sábado, 17 de janeiro de 2009

Reganhar o Partido regionalizador e de esquerda até agora desprezado, marginalizado e mesmo vilipendiado pela política oposta à que agora se oferece, o corolário da decisão estratégica de dar a António Costa a coordenação da Moção de Sócrates e de meter dentro do saco quase todos os gatos.
Mas já está tudo escaldado demais.
Um referendo à regionalização não serve de nada se não for negociada em revisão constitucional a eliminação da cláusula de bloqueio que obriga a que o referendo, pela primeira vez, depois de três em que tal não aconteceu, tenha a participação de 50% dos eleitores inscritos e, o que é mais grave, as regiões só possam ser concretizadas mediante essa condição.
Uma viragem à esquerda? Não será demasiado evidente o carácter "manobrístico"? Quem vai confiar em tal viragem depois das eleições agora que perceberam ter perdido a esquerda?
Enfim, iniciemos seriamente o debate e evitemos que o Congresso seja oTe Deum que se cozinha!
(Público) 17.01.2009 A regionalização administrativa do país que está prevista na Constituição e foi derrotada num referendo em 1998 vai regressar à ordem do dia na próxima legislatura, se o PS vencer as legislativas. Na moção que José Sócrates vai apresentar ao Congresso do PS, que se realiza no próximo mês em Espinho, está prevista a convocação de um novo referendo sobre a regionalização, para a qual o actual Governo foi preparando terreno através das mexidas do âmbito territorial de organismos da administração regional do Estado.
A moção de José Sócrates lança ainda uma dura crítica ao "modelo de capitalismo" que conduziu à crise e anuncia uma viragem do PS à esquerda.

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