Autarcas das Linhas do Corgo e Tâmega esperam que Governo confirme reabertura das vias
30 de Março de 2009, 18:23 (Lusa)
Os autarcas das zonas afectadas pela suspensão de circulação das linhas-férreas do Corgo e do Tâmega vão reclamar garantias por parte do Governo que aquelas vias sejam reabertas.
Terça-feira, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, reúne-se com os governadores civis e autarcas para explicar os motivos da suspensão das linhas, uma decisão contestada pelas autarquias e utentes.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, Francisco Ribeiro (PS), quer que o Governo, através da secretária de Estado dos Transportes, garanta a reabertura da Linha Ferroviária do Corgo.
No decorrer da reunião, que decorre terça-feira, em Vila Real, o autarca quer ainda saber quando é que as obras vão ter início, exactamente o que vai ser feito na linha e quanto vai ser gasto e uma previsão para a sua reabertura.
Francisco Ribeiro salientou a importância do comboio para a mobilidade das populações da freguesia de Alvações do Corgo, visto que este é o único meio de transporte público existente naquela zona do concelho.
"Pelo volume do investimento que já nos disseram que vai ser feito não temos a pretensão de que as obras possam terminar em dois ou três meses. Mas queremos que elas sejam feitas o mais rapidamente e não se arrastem indefinidamente no tempo", salientou.
Francisco Ribeiro exige agora informações, já que estas escassearam antes de se proceder à suspensão da via.
"Lamentamos não termos sido avisados atempadamente para que também pudéssemos avisar e explicar às populações o que se ia passar", frisou.
Acrescentou ainda não entender como se pode "desprezar durante tanto tempo a Linha do Corgo, para que agora seja necessário uma intervenção tão profunda".
Desde a suspensão da via, a 25 de Março, que os autocarros substituíram o comboio.
Por isso mesmo, também é importante para o autarca articular com a CP os melhores transportes alternativos, para que "sejam mais eficientes e sirvam melhor as populações, evitando ainda maiores deslocações".
Segundo Francisco Ribeiro, a Linha do Corgo é uma das "mais utilizadas", possuindo uma média de "20 passageiros" por comboio, a maior parte dos quais estudantes trabalhadores em deslocações para o trabalho.
Também o presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu (PS), disse hoje à Lusa espera que a secretária de Estado dos Transportes, venha explicar o tipo de intervenção até porque já existe um compromisso público de que a linha reabrirá depois das obras.
"Será uma reunião de trabalho em que se fixarão metas para o início das obras e para o investimento", afirmou o autarca.
Armindo Abreu realça a importância da linha para o transporte de passageiros - "registou-se um aumento de 15 por cento no número de passageiros transportados de 2007 para 2008", afiançou - mas sobretudo o seu aproveitamento turístico.
Segundo o autarca, a linha pode potenciar um importante fluxo turístico entre o Grande Porto e o Tâmega, assente na degustação da gastronomia de Amarante e na fruição da ecopista, em construção no troço desactivado da linha, entre a cidade e a estação da Chapa, na distância de dez quilómetros.
Para este projecto ter sucesso, Armindo Abreu defende, porém, "que é preciso requalificar o interface [estação da Livração] e haver uma boa coordenação de horários".
"Evidentemente que não pode alguém meter-se no comboio em Amarante e chegar à Livração e ter de esperar uma hora ou uma hora e meia pelo outro comboio [da linha do Douro]. Além disso, é preciso uma estação recuperada e confortável", sustentou o autarca.
30 de Março de 2009, 18:23 (Lusa)
Os autarcas das zonas afectadas pela suspensão de circulação das linhas-férreas do Corgo e do Tâmega vão reclamar garantias por parte do Governo que aquelas vias sejam reabertas.
Terça-feira, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, reúne-se com os governadores civis e autarcas para explicar os motivos da suspensão das linhas, uma decisão contestada pelas autarquias e utentes.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Santa Marta de Penaguião, Francisco Ribeiro (PS), quer que o Governo, através da secretária de Estado dos Transportes, garanta a reabertura da Linha Ferroviária do Corgo.
No decorrer da reunião, que decorre terça-feira, em Vila Real, o autarca quer ainda saber quando é que as obras vão ter início, exactamente o que vai ser feito na linha e quanto vai ser gasto e uma previsão para a sua reabertura.
Francisco Ribeiro salientou a importância do comboio para a mobilidade das populações da freguesia de Alvações do Corgo, visto que este é o único meio de transporte público existente naquela zona do concelho.
"Pelo volume do investimento que já nos disseram que vai ser feito não temos a pretensão de que as obras possam terminar em dois ou três meses. Mas queremos que elas sejam feitas o mais rapidamente e não se arrastem indefinidamente no tempo", salientou.
Francisco Ribeiro exige agora informações, já que estas escassearam antes de se proceder à suspensão da via.
"Lamentamos não termos sido avisados atempadamente para que também pudéssemos avisar e explicar às populações o que se ia passar", frisou.
Acrescentou ainda não entender como se pode "desprezar durante tanto tempo a Linha do Corgo, para que agora seja necessário uma intervenção tão profunda".
Desde a suspensão da via, a 25 de Março, que os autocarros substituíram o comboio.
Por isso mesmo, também é importante para o autarca articular com a CP os melhores transportes alternativos, para que "sejam mais eficientes e sirvam melhor as populações, evitando ainda maiores deslocações".
Segundo Francisco Ribeiro, a Linha do Corgo é uma das "mais utilizadas", possuindo uma média de "20 passageiros" por comboio, a maior parte dos quais estudantes trabalhadores em deslocações para o trabalho.
Também o presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu (PS), disse hoje à Lusa espera que a secretária de Estado dos Transportes, venha explicar o tipo de intervenção até porque já existe um compromisso público de que a linha reabrirá depois das obras.
"Será uma reunião de trabalho em que se fixarão metas para o início das obras e para o investimento", afirmou o autarca.
Armindo Abreu realça a importância da linha para o transporte de passageiros - "registou-se um aumento de 15 por cento no número de passageiros transportados de 2007 para 2008", afiançou - mas sobretudo o seu aproveitamento turístico.
Segundo o autarca, a linha pode potenciar um importante fluxo turístico entre o Grande Porto e o Tâmega, assente na degustação da gastronomia de Amarante e na fruição da ecopista, em construção no troço desactivado da linha, entre a cidade e a estação da Chapa, na distância de dez quilómetros.
Para este projecto ter sucesso, Armindo Abreu defende, porém, "que é preciso requalificar o interface [estação da Livração] e haver uma boa coordenação de horários".
"Evidentemente que não pode alguém meter-se no comboio em Amarante e chegar à Livração e ter de esperar uma hora ou uma hora e meia pelo outro comboio [da linha do Douro]. Além disso, é preciso uma estação recuperada e confortável", sustentou o autarca.
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