sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Mensagem do Camarada

João Carlos Coelho dos Santos



Li e reli (porque merece) atentamente a MOÇÃO do Pedro Baptista e aproveito para exortar todos os socialistas que o façam, que reflictam e que decidam BEM, pois não é assim tão difícil. Isto claro está, se quisermos que o Partido Socialista no distrito do Porto seja protagonista das reformas estruturais, económicas e sociais tão desejadas como necessárias.
Se assim for, o PS enquanto partido, tem de assumir com seriedade o importante papel de agente transformador, procurando intervir nessas áreas com um permanente espírito de abertura e de disponibilidade total.
Tem que saber dialogar, com todas as instituições, com todas as organizações cívicas e com todas as personalidades que corporizam os interesses económicos, culturais e sociais da região, procurando dar-lhes a resposta adequada no plano político.
Ao mesmo, tempo tem que demonstrar por actos que foi abandonada a lógica de grupo fechado, ou semiaberto que tão negativamente o tem marcado. O PS não pode ser o centro e muito menos um “clube” de interesses. Pelo contrário, tem que se afirmar como sendo a expressão organizada, mutável e credível de toda a sociedade.
Pretender isto para o PS no distrito, não é mais nem menos, do que saber corresponder ao que a própria sociedade exige.
Se os militantes, contribuírem com ”inteligência” para que isto venha a ser uma realidade, também são capazes de imprimir no partido uma outra lógica e uma forma nova de estar...internamente.

Os militantes vão ser chamados brevemente a participar na escolha dos futuros dirigentes da FDP.
Devem fazê-lo com a convicção das suas opções, exigindo sempre que seja um partido plural e aberto às diferentes opiniões. Se por um lado o PS Porto não pode ser palco de lutas constantes, na maioria das vezes estéreis e desgastantes, por outro, é inadmissível que se dificulte que outras opções apareçam, sem correrem o risco de serem “esmagadas” logo à partida, por se tratar de uns quantos... desintegrados. Logo, com desejos, ou intenções, no mínimo... preocupantes.
Ignorando o que isto tem de ridículo, o que é mais importante nesta altura e nestas condições, é contrariar os obstinados pessimistas(?), insistindo... insistindo sempre, até que a consciência os alerte, que o melhor para eles e para o partido, será sem dúvida que surjam alternativas, evitando a criação de falsos consensos, quase sempre bloqueados por compromissos ou arranjos de ocasião, em detrimento da consistência e da solidariedade entre os órgãos: FDP e Comissão Política.
Os militantes não podem nem devem permitir, que qualquer pretexto sirva, para que se diminuam ou rejeitem os projectos e muito menos as pessoas que os elaboram e querem pôr à reflexão e votação dos demais, sob pena de por essa via, se estar também, a diminuir e a rejeitar a nossa própria estatura colectiva, como partido.

O que desejo da FDP é que crie um relacionamento diferente do que tem existido, onde o respeito e a solidariedade seja o elo de ligação sólido e permanente entre todos os militantes.
Quantos??...não foram os que ajudaram, por vezes até contra a sua própria vontade, a construir o palco político em que muitos, desde há muito se passeiam, não se sentem hoje revoltados pela forma como foram e continuam a ser tratados pelo partido, por terem cometido o “crime”(?) de terem em consciência escolhido opções divergentes?. - Será que estes, não são também uma parte do partido que ajudaram a construir com o esforço e dedicação da sua militância?
Será que têm de aceitar resignados e por tempo indeterminado que os tratem por militantes “impotentes ou de segunda” dentro do partido?
Os chamados militantes são reconhecidamente a base que suporta os partidos.
No entanto, na FDP ainda existe quem evite reconhecer o Partido Socialista como sendo, um partido de bases, porque já não se revêm na sua raiz...popular. Assim sendo as ditas bases são para os elitistas um produto de segunda.
E é com este honroso estatuto que subscrevo sem hesitações, a Moção do Pedro Baptista e aproveito para lhe dizer que deve liderar a esquerda, sem hegemonizar a esquerda.

Que deve dizer não, ao desalento que se apoderou de alguns, ao cansaço que imobiliza muitos, à descrença que envolve “quase” todos.

Que deve criar uma nova concepção de partido onde a pluralidade deve ser a condição indispensável para a unificação do partido no distrito.

Por fim, dirijo-me especialmente aos Camaradas que pelo partido dão tudo, em troca de nada, para dizer vos dizer que está nas nossas mãos a oportunidade de termos à frente da FDP, alguém que pensa no futuro do Porto e da Região.

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