(Público) 09.09.2008, Margarida Gomes
Pedro Baptista, que vai disputar com Renato Sampaio a liderança do PS-Porto, denunciou ontem o "clima de coacção que está a ser a ser exercido pelo actual líder federativo junto de alguns militantes", declarando que "aqueles que ocupam cargos só serão reconduzidos se votarem na sua lista", nas eleições de Outubro. "Tenho conhecimento de que há militantes, nomeadamente deputados, que estão a ser coagidos por Renato Sampaio, que já lhes fez saber que saltam da lista se não puder contar com o seu voto", disse Pedro Baptista, que desafiou o seu adversário a participar num debate sobre o que deve ser o PS-Porto. Uma oportunidade para os militantes conhecerem as diferenças entre os dois projectos políticos para o partido no distrito, assinala.
Declarando estar a "disputar a consciência dos militantes, enquanto Renato Sampaio disputa os lugares para alguns militantes", o candidato à liderança dos socialistas portuenses tem consciência de que o combate eleitoral perante este "clima de intimidação" é cada vez mais difícil, mas, frisa, nem isso o vai fazer esmorecer.
Renato Sampaio nega que esteja a coagir os militantes e desafia o seu opositor a apontar casos. "Gostaria que o meu adversário revelasse as circunstâncias que o levaram a afirmar isso", disse ao PÚBLICO, lamentando que Baptista faça este tipo de acusações apenas por não "conseguir obter os apoios necessários para que a sua candidatura tenha dignidade".
O ex-deputado, que faz uma avaliação negativa da liderança de Renato Sampaio, diz que a região não pode "continuar neste silêncio, venerando tudo aquilo que vem de cima". Para este professor universitário e escritor - é licenciado e doutorado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto -, o PS-Porto tem de voltar a ter um pensamento próprio".
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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