Eyssa-Tesis já tinha ganho adjudicação da gestão da rede de semáforos
Empresa denunciou corrupção depois de vencer concurso da Câmara do Porto
(Público) 02.11.2009 - 10:52 Por Mariana Oliveira
A Eyssa-Tesis - Tecnologia de Sistemas Electrónicos denunciou a alegada tentativa de corrupção por parte de um chefe de divisão da Câmara do Porto - apanhado em flagrante na passada sexta-feira pela Polícia Judiciária - depois de ter vencido o concurso público internacional lançado em Julho pela autarquia para a manutenção e expansão do Sistema de Gestão de Tráfego da cidade. Aliás, a empresa foi a única candidata. O contrato foi adjudicado à Eyssa-Tesis no passado dia 22 de Setembro, mais de um mês antes da detenção do engenheiro e quase três semanas antes de a empresa se queixar ao presidente da câmara, Rui Rio, e de este denunciar o caso à PJ.
A Câmara do Porto não adiantou se o concurso em causa será anulado.
Fica assim por esclarecer se o chefe da Divisão Municipal de Intervenção na Via Pública foi apanhado a cobrar dos responsáveis da Eyssa-Tesis os mais de 300 mil euros que teria pedido para os beneficiar no concurso, ou se o que estava em causa era outra promessa relacionada com este contrato.
Empresa denunciou corrupção depois de vencer concurso da Câmara do Porto
(Público) 02.11.2009 - 10:52 Por Mariana Oliveira
A Eyssa-Tesis - Tecnologia de Sistemas Electrónicos denunciou a alegada tentativa de corrupção por parte de um chefe de divisão da Câmara do Porto - apanhado em flagrante na passada sexta-feira pela Polícia Judiciária - depois de ter vencido o concurso público internacional lançado em Julho pela autarquia para a manutenção e expansão do Sistema de Gestão de Tráfego da cidade. Aliás, a empresa foi a única candidata. O contrato foi adjudicado à Eyssa-Tesis no passado dia 22 de Setembro, mais de um mês antes da detenção do engenheiro e quase três semanas antes de a empresa se queixar ao presidente da câmara, Rui Rio, e de este denunciar o caso à PJ.
A Câmara do Porto não adiantou se o concurso em causa será anulado.
Fica assim por esclarecer se o chefe da Divisão Municipal de Intervenção na Via Pública foi apanhado a cobrar dos responsáveis da Eyssa-Tesis os mais de 300 mil euros que teria pedido para os beneficiar no concurso, ou se o que estava em causa era outra promessa relacionada com este contrato.
O PÚBLICO contactou a assessora de imprensa da Câmara do Porto, Florbela Guedes, que não adiantou se o concurso em causa será anulado e se recusou a dar mais pormenores sobre o caso. O ex-vereador Lino Ferreira, que sugeriu o procedimento concursal, confirmou que a adjudicação foi aprovada em reunião de câmara a 22 de Setembro juntamente com a minuta do contrato. "A responsabilidade de assinar o documento foi delegada no director municipal da via pública, mas não sei se isso já aconteceu", completou. Lino Ferreira admitiu que estranhou o facto de só a Eyssa-Tesis ter concorrido. "Achámos estranho não haver mais candidatos", afirmou Lino Ferreira, que tentou perceber o porquê dessa situação. "O que me disseram foi que havia poucas empresas a oferecer este tipo de serviços e que esta sociedade, como já tinha desenvolvido o software, obrigaria as outras a compatibilizar os seus sistemas, o que significaria um acréscimo de valor incomportável", justifica o ex-vereador. Lino Ferreira diz ter ficado sossegado com a explicação dada pelos especialistas: "Não tive indícios de que o concurso pudesse estar viciado. Pelo que sei, a empresa não sabia que era a única candidata, já que baixou os preços que praticava antes". Lino Ferreira não nega que defendeu o concurso para afastar a ideia de que a Eyssa-Tesis, sociedade que integra o grupo espanhol Etra, era "protegida" pela autarquia. "Há muitos, muitos anos que esta empresa trabalhava com a câmara, sendo os seus contratos sistematicamente prorrogados. Acredito que, de vez em quando, devemos ouvir o mercado e, por isso, sugeri o concurso", explica. Só este ano, a Câmara do Porto fez 11 ajustes directos à Eyssa-Tesis num valor global de quase 1,1 milhões. Lino Ferreira diz que a maioria dos ajustes foram feitos na sequência de acidentes de viação que implicaram estragos em semáforos, situação não abrangida pelo contrato que a autarquia mantinha com a empresa e que passa a ser contemplada. O PÚBLICO tentou ouvir responsáveis da Eyssa-Tesis.
