PSD/Porto quer partido a defender as regiões
Marco António Costa acusa Ferreira Leite de cometer um erro político ao ignorar o debate da regionalização
21.01.2009 HERMANA CRUZ
"Tudo farei para que o meu partido aprove uma posição pró-regionalização". A promessa é do líder distrital do PSD/Porto, para quem Manuela Ferreira Leite está a "cometer um erro político" ao ignorar o debate da regionalização.
O tema está a fracturar, de novo, um PSD, agora com mais adeptos da regionalização do que há 11 anos, graças ao mapa proposto, no domingo, por José Sócrates, assente em cinco regiões. Mas, tal como em 1998, a linha directiva dos sociais-democratas continua a ser a da defesa da descentralização, a avaliar por declarações recentes da sua líder Manuela Ferreira Leite. É que, oficialmente, o PSD ainda nada disse sobre o assunto, o que pode ser um "erro político", avisou, ontem, ao JN, o presidente da Distrital do Porto.
"O PSD ao ignorar o problema está a cometer um erro político", declarou Marco António Costa, convencido de que a regionalização vai ser o "tema-central" do debate das legislativas. "Este Governo anda há quatro anos a fazer a regionalização encapotada, a fazer a reorganização dos serviços administrativos em cinco regiões. Está a marcar e a minar o terreno silenciosamente, para que o PS tenha uma posição hegemónica", denuncia o vice-presidente de Luís Filipe Menezes em Gaia.
Daí que considere importante que o PSD assuma uma posição sobre o assunto. A Distrital do Porto está preparada, contudo, para liderar internamente uma corrente pró-regionalização, que já tem adeptos em distritais como as do Algarve (cujo líder até criou um movimento defensor das regiões) e da Guarda, onde Álvaro Amaro, um dos vice-presidentes de Marques Mendes, considerou, ontem, que José Sócrates corrigiu "um erro histórico do PS" ao avançar com uma proposta para a criação de cinco regiões. Mas nada fará antes de uma posição oficial da Direcção do partido. "Não queremos que a nossa acção seja um obstáculo à Direcção do partido", justifica Marco António.
"Vamos aguardar que a Direcção Nacional tome uma posição, depois veremos", referiu o líder de uma distrital com tradição na defesa interna das regiões. Não é, assim, com surpresa que Marco António prometa: "Tudo farei para que o meu partido aprove uma posição pró-regionalização".
A tarefa do dirigente não é, porém, fácil. É que, com a queda do menezismo, perdeu-se também no partido um clima directivo favorável à defesa das regiões administrativas. Recorde-se que o autarca de Gaia, ao contrário do seu antecessor Marques Mendes, defendia que a regionalização devia avançar ainda este ano.
Agora, Ferreira Leite já admitiu publicamente ser adepta da descentralização. Fê-lo numa entrevista ao JN poucos dias após a sua eleição como líder do PSD. E deixou-o claro no discurso de encerramento do congresso de Torres Vedras ao fazer um "ponto de reflexão" sobre a "a importância de uma política efectiva de descentralização, gradual mas sustentada, que transfira maiores competências para os municípios, reforçando a sua capacidade de atender aos interesses das populações e de combater as assimetrias regionais".
Marco António Costa acusa Ferreira Leite de cometer um erro político ao ignorar o debate da regionalização
21.01.2009 HERMANA CRUZ
"Tudo farei para que o meu partido aprove uma posição pró-regionalização". A promessa é do líder distrital do PSD/Porto, para quem Manuela Ferreira Leite está a "cometer um erro político" ao ignorar o debate da regionalização.
O tema está a fracturar, de novo, um PSD, agora com mais adeptos da regionalização do que há 11 anos, graças ao mapa proposto, no domingo, por José Sócrates, assente em cinco regiões. Mas, tal como em 1998, a linha directiva dos sociais-democratas continua a ser a da defesa da descentralização, a avaliar por declarações recentes da sua líder Manuela Ferreira Leite. É que, oficialmente, o PSD ainda nada disse sobre o assunto, o que pode ser um "erro político", avisou, ontem, ao JN, o presidente da Distrital do Porto.
"O PSD ao ignorar o problema está a cometer um erro político", declarou Marco António Costa, convencido de que a regionalização vai ser o "tema-central" do debate das legislativas. "Este Governo anda há quatro anos a fazer a regionalização encapotada, a fazer a reorganização dos serviços administrativos em cinco regiões. Está a marcar e a minar o terreno silenciosamente, para que o PS tenha uma posição hegemónica", denuncia o vice-presidente de Luís Filipe Menezes em Gaia.
Daí que considere importante que o PSD assuma uma posição sobre o assunto. A Distrital do Porto está preparada, contudo, para liderar internamente uma corrente pró-regionalização, que já tem adeptos em distritais como as do Algarve (cujo líder até criou um movimento defensor das regiões) e da Guarda, onde Álvaro Amaro, um dos vice-presidentes de Marques Mendes, considerou, ontem, que José Sócrates corrigiu "um erro histórico do PS" ao avançar com uma proposta para a criação de cinco regiões. Mas nada fará antes de uma posição oficial da Direcção do partido. "Não queremos que a nossa acção seja um obstáculo à Direcção do partido", justifica Marco António.
"Vamos aguardar que a Direcção Nacional tome uma posição, depois veremos", referiu o líder de uma distrital com tradição na defesa interna das regiões. Não é, assim, com surpresa que Marco António prometa: "Tudo farei para que o meu partido aprove uma posição pró-regionalização".
A tarefa do dirigente não é, porém, fácil. É que, com a queda do menezismo, perdeu-se também no partido um clima directivo favorável à defesa das regiões administrativas. Recorde-se que o autarca de Gaia, ao contrário do seu antecessor Marques Mendes, defendia que a regionalização devia avançar ainda este ano.
Agora, Ferreira Leite já admitiu publicamente ser adepta da descentralização. Fê-lo numa entrevista ao JN poucos dias após a sua eleição como líder do PSD. E deixou-o claro no discurso de encerramento do congresso de Torres Vedras ao fazer um "ponto de reflexão" sobre a "a importância de uma política efectiva de descentralização, gradual mas sustentada, que transfira maiores competências para os municípios, reforçando a sua capacidade de atender aos interesses das populações e de combater as assimetrias regionais".
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