sexta-feira, 13 de março de 2009

Santos Silva demarca-se de "apreciações pessoais" de José Lello sobre Alegre
(Público) Em Linha 13.3.2009
O dirigente nacional do PS Augusto Santos Silva demarcou-se das declarações feitas por José Lello sobre Manuel Alegre, dizendo, a título individual, que tem como regra não fazer "apreciações pessoais" nem juízos morais.
Interrogado se se revê ou não nas declarações de José Lello, Augusto Santos Silva respondeu: "A única coisa que eu digo, falando por mim - porque eu sou responsável por aquilo que digo - é que, como toda a gente sabe, eu não uso apreciações senão de natureza partidária, não faço apreciações pessoais, nem me considero ser o juiz moral de ninguém".
Em declarações na RTPN, no domingo, o dirigente nacional do PS José Lello comentou a vontade expressa por Manuel de ser candidato independente a deputado, se isso fosse legalmente permitido, como "falta de solidariedade" para com o partido e "falta de carácter".
Hoje, em entrevista à rádio Antena 1, Manuel Alegre reagiu a essas declarações dizendo: "Se a direcção do partido não dá um sinal, o secretário-geral, de demarcação em relação às declarações de um dirigente que diz que eu não tenho carácter, não pode querer contar comigo como candidato a deputado nas próximas eleições, então tem de ir ganhar as eleições com quem faz essas declarações".
No final de uma sessão a propósito dos 20 anos da revista Finisterra, na livraria do Parlamento, Augusto Santos Silva foi questionado pelos jornalistas, enquanto membro do Secretariado Nacional do PS, sobre esta exigência feita por Manuel Alegre à direcção do partido.
O dirigente socialista começou por dizer que o seu "camarada Manuel Alegre sabe que o único propósito da direcção do PS é contar com ele, como sempre contou, como uma voz crítica, como uma voz incómoda, como uma figura de referência do PS e alguém que está sempre na primeira linha para defender os valores que caracterizam o PS".
Sobre as declarações de José Lello em relação às quais Manuel Alegre exige uma demarcação da direcção do PS, Augusto Santos Silva disse, primeiro, que "cada um responde pelas palavras que diz" e que "não há nenhuma espécie de comissão no PS equiparável às antigas comissões de controlo de quadros dos partidos comunistas".
"Cada um responde pelas expressões que usa e pelo sentido que lhes atribui e cada um de nós é responsável", reforçou o ministro dos Assuntos Parlamentares.
Instado a esclarecer se se revê ou não nas declarações feitas por José Lello, Augusto Santos Silva respondeu: "A única coisa que digo, falando por mim - porque eu sou responsável por aquilo que digo - é que, como toda a gente sabe, eu não uso apreciações senão de natureza partidária, nem faço apreciações pessoais, nem me considero ser o juiz moral de ninguém".

Para o Santos Silva que, ainda anteontem, sugeria que Manuel Alegre devia sair da lista de deputados - seja lá isso o que for e mesmo que já haja lista (!) - é caso para dizer: Lindo Menino! E comentar como o Outro: Não há nada como realmente... (PB)

1 comentário:

Anónimo disse...

Será um "rebuscar" na consciência?

Quanto a José Lello, duvido que seja a pessoa indicada, para falar de carácter?