Isto ainda está mal contado... esperemos que não seja a ponta de um tentáculo com mais envolvimentos do que se possa julgar... (PB)
13 comentários:
Caro Pedro Baptista
Não percebi o seu comentário. Agradecia que fosse mais explícito e nos esclarecesse sobre os fundamentos da sua insinuação.
Fácil, se a empresa era a única concorrente, logo a vencedora do concurso, como poderia alguém pedir contrapartidas em troca da adjudicação?
Também me parece que esta história, por procedimento inédito da parte do adjudicante, estar mal contada.
Pois. Só falta acrescentar que o Rui Rio denunciou o engenheiro para desviar as atenções, porque o grande corrupto é ele. Fiquei esclarecido.
A dúvida é suscitada pelo jornal. Se for como o Público narra, temos uma história totalmente absurda e evidentemente mal contada, sendo isto mesmo o conteúdo da notícia para quem conseguir ler. Nem se percebe porque não é imediatamente anulado um concurso que teve uma prévia negociação de luvas entre os agentes do negócio. A ser como parece, há gato escondido com o rabo de fora e é preciso identificar o bicho ou a bicharada bem como esclarecer as dúvidas que, caso contrário, se transformarão em suspeitas. Não bastam números de Tele!
Ora vejamos… Tanto quanto parece foi a empresa Eyssa-Tesis Tecnologia de Sistemas Electrónicos SA que pôs a boca no trombone e deu a conhecer esta acto de corrupção. Diz-se agora que o concurso público deve ser anulado e iniciar-se de novo as consultas. Tudo bem, até posso concordar que seria o ideal, mas vejamos que a única concorrente foi a Eyssa-Tesis e que numa repetição do concurso até pode perder para uma eventual empresa que venha agora a concurso. E depois lá ficava em maus lençóis quem desmascarou esta tramóia toda. Ou não será?...
Caro(s) Pedro(s)
A mim também a história me parece mal contada desde o início,mas...
Tudo o que venha desse falsário (rui rio) me cheira sempre a esturro.
Estou aqui nas antípodas do P.Aroso, que parece que acha que o bicho é mas é um bezerro ungido por deus que tudo o que faz lhe traz cheiros de santidade...
Quantos mais exemplos precisa para entender que o dito é um aldrabão?
O parque da cidade?
O metro da boavista?
O metro do H.S.João?
O túnel de Ceuta?
O parque subterrâneo da R. Gondarem?
As corridas de calhambeques e os subsídios aos pobresitos ...?
A pista de avioes da Foz?
A Av. dos Aliados?
O Ed. Transparente?
O fim dos arrumadores?
O ciclódromo?
Etc.
Etc.
Etc.
Que haja uma quantidade de "emplastros" que ainda acredite no "energúmeno" é a vida (ou esta democracia, para quem lhe chame assim)
Agora o P.Aroso continuar com essa fixação, com franqueza... (desculpe o desabafo)
Pode até ser que o dito eng. seja corrupto (um de muitos...) mas que mesmo assim tudo cheira a esturro, cheira.
Um abraço
António Moreira
Todos acham que a história cheira muito mal, mas ainda ninguém conseguiu, objectivante, explicar porquê. A isto chama-se desonestidade intelectual.
Porque saiu Lino Ferreira que levantou o problema de ser feito um concurso internacional?
Este senhor Engenheiro Brandão será do PS ou nao se pode saber a filiação artidária?
É que noutros casos vem logo o PS à frente.
Mas um homem só que até foi presidente do juri (quem o nomeou?) e depois passou a vogal é que tem a culpa toda? E os outros?
Quem denunciou qem?
Rio antecipou-se? E agora quem explica com as noticias cirurgicas.
Ate prva em contrário.....Bla, Bla, Bla.
Sejam de que partido forem, quem tiver culpas tem de ser punido e rápido. Neste e em todos os casos conhecidos.
Não deixemos que baralharem o jogo para o tempo apagar tudo.
BCP, BPN, BPP, CTT, SUBMARINOS, FREEPORT, FURACÃO, PORTUCALE, VARADAS e outros que venham a publico e sejam julgados.
" Pedro Aroso disse...
Todos acham que a história cheira muito mal, mas ainda ninguém conseguiu, objectivante, explicar porquê. A isto chama-se desonestidade intelectual."
Amigo Pedro Aroso
Cada um fala por si e, por isso não posso nem quero falar por outros, mas de "desonestidade", seja intelectual seja outra, é acusação que não aceito vinda de ninguém.
Expliquei claramente porque é que me "cheira a esturro":
Porque parte de Rui Rio!
E, como não tenho qualquer dúvida quanto à EVIDENTE DESONESTIDADE (pelo menos) INTELECTUAL de Rui Rio, é para mim muito provável que o assunto "tenha história".
