Porto, 19 de Setembro (Lusa) - Pedro Baptista, um dos candidatos à liderança do PS/Porto nas eleição marcadas para 25 de Outubro, defende que o partido deve "fazer as alianças de esquerda que forem necessárias" já nas próximas eleições autárquicas, em 2009.
"Isso é fundamental para derrotar Rui Rio", sustenta o candidato, que vai ter nas urnas como principal adversário o deputado Renato Sampaio, que se recandidata à liderança dos socialistas do Porto.
Em entrevista hoje à Agência Lusa, Baptista afirmou que "o PS deve perder os seus complexos de direita".
Especificou que "as concelhias devem ter a liberdade para fazer coligações com os dois partidos à esquerda do PS, no sentido de responder às coligações de direita, que têm dado vitórias", ao PSD e ao CDS.
Pedro Baptista, 60 anos, ex-deputado, doutorado em Filosofia e escritor, vai apresentar hoje á noite a moção da sua candidatura.
Ainda no que toca ao posicionamento do PS face às eleições autárquicas, o candidato defende coligações também "com os movimento cívicos", nomeadamente os que lutaram contra a intervenção projectada para o Bolhão e a concessão do Teatro Rivoli ou pela criação de um pólo local da Cinemateca Portuguesa.
É preciso, defende, "unir aqueles que querem levantar o Porto, com o PS a liderar essas candidaturas autárquicas, porque é o partido mais forte".
Baptista reafirma que vê "com entusiasmo" a possível candidatura de Elisa Ferreira à Câmara Municipal do Porto, mas ressalva que deve ser "uma candidata a tempo inteiro".
O ex-deputado argumenta que se Elisa Ferreira se recandidatar ao Parlamento Europeu, nas eleições agendadas para Junho de 2009, e à Câmara do Porto, em Outubro, "dará um sinal de falta de confiança, que pode ser entendido também como falta de empenho na conquista do município".
"O PS não merece ser alternativa secundária de alguém, mas há um temor de que isso aconteça. Isso é dar um sinal errado, que o adversário, Rui Rio, vai explorar até ao tutano", adverte.
A sua opinião é que "Elisa Ferreira não é a única candidata possível". Questionado sobre se Nuno Cardoso pode voltar a protagonizar uma candidatura, admite-o.
"Pode ser um excelente candidato e um excelente presidente de câmara, mas há mais nomes", sustenta.
Pedro Baptista não poupa nas críticas ao actual presidente da Distrital socialista, o deputado Renato Sampaio, e demarca-se do modo como este, em sua opinião, tem gerido o partido a nível distrital.
"Ele passa a semana toda em Lisboa e faz uma gestão de sábado, num distrito onde o PS tem 18 mil militantes", exemplifica.
Sustenta que, por isso, "é evidente que não pode conhecer os dossiês que dizem respeito ao Porto".
"Se for eleito, não serei candidato a deputado, nem à Assembleia da República nem ao Parlamento Europeu", promete.
Pedro Baptista defende que o líder do PS/Porto "tinha que estar atentíssimo" a dossiês como a gestão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a expansão do metro ou a aplicação dos fundos comunitários e ser "uma força de pressão junto do Governo".
"O presidente da Federação não tem que estar aos gritos, mas tem que defender os interesses regionais", sublinha Pedro Baptista, afirmando que "centenas de milhares de milhões destinados ao Norte foram aspirados por Lisboa" e Renato Sampaio nada disse.
"O PS/Porto manteve-se absolutamente silencioso sobre estes assuntos. Ouvi-o falar sobre 'piercings' e contadores de água, mas nunca o ouvi defender os interesses do Porto", ataca.
Para Pedro Baptista, o actual presidente da Federação destaca-se por "dizer sim a tudo o que vem de cima".
O ex-deputado garante que se for eleito travará "batalhas duras" pela defesa do Porto e da região.
"O secretário-geral do PS, comigo, terá um presidente leal, mas não absolutamente fiel", salienta.
Renato Sampaio prometeu bater-se pela regionalização administrativa se for reeleito para o cargo e Pedro Baptista diz-se "satisfeito" com este compromisso, mas acrescenta que o líder do PS/Porto, com a sua "cumplicidade" com o poder central, "entregou já todas as bandeiras regionais ao PSD".
Pedro Baptista assegura que, caso vença as eleições para a Distrital socialista, "a batalha será no sentido de que a regionalização seja um compromisso sagrado do PS para o próximo quadriénio".
No plano interno, Pedro Baptista compromete-se também a alterar o modo como são escolhidos os candidatos a deputados. Numa primeira fase, pretende seguir o "modelo holandês", em que os militantes locais indicam os seus candidatos após estes exporem as suas ideias.
Esse modelo seria aplicado "já em 2009", evoluindo depois para um sistema tipo "primárias americanas", em que qualquer eleitor, seja qual for a sua opção partidária, pode intervir na escolha dos possíveis candidatos.
"Estou convencido de que, com este método, grande pare dos actuais deputados serão substituídos e os novos terão uma posição muito mais activa e intensa, na defesa dos interesses daqueles que os elegeram", sustenta.
Pedro Baptista sustenta que o PS precisa de uma "sublevação democrática".
