(Público) 02.06.2008 - 19h14 LUSA
O sector reclama medidas urgentes que salvaguardem as regras concorrenciais com os congéneres de Espanha, Itália e FrançaA greve dos armadores e pescadores, que desde sexta-feira decorre em todo o país, vai manter-se por tempo indeterminado até que o Governo tome as medidas exigidas pelo sector, decidiram hoje as associações e sindicatos da pesca.
O sector reclama medidas urgentes que salvaguardem as regras concorrenciais com os congéneres de Espanha, Itália e FrançaA greve dos armadores e pescadores, que desde sexta-feira decorre em todo o país, vai manter-se por tempo indeterminado até que o Governo tome as medidas exigidas pelo sector, decidiram hoje as associações e sindicatos da pesca.
"O nosso horizonte [para parar a paralisação] tem a ver com um sinal inequívoco e formal ao sector da vontade do Governo em resolver o problema", afirmou o presidente da Associação de Armadores da Pesca Industrial (ADAPI), Miguel Cunha, após uma reunião de mais de 20 associações de armadores de todo o país e sindicatos de pescadores, que decorreu esta tarde em Peniche.
Além da continuação da greve, as associações decidiram ainda enviar uma proposta por escrito ao Ministério da Agricultura, cujo conteúdo não foi revelado. O sector decidiu também criar uma comissão constituída por sete elementos para que "de uma vez por todas (...) haja um canal oficial de comunicação entre o sector e a tutela", adiantou ainda Miguel Cunha aos jornalistas no final da reunião. O dirigente associativo lembrou que o sector reclama "medidas de carácter urgente e imediato que salvaguardem as regras concorrenciais com os congéneres de Espanha, Itália e França", bem como a criação de "uma plataforma de entendimento com os governos desses países que possa criar uma ‘task force’ de pressão institucional e política junto da comissão para alterar as suas regras". O presidente da ADAPI disse que até agora, e depois da reunião com o sector na semana passada, o ministro anunciou as medidas à comunicação social e não aos representantes da pesca. "O secretário de Estado desenvolveu contactos informais com algumas associações mas não chegámos a qualquer conclusão. Não sabemos o que é uma linha de crédito de 40 milhões, não sabemos como é que se acede nem como funciona, não temos qualquer tipo de pormenor", criticou o responsável.
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, afirmou hoje que a linha de crédito de 40 milhões de euros destinada ao sector da pesca poderá ficar disponível "a partir do momento em que haja paz social".
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