13.06.2008, Margarida Gomes (PÚBLICO)
Orlando Soares Gaspar desafia presidente da distrital, Renato Sampaio, a candidatar-se a uma qualquer câmara do distrito nas autárquicas de 2009
O presidente da comissão política concelhia do PS-Porto, Orlando Soares Gaspar, recusa candidatar-se nas próximas autárquicas fora do concelho do Porto, mas desafia o deputado Renato Sampaio, que lidera a federação distrital, a protagonizar uma candidatura em qualquer câmara do distrito, "se ele sentir que isso pode beneficiar o partido".
Orlando Soares Gaspar desafia presidente da distrital, Renato Sampaio, a candidatar-se a uma qualquer câmara do distrito nas autárquicas de 2009
O presidente da comissão política concelhia do PS-Porto, Orlando Soares Gaspar, recusa candidatar-se nas próximas autárquicas fora do concelho do Porto, mas desafia o deputado Renato Sampaio, que lidera a federação distrital, a protagonizar uma candidatura em qualquer câmara do distrito, "se ele sentir que isso pode beneficiar o partido".
Em declarações ao PÚBLICO, Soares Gaspar explica que no PS não existe a tradição de os presidentes dos órgãos concelhios serem candidatos a um concelho que não o seu. "No PS, as concelhias têm tradições muito fortes e não é natural que um presidente de uma comissão concelhia se candidate a um município que não o seu. Isso caía mal e eu seria sempre visto como um 'estrangeiro'", afirma, contrapondo que essa tradição já não se verifica relativamente aos dirigentes distritais. "Acho que se Renato Sampaio sentir que pode trazer resultados positivos para o partido, deve candidatar-se", diz, sublinhando que "em abstracto, um presidente de uma distrital deve sempre candidatar-se a uma câmara".
Ao lado do líder federativo em matéria de coligações, Soares Gaspar afasta o cenário de entendimentos com os partidos à esquerda do PS e mostra-se optimista quanto a resultados. Acredita na possibilidade de o PS conquistar as câmaras do Porto, Maia e Valongo ao PSD em 2009. Mas não fala de nomes, argumentando que "este ainda não é o timing para se falar de quem vai ser candidato". "O processo autárquico tem de ser gerido de forma cautelosa e não vou antecipar-me, até porque o que ficou acordado entre a concelhia e a distrital é que as candidaturas não seriam anunciadas de forma avulsa. "Sobre a Câmara do Porto aproveita, de resto, para lembrar que a concelhia tem uma palavra a dizer e mostra-se firme na disposição de indicar um candidato. "Na hora certa apresentaremos uma candidatura. Tenho de ter contenção e algum cuidado. Não posso andar aqui com estados de alma", declara.
Orlando Soares Gaspar também não abre o jogo sobre a possibilidade de integrar a futura lista do PS à Câmara do Porto nas autárquicas, limitando-se a dizer que "a seu tempo se verá". Mas o PÚBLICO sabe que o líder concelhio ambiciona ocupar um lugar cimeiro na lista ao executivo que terá de ser compatibilizado com quem vier a ser o rosto da lista socialista. A escolha do candidato à Câmara do Porto terá sempre de ter a concordância da distrital e da direcção nacional do partido.
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