(PÚBLICO) 6.5.2008 Em vésperas de fim de semana prolongado, a fluidez da saída da cidade do Porto vai estar comprometida por causa da marcha lenta convocada por empresas ligadas ao transporte de mercadorias. Os acessos à cidade e à via de cintura interna – ponto nevrálgico do protesto, que deverá entupir entre as 19h00 e as 21h00 – começam a ficar comprometidos a partir das 17h00.A iniciativa partiu de uma empresa, mas rapidamente, se estendeu a outras, com as mesmas razões de queixa: a falta de apoios governamentais que ajudem os transportadores de mercadorias a enfrentar a escalada dos preços dos combustíveis. Nuno Salgado, da Transportadora San Luís, explica, assim, que a marcha lenta com que mais de 300 camiões tencionam entupir os acessos à cidade do Porto, logo ao fim da tarde, “é uma espécie de movimento particular”. “Passamos a palavra e já percebemos que a adesão deverá ser grande”, continuou. Entretanto, os convirtes foram alargados, também, as empresas de reboques e a taxistas. “Todos se poderão juntar ao protesto”, continuou.As concentrações vão começar às 16h30, na EN106, em Lousada, e na EN15, em Penafiel. Com o apoio da PSP; que estará nestes concelhos a facilitar a concentração – cortando ruas e indicando alternativas – os camiões deverão entrar na A4 a partir das 17h00, onde iniciarão a marcha lenta, em direcção ao Porto. “Não vamos ultrapassar os 50 quilómetros horários na auto-estrada. Contamos chegar ao Porto as 18h00, 18h30”, acrescentou Nuno Salgado. A ideia é juntar todos os manifestantes, orieundos de varias regiões a Norte do Douro, mas também do Sul, na Rotunda de S. Roque da Lameira, no Porto, a partir das 19h00 Depois de reunidos, os vários grupos que ali se juntarão, partir em, marcha lenta para a Via de Cintura Interna em direcção à Ponte da Arrábida. Atravessado o Douro, os manifestantes farão inversão de marcha na saída da Afurada, e regressar a São Roque da Lameira, sempre em marcha lenta. O objectivo deste protesto prende-se com a atribuição de apoios aos transportadores de mercadorias, nomeadamente através de baixas de ISP e da atribuição do gasóleo profissional. “A situação actual do preço dos combustíveis está a tirar a competitividade às empresas do sector. É difícil para muitas subsistir, são precisos apoios”, continuou o empresário, lembrando que as transportadores de mercadorias também perderam, ha cerca de dois anos, os benefícios dados no pagamento de portagens quando o atravessamento das auto-estradas era efectuado no período nocturno. “Era importante repor esses apoios”, insistiu. Depois do Governo ter manifestado a intenção de alargar os apoios concedidos aos agricultores às empresas de transporte pesado de passageiros, foram muitas os organizações sectoriais que reivindicaram o mesmo tipo de apoios – nomeadamente a Antral, que representa os taxistas, e a Antram-Associação Nacional de Transportes Rodoviários de Mercadorias. E apesar de estas associações não terem aindo descartado a possibilidade de vierem a haver protestos na rua, a marcha lenta convocada para hoje, permanece como uma iniciativa particularCitado pela Lusa, o presidente da Antram, Abel Marques, sublinhou que está marcada uma reunião para sábado, na zona da Batalha, em que os seus associados, provenientes de todo o país, deverão debater as propostas concretas a apresentar ao Governo para fazer face às dificuldades provocadas pelo aumento dos combustíveis. “Esta é a forma de actuar da ANTRAM, há todo um processo de negociação séria a fazer antes que possam ser equacionadas manifestações ou bloqueios”, afirmou aquele responsável.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
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