Não é só o tempo que está a aquecer de mais. Não nos parece que o governo deva intervir só a posteriori. Voltamos a dizer que a arte de bem governar é saber antecipar. Não é aparecer sempre com arrogância para depois sair com humildade. A chamada entrada de leão e saída de sendeiro. E sinceramente não percebemos a posição das "esquerdas" que parece não desejarem a diminuição da carga fiscal sobre os combustíveis, pelo menos, desde já, sobre os "combustíveis da economia". O PC fala de agravar os impostos sobre as petrolíferas? Já tinham falado de cartelização, mas com que resultado? As "esquerdas" portuguesas acham que é de esquerda, necessariamente, a alta dos impostos? Para assim poderem custear políticas assistencialistas sociais? Mas esta tese, em parte, já deu o que tinha a dar. Não é por aí o caminhio da justiça social, tem de ser sobretudo a montante, na distribuição da riqueza, na relação dos trabalhadores com as empresas e com os seus lucros, na contração colectiva para salários decentes, na luta contra a precariadade que permite a chantagem do patronato mais retrógrado ou do mais cínico e oportunista. Não vemos outra saída para a crise dos combustíveis senão o alargamento do regime especial de preços para o gasóleo e a baixa geral dos preços pela baixa dos impostos, uma vez que o Estado está a ganhar, com a cobrança fiscal, muito acima do que era expectável aquando da discussão do Orçamento de Estado. Ganho que poderá vir a perder, pelos prejuízos na economia e na baixa do consumo, factores que provocarão, progressivamente, a conta-corrente do aumento dos preços, uma baixa da massa tributável. Se de imediato dá para o Ministério das Finanças esfregar as mãos, a curto prazo poderá ter ido à lã e vir tosqueado.
(JN) 9.6.2008 17h48m
A paralisação dos camionistas em Portugal e Espanha poderá "secar" as bombas de gasolina portuguesas, caso não sejam abastecidas até ao fim do dia, alerta a Associação Nacional de Revendedores de Combustível.
Em declarações à Agência Lusa, Augusto Cymbron, presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC), disse temer que os efeitos que se fazem sentir em Espanha, onde se evidencia entre os consumidores algum receio relativamente a eventuais faltas de bens, devido a problemas de distribuição provocados pelos protestos dos camionistas, em poucas horas cheguem também a Portugal.
"Grande parte das bombas são abastecidas diariamente. Isto significa que se estiverem o dia de hoje sem abastecimento correm o risco de secar, ainda para mais se aumentar o ritmo da procura", explicou.
"Vai ser terrível, ainda para mais tendo em conta que terça-feira é feriado", sublinhou o responsável, referindo que o Governo precisa de tomar medidas "urgentes" para conter esta paralisação e acabar com a "especulação" das gasolineiras, que fazem escalar o preço dos combustíveis.
Cerca de 15 por cento dos postos de gasolina de Madrid já estavam sem abastecimentos de combustível ao início da tarde, segundo uma fonte da associação espanhola de empresários das bombas de gasolina.
Se a afluência de clientes se mantiver - com um ritmo de consumo mais elevado do que o de fornecimento - esse valor pode aumentar para 40 por cento no final do dia, avisou.
A paralisação dos camionistas em Portugal e Espanha poderá "secar" as bombas de gasolina portuguesas, caso não sejam abastecidas até ao fim do dia, alerta a Associação Nacional de Revendedores de Combustível.
Em declarações à Agência Lusa, Augusto Cymbron, presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC), disse temer que os efeitos que se fazem sentir em Espanha, onde se evidencia entre os consumidores algum receio relativamente a eventuais faltas de bens, devido a problemas de distribuição provocados pelos protestos dos camionistas, em poucas horas cheguem também a Portugal.
"Grande parte das bombas são abastecidas diariamente. Isto significa que se estiverem o dia de hoje sem abastecimento correm o risco de secar, ainda para mais se aumentar o ritmo da procura", explicou.
"Vai ser terrível, ainda para mais tendo em conta que terça-feira é feriado", sublinhou o responsável, referindo que o Governo precisa de tomar medidas "urgentes" para conter esta paralisação e acabar com a "especulação" das gasolineiras, que fazem escalar o preço dos combustíveis.
Cerca de 15 por cento dos postos de gasolina de Madrid já estavam sem abastecimentos de combustível ao início da tarde, segundo uma fonte da associação espanhola de empresários das bombas de gasolina.
Se a afluência de clientes se mantiver - com um ritmo de consumo mais elevado do que o de fornecimento - esse valor pode aumentar para 40 por cento no final do dia, avisou.
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