Para qualquer pessoa mimimamente avisada qualquer "conversa" de um aldrabão "cheira a esturro", não são precisas mais explicações, é "senso comum".
Se em vez de Rui Rio, na origem da história estivesse qualquer Mesquita Machado, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Ferreira Torres ou outros que tal, ao Pedro Aroso decerto que também "cheirava a esturro", como parte do Rui Rio, que (sendo muito pior que os que referi) é o "ai jesus" das "tias da Foz", dos "betinhos" e de todos os "benfiquistas" em geral, só falta estar escrito na pedra...
Tenham dó
António Moreira
A verdade é que a empresa denunciou ao Ministério Público a cena, o Rio soube e veio fazer o número TV-Manuel Teixeira-Florbela Guedes. É um número típico do vigarista que é, mesmo a denhunciar vigaristas já denunciados e apanhados.Esta é a verdadeira historia. O Pedro Batista teve razão em pôr aqui a dúvida que o Público levantou.
Amigo António Moreira,
Não é preciso ter formação em Direito para perceber que todos os “argumentos” até agora invocados por si e pelos restantes intervenientes não têm qualquer consistência. Em tribunal, não são os juízos de valor, mas sim os factos, aquilo que verdadeiramente conta. Não basta chamar vigarista e aldrabão ao Rui Rio, é preciso apresentar provas. Assim sendo, estamos perante um caso gratuito de difamação.
Se o Rui Rio é “ o "ai jesus" das "tias da Foz", dos "betinhos" e de todos os "benfiquistas" em geral”, não lhe sei responder porque sou ateu, portista e moro em Nevogilde. Aquilo que eu sei, pelas declarações que passaram na televisão, é que foi o Rui Rio a chamar a Polícia Judiciária para investigar o caso, e não que me consta que haja mais arguidos para além do dito engenheiro.
Por último, gostaria de lhe lembrar uma coisa: a mim, nunca me ouviram fazer qualquer comentário sobre Mesquita Machado, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Ferreira Torres, Narciso Miranda, Teixeira da Sé, caso Freeport, Armando Vara, José Penedos ou qualquer outro. Não é a nós (sociedade civil), nem à imprensa, que compete julgar seja quem for, mas sim aos tribunais.
O caso levantado não tem nada a ver com tribunais, mas com política. Um comentador esclareceu o caso parecendo conhecer os factos. Quem denunciou o caso foi a empresa ao MP. O Rio não fez nada a não ser vir atrás quando soube. Aqui está parte da história que falta contar se é que não há mais porque continua sem se saber se as luvas pedidas eram para esta empretada que estava ganha por natureza e portanto não se justificava, ou se era para outras coisas. Coisas que às tamtas o Rio nem sabe, porque não soube nada do processo, a nºão ser fazer um número de papas e bolos para anganar os tyolos que é o que mais há infelizmente.
Amigo Pedro Aroso
Apenas para encerrar este assunto (sem que se entenda que queira ter a última palavra, pois isso só em casa: "sim, querida" :))
Não estamos em nenhum tribunal e é mais do que evidente que não tenho quaisquer "provas" de de desonestidades de Rui Rio, pois, nesse caso, seria ao ministério público que as apresentaria (mesmo sem ser seu ex-vereador...).
O que eu afirmei (e reafirmo) é que incontestável é a desonestidade POLÍTICA de Rui Rio e elenquei casos mais que suficientes que o comprovam (e a lsita nem era exaustiva) só não vê quem não quer e o Pedro Aroso tem o direito de não querer ver.
A título de exemplo:
É evidente que eu não tenho provas de que o assunto do Tunel de Ceuta tenha sido finalizado com um acordo negociado numa reunião expressa entre Rui Rio e António Costa (então MAI) na qual Rio "ganhou" o Tunel e, em troca, retirou o "veto" a Pedro Abrunhosa para a Casa da Música...
Como é evidente eu nem lhe posso dizer quem é que tal me confidenciou, nem tal seria (neste país) assunto para os tribunais, porque enfim, é a democracia que temos e de que tantos gostam.
Foi por saber que o Pedro Aroso é ateu e portista (o que só lhe fica bem) que eu referi o "ai jesus" e os "benfiquistas".
Claro que nunca o iria confundir com uma "tia", mas sabe bem que Nevogilde é "Foz" ponto final :)
Quanto a ser à sociedade civil que compete "julgar" os políticos, aí discordo completamente de si.
POLITICAMENTE é à sociedade civil que tal compete, e para isso deveria servir a tal "democracia que temos" mas infelizmente o juizo da sociedade civil é feito com base na "caca" que a C.Social (e quem nesta manda) lhes mete na cabeça...
Aos tribunais compete apenas (e já não é pouco)julgar os suspeitos de crimes e nunca fazer juizos políticos seguir agendas políticas...
Outro abraço
António Moreira
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