(PÚBLICO) Em linha 03.06.2008 - 17h18 LUSA
Para Pedro Baptista, candidato à liderança da distrital do PS do Porto, a polémica gerada pelo partido em torno da participação do socialista Manuel Alegre no comício que se realiza esta noite contra as desigualdades sociais “não faz sentido”.
"O PS é um partido de liberdade e de esquerda, mas também de esquerdas, pelo que o mais natural é que pessoas do PS participem em iniciativas de esquerda", afirmou o ex-deputado socialista. O comício contra as desigualdades e as injustiças sociais junta esta noite, em Lisboa, militantes e apoiantes do Bloco de Esquerda e da Renovação Comunista, além de históricos do PS, como Manuel Alegre, que é um dos oradores na iniciativa."Não sei o que o PS receia. Eu não receio que o PS evolua no sentido da esquerda, receio é precisamente o contrário", frisou Pedro Baptista, que é um apoiante do poeta e dirigente socialista.
Baptista criticou a actual "ambiguidade" ideológica do PS, considerando que "hoje em dia, dizer-se que se é do PS não é dizer grande coisa". "Há pessoas que estão fartas desta ambiguidade e que querem reafirmar o lugar do PS, que é na esquerda", afirmou, assegurando que, se estivesse em Lisboa, esta noite, "estaria no comício, ao lado de Manuel Alegre".
Na perspectiva de Pedro Baptista, este realinhamento dos socialistas à esquerda deve ter consequências nas próximas eleições autárquicas, defendendo que o PS "deve estar aberto a coligações à esquerda, nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto". "Este é o momento de os socialistas encararem esta possibilidade com realismo", frisou, acrescentando que admite coligações "não só com o PCP, mas também com os comunistas renovadores e com o Bloco de Esquerda".
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