(JN) 14.3.2009
A última reunião do secretariado concelhio do PS/Porto foi de estalo. As notícias, não desmentidas, contam que Elisa Ferreira, candidata do partido à liderança da autarquia portuense, terá sido encostada à parede por, entre outras coisas, ter decidido integrar também a lista socialista que se apresentará à eleição para o Parlamento Europeu. Consta que as vozes se elevaram a tons pouco habituais e que alguns espíritos se agitaram para lá do aconselhável. Uma festa, portanto.
E por que razão é este desaguisado relevante? Porque mostra várias coisas importantes e aponta para uma consequência que afecta bem mais do que os gostos e desgostos dos socialistas portuenses.
Vamos por partes.
O PS/Porto é uma agremiação estranha. Há fartas provas disso mesmo. Junta-se agora esta: é, no mínimo, questionável que, depois de aprovada e oficialmente apresentada a candidatura de Elisa Ferreira, alguém se lembre de a confrontar com um facto há muito anunciado pela própria. Eu também acho que é um erro sério ela ser candidata a dois lugares ao mesmo tempo (será um pouco estranho ver a sua cara em dois cartazes para eleições diferentes...). Mas, com o facto consumado, de que vale discutir agora tal opção?
Essa discussão devia ter tido lugar quando Elisa Ferreira disse, às claras, o que queria. Nessa altura, poucas foram as vozes que mostraram o seu desagrado. Fazer, neste momento, um caso com isso é um equívoco político. E apenas sublinha o jeito que o PS/Porto tem para a automutilação. São gostos - e os gostos não se discutem.
A imagem que passa é a de que as antipatias e as invejas estão a sobrepor-se ao essencial. E o essencial é que os eleitores do Porto sintam um PS forte e unido em torno de uma candidatura que tem tudo para poder lutar pela conquista da Câmara do Porto. Ao deixarem passar para os jornais o conteúdo de uma reunião privada que acabou como acabou, o PS/Porto apenas ajuda uma pessoa: Rui Rio. Ele agradece, seguramente. Se as coisas assim continuarem, bastar-lhe-á estar sossegadinho no seu canto...
Elisa Ferreira tem muito trabalho pela frente - e tem que gerir os passos da sua candidatura com muito jeitinho. Não lhe serve de nada esquecer que a sua candidatura está ao serviço de um partido, o que a obriga a ter que saber ouvir e a decidir ponderada e equilibradamente. A tarefa não é fácil, mas valerá a pena se, no final de tudo, permitir aos eleitores portuenses comparar devidamente dois projectos de poder: o dela e do PS e o de Rui Rio e da coligação partidária que o suporta. Essa é a lição mais relevante deste desaguisado: ele mostra bem como é importante saber ultrapassar coisas pequenas quando o objectivo é grande.
E por que razão é este desaguisado relevante? Porque mostra várias coisas importantes e aponta para uma consequência que afecta bem mais do que os gostos e desgostos dos socialistas portuenses.
Vamos por partes.
O PS/Porto é uma agremiação estranha. Há fartas provas disso mesmo. Junta-se agora esta: é, no mínimo, questionável que, depois de aprovada e oficialmente apresentada a candidatura de Elisa Ferreira, alguém se lembre de a confrontar com um facto há muito anunciado pela própria. Eu também acho que é um erro sério ela ser candidata a dois lugares ao mesmo tempo (será um pouco estranho ver a sua cara em dois cartazes para eleições diferentes...). Mas, com o facto consumado, de que vale discutir agora tal opção?
Essa discussão devia ter tido lugar quando Elisa Ferreira disse, às claras, o que queria. Nessa altura, poucas foram as vozes que mostraram o seu desagrado. Fazer, neste momento, um caso com isso é um equívoco político. E apenas sublinha o jeito que o PS/Porto tem para a automutilação. São gostos - e os gostos não se discutem.
A imagem que passa é a de que as antipatias e as invejas estão a sobrepor-se ao essencial. E o essencial é que os eleitores do Porto sintam um PS forte e unido em torno de uma candidatura que tem tudo para poder lutar pela conquista da Câmara do Porto. Ao deixarem passar para os jornais o conteúdo de uma reunião privada que acabou como acabou, o PS/Porto apenas ajuda uma pessoa: Rui Rio. Ele agradece, seguramente. Se as coisas assim continuarem, bastar-lhe-á estar sossegadinho no seu canto...
Elisa Ferreira tem muito trabalho pela frente - e tem que gerir os passos da sua candidatura com muito jeitinho. Não lhe serve de nada esquecer que a sua candidatura está ao serviço de um partido, o que a obriga a ter que saber ouvir e a decidir ponderada e equilibradamente. A tarefa não é fácil, mas valerá a pena se, no final de tudo, permitir aos eleitores portuenses comparar devidamente dois projectos de poder: o dela e do PS e o de Rui Rio e da coligação partidária que o suporta. Essa é a lição mais relevante deste desaguisado: ele mostra bem como é importante saber ultrapassar coisas pequenas quando o objectivo é grande.
2 comentários:
Se a Elisa queria fazer uma candidatura independente para que alinhou com o PS? Certo está o Narciso e a Maria josé, esses são independentes, mesmo que tenham o cartão do partido. Agora a Elisa não pode querer ter o PS para ter os votos, o dinheiro e os camelos para carregarem os sacos e não ter o0 PS para fazer tudo o que lhe apetece e fazer da candidatura uma coisa de família e de amigos. Por falar nisso, será verdade que do "acordo" com o Renato, faz parte o marido a deputado? O que escreveu as "socialites", lembram-se?
Qué isso do0 marido????????
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