terça-feira, 10 de março de 2009

Autárquicas: PSD e CDS apostam em coligações

Será que a direita é mais inteligente do que a esquerda? Ou então qual será o problema da esquerda? E o do PS? (PB)

(JN) 10.3.2008 ISABEL TEIXEIRA DA MOTA
O PSD abre a porta a novas coligações autárquicas com o CDS-PP apostando numa vitória nas municipais do Outono. Na sede social-democrata, os dois partidos assinam hoje um protocolo de entendimento.
O PSD preside a 158 câmaras municipais, 19 das quais em coligação com o CDS-PP. Em 2005 os dois partidos apresentaram-se às eleições coligados em 58 concelhos. Nas próximas autárquicas este número pode aumentar.
Mas, segundo apurou o JN, a direcção do PSD deu liberdade às estruturas locais para decidirem as coligações com autonomia. Um documento interno orientador do processo autárquico define coligações em casos pontuais, e o compromisso assumido pela direcção é para que aquelas se estabeleçam apenas nos casos em que as concelhias de ambos os partidos entenderem vantajoso.
Certo é que nos concelhos onde os dois partidos se apresentaram coligados em 2005, a tendência é para voltar a apresentar-se em coligação, segundo disse ao JN um membro da comissão coordenadora autárquica do PSD.
São os casos do Porto, Cascais, Sintra, Coimbra, Aveiro, Maia, Vila Nova de Gaia, entre outros.
Hoje, delegações dos dois partidos reúnem-se na sede do PSD para acertar um protocolo de entendimento que inclua regras financeiras, de distribuição nas listas e de repartição de despesas.
Segundo a comissão de coordenação autárquica, a tendência genérica mantém-se para o PSD concorrer em listas próprias.
Os sociais-democratas têm como objectivo eleitoral "ganhar o maior número de câmaras, assegurar a presidência da associação nacional de municípios, ganhar o maior número de juntas de freguesia, presidir à junta nacional de freguesias e conquistar o maior número de mandatos autárquicos", refere o documento estratégico aprovado em conselho nacional.
Ontem, o presidente da distrital de Lisboa do PSD, Carlos Carreiras, declarou à Lusa que não pode assumir a coligação com o CDS-PP em Lisboa "como um facto consumado porque não o é" (ver caixa). O dirigente salientou que a opinião de Pedro Santana Lopes, "será decisiva". "Concluídas as conversações, vamos abordar o candidato no sentido de o informar do resultado", disse.

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