Está mais que visto que se as negociações, em lugar de serem com a ANA centralizadora e centralista, ocorressem com uma entidade autónoma, pública-privada da região, tal como ocorre com o Porto de Leixões que é um sucesso de rendabilidade, o processo já estaria numa fase muito diferente. Está mais que visto que, nas condições actuais, o centralismo administrativo e gestacionário não só não estimula o desenvolvimento económico como estrangula o desenvolvimento regional, sendo um factor maior da estagnação nacional.
Não sendo preciso ser muito inteligente para perceber isto, muito mais inteligência seria precisa para perceber como é que certos inteligentes não o percebem. PB
(Público) 12.09.2008, Luísa Pinto
Companhia irlandesa afirma que a instalação de uma base no Sá Carneiro ainda é uma possibilidade. Mas as condições oferecidas pela ANA terão de ser competitivas, sublinha
Numa altura em que as companhias aéreas tem tendência para encerrar rotas e suprimir custos para fazer face à crise, a companhia irlandesa de baixo custo (low cost) Ryanair promete abrir muitas mais bases de operações pela Europa fora. "Temos uma encomenda de 30 aviões à Boeing que nos vão ser entregues no primeiro semestre do próximo ano. Vamos ter de criar bases para alguns desses aviões. Estamos em negociações com muitos aeroportos", afirmou ao PÚBLICO, Daniel de Carvalho, responsável pela comunicação para a Europa da low cost irlandesa. O Aeroporto Sá Carneiro é candidato a receber uma dessas bases: "Estamos muito satisfeitos com o Francisco Sá Carneiro e com o andamento das negociações com a ANA - Aeroportos de Portugal", confirmou. As negociações que a companhia aérea mantém com a entidade gestora dos aeroportos nacionais não se circunscrevem ao aeroporto de Pedras Rubras.
Companhia irlandesa afirma que a instalação de uma base no Sá Carneiro ainda é uma possibilidade. Mas as condições oferecidas pela ANA terão de ser competitivas, sublinha
Numa altura em que as companhias aéreas tem tendência para encerrar rotas e suprimir custos para fazer face à crise, a companhia irlandesa de baixo custo (low cost) Ryanair promete abrir muitas mais bases de operações pela Europa fora. "Temos uma encomenda de 30 aviões à Boeing que nos vão ser entregues no primeiro semestre do próximo ano. Vamos ter de criar bases para alguns desses aviões. Estamos em negociações com muitos aeroportos", afirmou ao PÚBLICO, Daniel de Carvalho, responsável pela comunicação para a Europa da low cost irlandesa. O Aeroporto Sá Carneiro é candidato a receber uma dessas bases: "Estamos muito satisfeitos com o Francisco Sá Carneiro e com o andamento das negociações com a ANA - Aeroportos de Portugal", confirmou. As negociações que a companhia aérea mantém com a entidade gestora dos aeroportos nacionais não se circunscrevem ao aeroporto de Pedras Rubras.
Sem entrar em detalhes acerca dessas negociações, inclusive se pode ser possível que a operação da Ryanair chegue a outros aeroportos nacionais (para já circunscreve-se ao Porto e a Faro), Daniel de Carvalho adiantou, apenas, que o aeroporto do Porto não reuniu, "até agora", as condições de competitividade que a companhia deseja. "Somos uma empresa low cost. Como o nome indica, procuramos o mais baixo custo para os nossos passageiros. Temos muitas decisões para tomar nos próximos meses, e vamos tomá-las consoante as condições que nos forem apresentadas", argumentou. E, segundo este responsável da Ryanair, "há muitos aeroportos interessados" em receber operações da companhia, que tem a liderança do competitivo mercado das low cost na Europa.
A Ryanair voa actualmente para 147 aeroportos de 26 países da Europa e de África. Esta operação, que se traduz em 765 rotas e em mais de mil partidas diárias, está montada a partir de 30 bases. "Vamos ter de abrir mais. E a decisão de abrir uma base em Réus (perto de Barcelona) não invalida em nada que a Ryanair venha abrir mais bases, tanto em Portugal como em Espanha. Tudo depende das condições do mercado e dos aeroportos com quem trabalhamos", insistiu.
As negociações entre a ANA e a Ryanair entraram no debate público há cerca de um ano, quando o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, denunciou que em causa estava a recusa por parte da ANA em baixar as taxas aeroportuárias à empresa, mediante o cumprimento de objectivos assumidos por esta em termos de passageiros movimentados - o pagamento de um rappel, praticado em muitas áreas de negócios. A ANA respondeu que não podia criar condições excepcionais para nenhuma companhia.
A discussão sobre a base da Ryanair tornou-se, aliás, um dos argumentos-chave dos defensores da gestão autónoma do Sá Carneiro. A operação da Ryanair no Porto, segundo a companhia, gerou 220 milhões de euros, em despesas realizadas pelos visitantes, e criou 1500 postos de trabalho.
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