sexta-feira, 6 de junho de 2008

Marcha lenta ameaça bloquear o Porto

Vem aí a Maria da Fonte? E ainda não estão a tentar as portagens nas SCUT como o Paulinho desejava, mas parece não ser apenas o Paulinho...
(JN 6.5.2008) Os transportes de mercadorias estão a preparar vários protestos contra o preço dos combustíveis: esta sexta-feira será no Porto; no sábado, em Ponte de Lima e em Viana do Castelo; e, na segunda, por todo o país.
O final da tarde de hoje poderá ser muito complicado no Porto. São essas as previsões de um grupo de empresas transportadoras com sede no Porto que organizaram uma marcha lenta de camiões, para "alertar o Governo para os problemas que estão inerentes a esta escalada de preços", disse, ao JN, Nuno Salgado, um dos membros da organização.
O protesto surgiu de transportadoras do Porto e promete dificultar a circulação na cidade já de si difícil, uma vez que o encontro para a fase final do protesto será na rotunda de S. Roque, pelas 19.30 horas, de onde seguirá "para outros pontos da cidade, passando pela VCI, até ao seu términos", adiantou Nuno Salgado.
A marcha tem vários pontos de concentração à volta do Porto: um em Lousada, na EN106, e outro na área de serviço de Águas Santas, de onde segue para a Rotunda de S. Roque, Porto. Os transportadores queixam-se que a "situação actual do preço dos combustíveis está a tirar a competitividade às empresas, tornando-se insustentável, para muitos, a permanência no ramo".
Em Ponte de Lima e Viana, meio milhar de camiões deverão participar no próximo sábado num buzinão, no percurso entre as duas cidades, contra o aumento de combustíveis, os custos das portagens, as restrições de horários e o pagamento de 21% de IVA na formação profissional dos camionistas. O protesto insere-se no encontro anual da Nucaminho - Núcleo de Camionistas do Minho, que este ano decorrerá no areal junto ao rio Lima.
O buzinão começará às 17 horas quando os camionistas iniciarem uma marcha lenta até Viana do Castelo, onde irão participar num arraial na Quinta de Santoinho. Manuel Carvalho, presidente da Nucaminho, adiantou ao JN que a acção de sábado deverá contar com "500 a 600 camiões".
"Aproveitamos que as nossas buzinas são potentes para demonstrar o nosso descontentamento, até porque em Espanha a greve dos camionistas começa também este fim-de-semana e Portugal não vai ficar muito tempo à espera de protestar", avisa, concluindo que as restrições de horário a que se vêem obrigados os camionistas e os custos das portagens também estão na lista das suas preocupações.
Outro grupo de empresas de transporte de mercadorias fará greve na segunda-feira contra os preços dos combustíveis paralisando "milhares de viaturas" em pontos estratégicos, disse à Lusa o gerente de uma empresa que participará na paralisação. "Decidimos fazer greve no dia 9, a partir da meia-noite, por tempo indeterminado, mas no mínimo uma semana", garantiu Silvino Lopes, após um encontro de 75 empresas e associações do sector.

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