É só bluff (blefe), bazófia e incompetência! A Câmara Municipal do Porto parece uma criança a brincar aos carrinhos, para não dizer uma barata tonta... Dá o flanco por todos os lados. Não é difícil que uma alternativa política à coligação da direita seja vitoriosa. Mas tem de emergir da cidade, ser unificadora e concentrar-se inteiramente em ganhar a confiança dos portuenses. Quem não percebe isto, não percebe nada do que é o Porto. Nem o merece!
(Público) 05.09.2008, Patrícia Carvalho
"Estamos expectantes", admitia ontem Pedro Neves, administrador da TCN, que pediu à autarquia uma alteração ao contrato que o prende ao projecto inicial, recusado pelo Igespar
Os 30 dias já passaram, mas o silêncio em torno do futuro do Mercado do Bolhão continua.
No dia 1 de Agosto, o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Lino Ferreira, deu um prazo de 30 dias à vencedora do concurso, a TramCroNe (TCN), para assinar o contrato de construção e exploração do espaço, ameaçando anular o processo de adjudicação se o prazo não fosse cumprido. O prazo acabou e o que toda a gente pergunta é: já há assinatura?
O assunto não consta da agenda da reunião do executivo da próxima semana."Não há novidades". Ao longo da semana, a resposta do gabinete de comunicação da autarquia foi sempre a mesma.
Da parte da TCN, o administrador-delegado, Pedro Neves, também não quis, ontem, adiantar qualquer pormenor. "Estamos expectantes" foi tudo o que acedeu a revelar ao PÚBLICO.
Curiosamente, é exactamente a mesma expressão usada por Miguel Mendonça, comerciante do exterior do Bolhão, sobre o impasse que todo o processo tem atravessado. "Estamos expectantes a ver qual o resultado que vai sair", explica. Entre os colegas, as opiniões dividem-se, acrescenta o comerciante: "Há pessoas que estão apreensivas e outras mais optimistas. Há quem ache que a TCN se vai embora, mas não me parece que alguém abandone assim um negócio tão chorudo."No interior do mercado, o presidente da Associação dos Comerciantes do Bolhão, Alcino Sousa, também está a aguardar a decisão da autarquia e recusa qualquer cenário que não passe pela reabilitação do espaço. "É uma decisão que o vereador tem que tomar. Nós estamos a aguardar. Não estamos preocupados que a empresa [adjudicatária] seja a A, B ou C. É preciso é encontrar uma solução para o Bolhão porque não podemos continuar neste beco sem saída", diz.
Do lado da Plataforma de Intervenção Cívica (PIC), o arquitecto Joaquim Massena assume que há "uma certa preocupação, porque o silêncio e a omissão continuam a estar presentes". Lino Ferreira intimou a TCN a assinar o contrato, depois da empresa ter comparecido no local e hora agendado para essa assinatura sem a documentação necessária. Contudo, Pedro Neves insiste que a empresa só assinará o documento se a autarquia adicionar uma "cláusula de conforto", que não obrigue a TCN a cumprir a sua proposta inicial, que o Igespar (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) já recusou.
Depois de terminado o prazo dado à TCN, Lino Ferreira não indicou ainda se vai ceder à exigência da empresa, anular a adjudicação ou, eventualmente, avançar com uma solução diferente.
Certo é que a agenda da primeira reunião do executivo depois das férias de Verão, e que será já na próxima terça-feira, não contempla o tema Bolhão. Fonte da autarquia lembra que o vereador apontara Setembro como o mês para levar uma decisão ao executivo. A manterem--se as reuniões quinzenais, resta mais uma oportunidade.
"Estamos expectantes", admitia ontem Pedro Neves, administrador da TCN, que pediu à autarquia uma alteração ao contrato que o prende ao projecto inicial, recusado pelo Igespar
Os 30 dias já passaram, mas o silêncio em torno do futuro do Mercado do Bolhão continua.
No dia 1 de Agosto, o vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Lino Ferreira, deu um prazo de 30 dias à vencedora do concurso, a TramCroNe (TCN), para assinar o contrato de construção e exploração do espaço, ameaçando anular o processo de adjudicação se o prazo não fosse cumprido. O prazo acabou e o que toda a gente pergunta é: já há assinatura?
O assunto não consta da agenda da reunião do executivo da próxima semana."Não há novidades". Ao longo da semana, a resposta do gabinete de comunicação da autarquia foi sempre a mesma.
Da parte da TCN, o administrador-delegado, Pedro Neves, também não quis, ontem, adiantar qualquer pormenor. "Estamos expectantes" foi tudo o que acedeu a revelar ao PÚBLICO.
Curiosamente, é exactamente a mesma expressão usada por Miguel Mendonça, comerciante do exterior do Bolhão, sobre o impasse que todo o processo tem atravessado. "Estamos expectantes a ver qual o resultado que vai sair", explica. Entre os colegas, as opiniões dividem-se, acrescenta o comerciante: "Há pessoas que estão apreensivas e outras mais optimistas. Há quem ache que a TCN se vai embora, mas não me parece que alguém abandone assim um negócio tão chorudo."No interior do mercado, o presidente da Associação dos Comerciantes do Bolhão, Alcino Sousa, também está a aguardar a decisão da autarquia e recusa qualquer cenário que não passe pela reabilitação do espaço. "É uma decisão que o vereador tem que tomar. Nós estamos a aguardar. Não estamos preocupados que a empresa [adjudicatária] seja a A, B ou C. É preciso é encontrar uma solução para o Bolhão porque não podemos continuar neste beco sem saída", diz.
Do lado da Plataforma de Intervenção Cívica (PIC), o arquitecto Joaquim Massena assume que há "uma certa preocupação, porque o silêncio e a omissão continuam a estar presentes". Lino Ferreira intimou a TCN a assinar o contrato, depois da empresa ter comparecido no local e hora agendado para essa assinatura sem a documentação necessária. Contudo, Pedro Neves insiste que a empresa só assinará o documento se a autarquia adicionar uma "cláusula de conforto", que não obrigue a TCN a cumprir a sua proposta inicial, que o Igespar (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico) já recusou.
Depois de terminado o prazo dado à TCN, Lino Ferreira não indicou ainda se vai ceder à exigência da empresa, anular a adjudicação ou, eventualmente, avançar com uma solução diferente.
Certo é que a agenda da primeira reunião do executivo depois das férias de Verão, e que será já na próxima terça-feira, não contempla o tema Bolhão. Fonte da autarquia lembra que o vereador apontara Setembro como o mês para levar uma decisão ao executivo. A manterem--se as reuniões quinzenais, resta mais uma oportunidade.
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