quinta-feira, 22 de janeiro de 2009


O Verdadeiro Olhar Em Linha 22/01/2009 - 16:49 por: Roberto Bessa Moreira
Partido defendeu que anúncio de acordo com o PS pretendeu fragilizar candidatura de Ruão
CDS/PP nega coligação mas abre a porta a Domingos Barros e Joaquim Neves
Quem vislumbra o rabo do gato escondido? Estará mesmo escondido? Ou será o do costume da estratégia distrital (?)do PS-Porto para o Vale do Sousa e Tâmega?
O CDS/PP desmentiu, na terça-feira, qualquer contacto com as estruturas do PS ou com Domingos Barros tendo em vista uma eventual candidatura à Câmara Municipal de Paredes do ex-presidente da Junta de Freguesia de Vandoma.
Em conferência de imprensa, o líder da Concelhia centrista, João Rocha, e o vereador e candidato Manuel Ruão utilizaram a expressão "terrorismo jornalístico" para se referirem à notícia publicada na semana passada pelo jornal "Fórum do Vale do Sousa" e que dava como certa uma coligação, encabeçada pelo dono da Fibromade, entre CDS/PP e PS.
"Não houve quaisquer contactos feitos por Artur Penedos ou por qualquer membro do PS/Paredes, nem tão pouco por Domingos Barros sobre o referido processo de candidatura e, como tal, tudo o que é referido na notícia sobre o CDS/PP de Paredes é falso", começou por afirmar João Rocha.
Desta forma, o presidente da Concelhia centrista só encontra duas explicações para a publicação da notícia da autoria de Tito Couto: ou surgiu por desinformação ou foi intencional, apresentando-se como "terrorismo jornalístico, sensacionalismo ou estando ao serviço de interesses de terceiros".
"Querendo acreditar na primeira hipótese, parece-nos assim importante esclarecer e verificar todos os pagamentos efectuados pela Câmara Municipal a um jornalista do jornal em questão por serviços prestados", afirmou João Rocha.
Rocha defendeu ainda que o anúncio da coligação é uma tentativa de fragilizar "uma candidatura forte, séria e credível" protagonizada por Manuel Ruão. No entanto, garantiu o mesmo, "o CDS/PP não permitirá em circunstância alguma e a nenhum órgão de comunicação social que ponha em causa neste momento a candidatura de Manuel Ruão, seja através de falsas especulações, inverdades ou sensacionalismos".
Mas, interpelado pelos jornalistas, o presidente do CDS/PP abriu a porta a Domingos Barros e a Joaquim Neves, confirmando mesmo alguns contactos informais. "Veríamos com todo o gosto a presença de Domingos Barros num projecto do CDS/PP. Mas houve apenas algumas conversas de corredor", revelou.
Já quanto a Joaquim Neves o registo foi o mesmo. "Não nego que há contactos. Mas nunca nos foi apresentado nenhum projecto político em concreto", sustentou João Rocha.
Artur Penedos diz que notícia "tem dedo de Celso Ferreira"
Tal como o CDS/PP, também o socialista Artur Penedos, apontado como o condutor do processo, nega o acordo para a constituição de uma coligação e argumenta que a "notícia foi construída com o intuito de favorecer a Câmara Municipal e o PSD". "Tem o dedo de Celso Ferreira", assegura, enquanto realça o facto de não ter sido contactado pelo autor da notícia. "Não sei bem se é um jornalista que nas horas vagas faz animação cultural ou um animador cultural que nas horas vagas é jornalista", refere numa clara alusão a uma prestação de serviços de Tito Couto à autarquia paredense.
O deputado municipal e assessor do primeiro-ministro defende ainda que existe "uma tentativa clara de condicionar pessoas e de destruir a credibilidade de um partido", mas admite que veria, tal como o CDS/PP, "com bons olhos Domingos Barros num projecto do PS".
"Neste momento, todas as hipóteses estão em aberto. Percebo que Celso Ferreira esteja nervoso, porque vai perder as eleições ao fim do primeiro mandato", frisa.
Em comunicado, Domingos Barros também sustenta que a notícia "não é verdadeira" e que procura condicionar "pessoas ou partidos políticos".

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