terça-feira, 31 de março de 2009

Pavilhão Rosa Mota esteve meio ano vazio
(JN) 31.03.2009 CARLA SOFIA LUZ
O Pavilhão Rosa Mota, no Porto, só esteve ocupado durante 175 dias no ano passado. A taxa de ocupação baixou 27% em relação a 2007. Tudo por culpa do atraso no arranque das obras de transformação em multiusos.
A reconversão do equipamento num pavilhão multiusos, à semelhança do Pavilhão Atlântico em Lisboa, foi anunciada em Junho de 2007, mas, até ao momento, não há data para o arranque das obras de requalificação do espaço. Tarda a resposta à candidatura, apresentada pela Câmara do Porto, aos milhões comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para custear a transformação, projectada pelo arquitecto Carlos Loureiro.
A indefinição quanto ao início das obras e as condições técnicas retrógradas do espaço afastaram os promotores do Rosa Mota. A taxa de ocupação que, em 2007, era de 72,6% baixou para 45,6% no ano passado. "A procura deste espaço por parte das empresas produtoras de eventos diminuiu comparativamente com os anos anteriores, fruto da informação reinante no mercado de que o Pavilhão Rosa Mota estaria prestes a entrar em obras", pode ler-se no Relatório e Contas da Empresa Municipal Porto Lazer, gestora do equipamento, referente ao ano passado. Não podendo rivalizar com outros espaços em termos técnicos, o preço mais baixo do que "a concorrência directa" é o único argumento a favor.
Os eventos, que geram "mais receita e público", são os concertos e os espectáculos de cariz musical. Só a Magia do Mickey e a habitual festa de passagem de ano juntaram 17 mil pessoas.
Para potenciar a ocupação do pavilhão por este tipo de iniciativas, a Porto Lazer considera que é "urgente levar a cabo as obras de recuperação e modernização deste espaço", de modo a que o Rosa Mota possua a "mais-valias técnicas capazes de rivalizar com as novas instalações que têm vindo a surgir na Área Metropolitana do Porto e no país". Ainda assim, foram feitas pequenos investimentos na recuperação do equipamento que orçaram 80,5 mil euros. Mantém-se a expectativa de que a grande obra de reconversão possa iniciar-se este ano.
Passaram quase 67 mil pessoas no pavilhão. A este número, acrescem os visitantes da última edição da Feira do Livro, cujos dados oficiais são desconhecidos. A exposição sobre Leonardo da Vinci levou 23.500 pessoas ao Rosa Mota. Grande afluência registou, ainda, a Feira da Maratona do Porto, juntando 13 mil pessoas.

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