atenta Marco António Costa, acompanhado nas críticas pelos presidentes das freguesias afectadas (que participaram na reunião com a RAVE) e pelos partidos de Oposição.
A par da defesa de mais troços enterrados, o vice-presidente considera que o TGV deve ter uma paragem condigna em Gaia. A estação deverá ficar no futuro interface de Laborim, onde existirá um terminal rodoviário de transportes públicos e uma estação de metro, entre outras valências.
"Por que razão é que a estação não é repensada para fazer o investimento naquela zona? A aproximação do Porto obriga-o a circular a uma velocidade muito baixa. Penso que, por isso, não haveria objecção numa paragem em Laborim", sublinha o autarca, lembrando que aquele interface servirá, também, os concelhos a Sul de Gaia, como Santa Maria da Feira e S. João da Madeira.
Outra preocupação reside no aproveitamento da Ponte de S. João para a alta velocidade. Não se conforma com o tratamento desigual de Gaia e do Porto em relação a Lisboa. "É inaceitável que o Porto fique sempre pelo remedeio, enquanto Lisboa recebe as novas obras e as soluções de fundo. O que mais precisa o rio Douro é de mais pontes de ligação entre o Norte e o Sul", acrescenta. A nova travessia deveria ter uma componente rodoviária.
Há outro aspecto em que Gaia recusará ser tratada como um município de segunda e exige igual tratamento ao do Porto e ao de Lisboa. "No que toca aos reestabelecimentos da rede viária e aos impactos negativos na vida da população, exigimos a mesma qualidade que é garantida no Porto e em Lisboa. Nós não somos contra o desenvolvimento, porém não aceitamos que seja feito contra o respeito pela comunidade", explica o autarca, que mantém a expectativa quanto à disponibilidade da RAVE para corrigir o traçado.
Em breve, a Câmara constituirá uma comissão técnica, que integrará as juntas de freguesia, para estudar medidas que minorem os impactos negativos do TGV no concelho. Independentemente das negociações com a RAVE, esse documento será apresentado durante o período de consulta pública do estudo de impacto ambiental da construção da linha.
3 comentários:
nem li tudo. Mas desde que funcione para o melhor, façam o que tiver que ser feito.
Uma cidade transforma-se no tempo.
espero k o tgv passe a minha kasa para eu ter direito a uma casa nova pk a minha nao tem kondiçoes
espero k o tgv passe na rua da barrosa em serzedo para ir akela porkaria k ta toda a kair aos bokados
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