02h26m (JN) 10.6.2008
Sectores dos combustíveis, alimentos e vestuário começam a fazer contas aos prejuízos.
No primeiro dia de paralisação dos transportadores rodoviários vários sectores alertaram para os problemas e prejuízos. Bombas sem combustíveis, leite sem ser recolhido, hipers sem produtos para recolocar. "As bombas de gasolina podem secar se a situação se mantiver", sublinhou ontem a Associação Nacional dos Revendedores e Abastecedores de Combustíveis (ANAREC). Ao JN, o presidente da ANAREC, Augusto Cymbron, afirmou que ainda não se sentem os efeitos da paralisação, mas "grande parte das bombas são abastecidas diariamente". Além disso, acrescentou, "se os consumidores começarem a temer uma falta de combustíveis vão abastecer os automóveis em massa, o que provocará falha ainda mais cedo", referindo como exemplo o que já está a acontecer em Espanha, onde cerca de 40% das bombas de gasolina da Catalunha já não têm combustível. Entretanto, a BP já admitiu que poderá faltar combustível nos seus postos de abastecimento, lembrando que não tem frota própria de transporte. Igualmente preocupados com os efeitos da paralisação dos transportadores rodoviários estão os agricultores (CAP) e produtores de leite (Leicarcoop), que apelaram aos transportadores para que abram uma excepção, que permita o transporte do leite. Fernando Cardoso, secretário-geral da Federação do sector (Fenalac) referiu que seis camiões de recolha de leite ficaram bloqueados ontem nas estradas. "Já há milhares de euros em causa", disse, explicando, que "se o leite não for recolhido vai estragar-se". A Associação de Jovens Agricultores do distrito do Porto salientou em comunicado que "há vacarias onde não foi recolhido o leite", animais que não foram para abate e "poderá faltar, em breve, a ração para os animais". Atenta à situação está também a associação do sector de distribuição (APED), frisando que a paralisação "está a impedir a saída das viaturas dos centros de distribuição de empresas associadas da APED e já a prejudicar, gravemente, o normal abastecimento". Situação também referida pela Federação das Indústrias Agro-alimentares (Fipa), que diz estar "eminente" a ruptura de reservas nos armazéns. Nesse sentido, o Grupo Jerónimo Martins admitiu que nos seus supermercados, como o Pingo Doce, podem começar a apresentar falhas de abastecimento, "principalmente de produtos frescos, a partir de hoje". Previdente foi a Federação das Pescas dos Açores que aconselhou os pescadores a não irem para o mar, alegando as dificuldades de escoamento do pescado devido à paralisação em Portugal e Espanha. Além do sector alimentar, a indústria do vestuário alerta para uma paragem na produção.
Sectores dos combustíveis, alimentos e vestuário começam a fazer contas aos prejuízos.
No primeiro dia de paralisação dos transportadores rodoviários vários sectores alertaram para os problemas e prejuízos. Bombas sem combustíveis, leite sem ser recolhido, hipers sem produtos para recolocar. "As bombas de gasolina podem secar se a situação se mantiver", sublinhou ontem a Associação Nacional dos Revendedores e Abastecedores de Combustíveis (ANAREC). Ao JN, o presidente da ANAREC, Augusto Cymbron, afirmou que ainda não se sentem os efeitos da paralisação, mas "grande parte das bombas são abastecidas diariamente". Além disso, acrescentou, "se os consumidores começarem a temer uma falta de combustíveis vão abastecer os automóveis em massa, o que provocará falha ainda mais cedo", referindo como exemplo o que já está a acontecer em Espanha, onde cerca de 40% das bombas de gasolina da Catalunha já não têm combustível. Entretanto, a BP já admitiu que poderá faltar combustível nos seus postos de abastecimento, lembrando que não tem frota própria de transporte. Igualmente preocupados com os efeitos da paralisação dos transportadores rodoviários estão os agricultores (CAP) e produtores de leite (Leicarcoop), que apelaram aos transportadores para que abram uma excepção, que permita o transporte do leite. Fernando Cardoso, secretário-geral da Federação do sector (Fenalac) referiu que seis camiões de recolha de leite ficaram bloqueados ontem nas estradas. "Já há milhares de euros em causa", disse, explicando, que "se o leite não for recolhido vai estragar-se". A Associação de Jovens Agricultores do distrito do Porto salientou em comunicado que "há vacarias onde não foi recolhido o leite", animais que não foram para abate e "poderá faltar, em breve, a ração para os animais". Atenta à situação está também a associação do sector de distribuição (APED), frisando que a paralisação "está a impedir a saída das viaturas dos centros de distribuição de empresas associadas da APED e já a prejudicar, gravemente, o normal abastecimento". Situação também referida pela Federação das Indústrias Agro-alimentares (Fipa), que diz estar "eminente" a ruptura de reservas nos armazéns. Nesse sentido, o Grupo Jerónimo Martins admitiu que nos seus supermercados, como o Pingo Doce, podem começar a apresentar falhas de abastecimento, "principalmente de produtos frescos, a partir de hoje". Previdente foi a Federação das Pescas dos Açores que aconselhou os pescadores a não irem para o mar, alegando as dificuldades de escoamento do pescado devido à paralisação em Portugal e Espanha. Além do sector alimentar, a indústria do vestuário alerta para uma paragem na produção.
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