domingo, 8 de novembro de 2009

URGÊNCIA E PREMÊNCIA DA REGIONALIZAÇÃO
Pedro Baptista
A REGIONALIZAÇÃO poderia e deveria ter sido feita há 20 ou 30 anos atrás, como grande reforma estratégica de antecipação visando o desenvolvimento nacional através da competitividade interna do território e da mobilização de todos os recursos nacionais, territoriais e humanos.
Não o foi porque, mesmo que explícita no preceituado constitucional, foi traída sucessivamente nos processos politicamente mais despudorados da história portuguesa da II República, culminando com uma revisão consitucional destinada a armadilhar o processo e impedi-lo para sempre de avançar.
Agora, no momento em que o país está quase arruinado, com um colossal défice externo e défice público, sem o Norte que era o único factor de equilíbrio na relação entre as importações e as exportações e o principal alfobre na produção de bens transaccionáveis, a REGIONALIZÃO não é uma medida estratégica de antecipação, mas uma medida de salvação da economia portuguesa.
Claro que percebemos e há muito que, para o centralismo, o momento adequado para uma qualquer REGIONALIZAÇÃO que satisfizesse os rapazes de fora de Lisboa, será quando não houver um cêntimo europeu para distribuir pelas regiões. Também percebemos, ou não víssemos o desfalque das verbas das regiões de convergência para Lisboa, que este combate é para ser travado e ganho com a maior urgência pois, depois, em termos de investimento para os desenvolvimentos regionais, o tempo terá passado e Inês estará morta.
Como o país, reduzido a uma capital meramente político-admnistrativa, só virtualmente viável, e sem uma nação real capaz de a sustentar e a justificar.

4 comentários:

Paulo MB disse...

Se o Marcelo regressar à liderança do PSD, lá vai outra vez a Regionalização para a gaveta.

josant disse...

A pena que resta, é que não é só o Marcelo. No PS, também há muitos..."Marcelos".

Manuel Machado disse...

Não será bem assim... Vejam o Aguiar-Branco

Paulo MB disse...

Hoje parece haver essa luz. Mas ontem não havia nada.
E mesmo assim, só acredito no PSD após haver um novo líder. E mantenho a minha: se for o MRS, não haverá alteração à Constituição, daí ficar tudo na mesma.