"Não tem sentido nenhum que os deputados que são eleitos pelos círculos sejam nomeados pelos directórios, porque se transformam nuns verbos de encher", salienta.
"Isso é fundamental para derrotar Rui Rio", sustenta o candidato, que vai ter nas urnas como principal adversário o deputado Renato Sampaio, que se recandidata à liderança dos socialistas do Porto.
Em entrevista hoje à Agência Lusa, Baptista afirmou que "o PS deve perder os seus complexos de direita".
Especificou que "as concelhias devem ter a liberdade para fazer coligações com os dois partidos à esquerda do PS, no sentido de responder às coligações de direita, que têm dado vitórias", ao PSD e ao CDS.
Pedro Baptista, 60 anos, ex-deputado, doutorado em Filosofia e escritor, vai apresentar hoje á noite a moção da sua candidatura.
Ainda no que toca ao posicionamento do PS face às eleições autárquicas, o candidato defende coligações também "com os movimento cívicos", nomeadamente os que lutaram contra a intervenção projectada para o Bolhão e a concessão do Teatro Rivoli ou pela criação de um pólo local da Cinemateca Portuguesa.
É preciso, defende, "unir aqueles que querem levantar o Porto, com o PS a liderar essas candidaturas autárquicas, porque é o partido mais forte".
Baptista reafirma que vê "com entusiasmo" a possível candidatura de Elisa Ferreira à Câmara Municipal do Porto, mas ressalva que deve ser "uma candidata a tempo inteiro".
O ex-deputado argumenta que se Elisa Ferreira se recandidatar ao Parlamento Europeu, nas eleições agendadas para Junho de 2009, e à Câmara do Porto, em Outubro, "dará um sinal de falta de confiança, que pode ser entendido também como falta de empenho na conquista do município".
"O PS não merece ser alternativa secundária de alguém, mas há um temor de que isso aconteça. Isso é dar um sinal errado, que o adversário, Rui Rio, vai explorar até ao tutano", adverte.
A sua opinião é que "Elisa Ferreira não é a única candidata possível". Questionado sobre se Nuno Cardoso pode voltar a protagonizar uma candidatura, admite-o.
"Pode ser um excelente candidato e um excelente presidente de câmara, mas há mais nomes", sustenta.
Pedro Baptista não poupa nas críticas ao actual presidente da Distrital socialista, o deputado Renato Sampaio, e demarca-se do modo como este, em sua opinião, tem gerido o partido a nível distrital.
"Ele passa a semana toda em Lisboa e faz uma gestão de sábado, num distrito onde o PS tem 18 mil militantes", exemplifica.
Sustenta que, por isso, "é evidente que não pode conhecer os dossiês que dizem respeito ao Porto".
"Se for eleito, não serei candidato a deputado, nem à Assembleia da República nem ao Parlamento Europeu", promete.
Pedro Baptista defende que o líder do PS/Porto "tinha que estar atentíssimo" a dossiês como a gestão do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a expansão do metro ou a aplicação dos fundos comunitários e ser "uma força de pressão junto do Governo".
"O presidente da Federação não tem que estar aos gritos, mas tem que defender os interesses regionais", sublinha Pedro Baptista, afirmando que "centenas de milhares de milhões destinados ao Norte foram aspirados por Lisboa" e Renato Sampaio nada disse.
"O PS/Porto manteve-se absolutamente silencioso sobre estes assuntos. Ouvi-o falar sobre 'piercings' e contadores de água, mas nunca o ouvi defender os interesses do Porto", ataca.
Para Pedro Baptista, o actual presidente da Federação destaca-se por "dizer sim a tudo o que vem de cima".
O ex-deputado garante que se for eleito travará "batalhas duras" pela defesa do Porto e da região.
"O secretário-geral do PS, comigo, terá um presidente leal, mas não absolutamente fiel", salienta.
Renato Sampaio prometeu bater-se pela regionalização administrativa se for reeleito para o cargo e Pedro Baptista diz-se "satisfeito" com este compromisso, mas acrescenta que o líder do PS/Porto, com a sua "cumplicidade" com o poder central, "entregou já todas as bandeiras regionais ao PSD".
Pedro Baptista assegura que, caso vença as eleições para a Distrital socialista, "a batalha será no sentido de que a regionalização seja um compromisso sagrado do PS para o próximo quadriénio".
No plano interno, Pedro Baptista compromete-se também a alterar o modo como são escolhidos os candidatos a deputados. Numa primeira fase, pretende seguir o "modelo holandês", em que os militantes locais indicam os seus candidatos após estes exporem as suas ideias.
Esse modelo seria aplicado "já em 2009", evoluindo depois para um sistema tipo "primárias americanas", em que qualquer eleitor, seja qual for a sua opção partidária, pode intervir na escolha dos possíveis candidatos.
"Estou convencido de que, com este método, grande pare dos actuais deputados serão substituídos e os novos terão uma posição muito mais activa e intensa, na defesa dos interesses daqueles que os elegeram", sustenta.
Pedro Baptista sustenta que o PS precisa de uma "sublevação democrática".
"Não tem sentido nenhum que os deputados que são eleitos pelos círculos sejam nomeados pelos directórios, porque se transformam nuns verbos de encher", salienta.
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