A autofagia autárquica socialista estará a generalizar-se a todo o país? O caso não vai para a CP Nacional por haver ou não acordo entre a "Distrital" e a "Concelhia", mas só para aí poderá ir no caso de não haver maioria de 2/3 na avocação da "Distrital", mas tão-só maioria simples. Assim rezam os estatutos. Politicamente, por guerras de alecrim e manjerona, estão a preparar mais uma Câmara e uma população para irem à vida... do PS para fora... (PB)
(Público) 27.01.2009, Andrea Cruz
Rui Solheiro, rival socialista de Defensor Moura, dá um passo que pode levar à ruptura do autarca com o partido e à candidatura deste como independente.
O socialista Defensor Moura poderá ser carta fora do baralho no leque de candidatos que a federação distrital do PS, liderada por Rui Solheiro, irá propor às eleições autárquicas deste ano. No rescaldo do referendo de domingo, que ditou a vitória do "não" à integração de Viana do Castelo na Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM), também presidida por Solheiro, o autarca de Melgaço anunciou que vai propor à comissão política da federação "rosa" do Alto Minho a avocação do processo eleitoral de Viana, com vista à escolha do candidato do partido à capital de distrito.
Se o conflito histórico de disputa partidária protagonizada pelos dois socialistas se agudizou com o processo de constituição da CIM, este será, com certeza, um capítulo duro de uma guerra política com 15 anos, desde que Defensor Moura chegou ao poder em Viana. O líder distrital adiantou que a avocação já tinha sido analisada no secretariado da federação "por se tratar de um caso especial que merece tratamento especial" e o pedido será agora formalizado junto da comissão política, na próxima reunião do partido, dentro de dias. A avocação do processo de escolha dos candidatos autárquicos por parte das distritais "está previsto nos estatutos desde que a votação seja de dois terços", adiantou Solheiro. Mas não havendo acordo entre a concelhia de Viana - próxima de Moura - e a federação, o caso acabará por ser dirimido pela comissão política nacional do PS.
Rui Solheiro, rival socialista de Defensor Moura, dá um passo que pode levar à ruptura do autarca com o partido e à candidatura deste como independente.
O socialista Defensor Moura poderá ser carta fora do baralho no leque de candidatos que a federação distrital do PS, liderada por Rui Solheiro, irá propor às eleições autárquicas deste ano. No rescaldo do referendo de domingo, que ditou a vitória do "não" à integração de Viana do Castelo na Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima (CIM), também presidida por Solheiro, o autarca de Melgaço anunciou que vai propor à comissão política da federação "rosa" do Alto Minho a avocação do processo eleitoral de Viana, com vista à escolha do candidato do partido à capital de distrito.
Se o conflito histórico de disputa partidária protagonizada pelos dois socialistas se agudizou com o processo de constituição da CIM, este será, com certeza, um capítulo duro de uma guerra política com 15 anos, desde que Defensor Moura chegou ao poder em Viana. O líder distrital adiantou que a avocação já tinha sido analisada no secretariado da federação "por se tratar de um caso especial que merece tratamento especial" e o pedido será agora formalizado junto da comissão política, na próxima reunião do partido, dentro de dias. A avocação do processo de escolha dos candidatos autárquicos por parte das distritais "está previsto nos estatutos desde que a votação seja de dois terços", adiantou Solheiro. Mas não havendo acordo entre a concelhia de Viana - próxima de Moura - e a federação, o caso acabará por ser dirimido pela comissão política nacional do PS.
Segundo Solheiro, esta é a solução que se impõe para fazer face "a um processo difícil, com todo o tipo de declarações e comportamentos": "Não se trata de mandar em ninguém, mas antes não sermos [federação] meros observadores do processo eleitoral de Viana, que merece uma atenção especial."O autarca de Viana rejeitou comentar esta posição, mas o que é facto é que ela poderá desencadear uma eventual recandidatura de Defensor Moura como independente. Apesar de ainda não ter quebrado o tabu quanto à sua recandidatura, no discurso da vitória do "não" no referendo de domingo, Moura não excluiu a hipótese de entrar na corrida com as cores do PS, desde que "os aparelhos partidários mudem de postura e saibam aceitar o que é a vontade da população". "Se não mudarem, logo pensaremos", afirmou. Para o presidente da concelhia do PS de Viana, José Maria Costa, "neste momento ainda não estão colocadas em cima da mesa as candidaturas às autárquicas" e lembrou que "os estatutos do partido dizem que as propostas para os órgãos autárquicos são apresentadas pela concelhia".
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