quarta-feira, 18 de março de 2009

Ministério da Educação decidiu sobre "problemas especiais" após notícias
(JN) 18.3.2009
O secretário de Estado da Educação reconheceu hoje que a intervenção sobre os "problemas especiais" na Escola Básica de Barqueiros aconteceu depois das notícias sobre o isolamento de uma turma de jovens ciganos numa estrutura pré-fabricada.
Em conferência de imprensa, em Lisboa, Valter Lemos referiu que "só agora" é que o Ministério da Educação teve notícia de haver "problemas especiais" com o projecto de integração naquela escola de Barcelos.
"Vocês (jornalistas) noticiaram os problemas. São vários problemas", começou por dizer.
O governante indicou depois que o Ministério da Educação "detectou alguns aspectos que acima tudo têm a ver com as condições de trabalho que a escola tem e tomou decisões para os corrigir".
As medidas passam pela criação de um grupo de acompanhamento, para fazer levantamento de necessidades, e pela integração da escola nas listas de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP).
Estas medidas servirão para "tentar ultrapassar alguns dos problemas e que as condições de integração e ensino das crianças possam melhorar".
Valter Lemos admitiu que esta escola "provavelmente devia ter sido sinalizada mais cedo, quando se fez a sinalização das TEIP e não foi, mas neste aspecto mais vale tarde do nunca".
A escola da Lagoa Negra poderia ter sido integrada no Programa TEIP através de um levantamento: "As outras 59 (escolas existentes) não foram objecto de qualquer notícia", rematou.
Valter Lemos sublinhou ainda que a escola de Barqueiros tem 50 alunos de etnia cigana e não apenas os 17 noticiados.
"Algumas (crianças) eventualmente estarão com condições melhores de aprendizagem, que no fundo é esse o problema que está a ser posto, mas se houver algumas que não estiverem nas melhores condições teremos que corrigir esse aspecto", notou.
O secretário de Estado adiantou desconhecer qualquer outro caso de turmas isoladas "de ciganos ou outras" e garantiu que, a existir alguma situação que indicie discriminação, terá sempre de ser corrigida.

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