quarta-feira, 4 de junho de 2008

Armadores e pescadores põem termo à greve

Agora sim, agora não vai faltar peixinho. Embora, nem para todos. O governo mudou de atitude, ganhou a humildade necessária ou pelo menos alguma e teve, pelo menos pelo momento, sucesso no seu trabalho. Tê-lo-ia mais cedo se tivesse tido a atitude que tem agora também mais cedo. Em democracia, os governantes não são donos de nada, são apenas servidores públicos. E é só nesta condição que está a grandeza da política republicana!
(Público) Em linha 04.06.2008 - 20h01 Por Ana Rita Faria
Os responsáveis aceitaram as propostas feitas ontem pelo ministro da Agricultura e Pescas.Os armadores e pescadores decidiram pôr termo à paralisação da frota, que dura desde a passada sexta-feira. Os responsáveis do sector, que estiveram reunidos esta tarde em Lisboa, decidiram retomar a faina e aceitaram as propostas apresentadas na segunda-feira pelo ministro da Agricultura e Pescas. Jaime Silva, num encontro com os armadores e os pescadores, tinha aceitado uma redução, por três meses, da taxa social única, a libertação de uma linha de crédito e uma descida de dois por cento na taxa que é paga para a comercialização do pescado na Docapesca. O governante tinha já sublinhado esta tarde que não havia qualquer possibilidade de subsidiar o combustível, até mesmo porque Bruxelas não concordaria. E lembrou as restrições orçamentais do país. Por isso, na sua opinião, a solução estava na flexibilização das regras impostas pela União Europeia. “Não devem existir soluções únicas”, sublinhou, considerando que cada país deve ter liberdade de tomar decisões em face da sua própria especificidade. O Ministério da Agricultura já foi, entretanto, informado pela comissão dos representantes do sector das pescas que a greve foi suspensa. Fonte do ministério acrescentou que Jaime Silva "congratula-se com o espírito de boa-fé e responsabilidade que os agentes do sector das pescas demonstraram", pondo termo à greve. Após quatro horas de uma reunião que contou com representantes de cerca de 35 entidades, Miguel Cunha, da comissão representativa do sector das pescas, anunciou que as medidas anunciadas pela tutela para apoiar a actividade são ainda "insuficientes", mas merecem "o benefício da dúvida". "O sector das pescas pretende acima de tudo resolver o problema. A nossa abertura será uma forma mais rápida de podermos voltar a trabalhar, que é o que queremos", afirmou o responsável, salientando que os pescadores poderão voltar à greve caso o Governo não cumpra as suas "obrigações". Miguel Cunha referiu que em três anos de "desvalorização" a contraproposta do Ministério da Agricultura foi o primeiro sinal que o Governo está empenhado em dar condições de trabalho dignas aos pescadores e armadores. O representante considerou, por isso, que a greve dos profissionais - no sexto dia de greve - "valeu a pena pelo impacto que teve junto da tutela". Os armadores e pescadores entraram em greve às 00h00 de sexta-feira em protesto contra a escalada dos preços do combustível e para reivindicar apoios à actividade, uma vez que o sector atravessa um período complicado.

1 comentário:

Fernando disse...

Resolução do Conselho de Ministros n.º 78/2008
Aprova os objectivos e as principais linhas de orientação da requalificação e reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa inscritos no documento estratégico Frente Tejo
Considerando as acções previstas, resulta inequívoco o interesse público que as mesmas revestem não só para a cidade de Lisboa mas também para o País
B A S T A !!!!!
QUE INTERESSE PÚBLICO TÊM AS OBRAS DE LISBOA PARA ÉVORA, E VILA REAL, E MONÇÃO, E ALBUFEIRA, E E E E ??????
VAMOS CONTINUAR A PAGAR PARA LISBOA TER O SEU PEDACINHO ARRANJADO?????