PS expulsa Maria José Azevedo e Narciso Miranda do partido
Federação promete abrir processos contra todos os militantes que integrem outras listas
Federação promete abrir processos contra todos os militantes que integrem outras listas
A questão de fundo é que o actual presidente da Federação é o principal responsável, por força da abulia e incapacidade, pela situação a que se chegou (PB).
(JN) 23.01.2009 CARLA SOARES
O PS/Porto vai dar orientações às concelhias para que todos os militantes que integrem listas adversárias sejam identificados e alvos de processo disciplinar para "consequente expulsão", incluindo Maria José Azevedo e Narciso Miranda.
No dia em que a vereadora Maria José Azevedo, cabeça-de-lista do PS em Valongo nas últimas autárquicas, apresentou a sua candidatura independente, o líder distrital, Renato Sampaio, garantiu, ao JN, que "não haverá excepções" entre os militantes que concorram contra o partido.
"Não pode haver qualquer ideia de complacência com aqueles que não cumprem as regras internas", disse Renato Sampaio. Por isso, deixou claro o destino que lhes reserva. "Darei instruções às concelhias para que me informem quais os candidatos que protagonizam ou integram listas contra o PS. E apresentarei em todos os casos, sem excepção, um processo na Comissão de Jurisdição distrital" para a "consequente expulsão do partido", adiantou.
O líder distrital diz que se limita a "fazer cumprir os estatutos". E, instado sobre a hipótese do PS poupar aqueles militantes, assegurou que "não há nenhuma orientação nacional nesse sentido". Por isso, "a partir do momento em que sejam entregues as listas" em tribunal e "o acto for consumado", avançam os processos.
Quando também Narciso se prepara para avançar como independente, o dirigente lança uma sugestão. "Os militantes socialistas deviam seguir o exemplo de Helena Roseta que, no dia em que decidiu candidatar-se contra o PS, entregou o cartão, o que revela que sabe estar na vida política com dignidade", acrescentou.
Na apresentação da candidatura, Maria José Azevedo rejeitou que seja o fim da sua ligação ao PS. "Sou socialista de matriz. Já o era antes de ser militante", afirmou. E desvalorizou o risco de ser expulsa: "essa preocupação não me passa pela cabeça".
"Estou à espera de apoios de todos os cidadãos", declarou, garantindo que "o adversário é o actual executivo". A candidatura parte de um abaixo-assinado com 318 militantes. Mas tem gente do PSD. também a ex-vereadora Ernestina Miranda esteve presente. Ao líder distrital, a vereadora acusa de a ter "maltratado". "Imagino que quisesse que eu esperasse infinitamente", criticou, após Renato Sampaio não ter respondido ao pedido para esclarecer a estratégia. A autarca admite que o líder lhe sugeriu integrar Afonso Lobão (candidato da Concelhia) como seu número dois, mas que este não merece a sua "confiança".
Já Narciso Miranda responsabilizou Renato Sampaio por um "processo desastroso e politicamente catastrófico" de indicação dos candidatos autárquicos no distrito. Matosinhos, Marco, Paços de Ferreira, Gaia e Valongo são os exemplos que avança. "Estou a fazer o meu caminho", disse, questionado sobre a sua candidatura independente. E também desvalorizou o risco de expulsão: "esse problema não é e nunca será meu, porque eu não mudei. Sou e serei convictamente socialista. Não fui eu que me desviei dos princípios e valores do PS".
(JN) 23.01.2009 CARLA SOARES
O PS/Porto vai dar orientações às concelhias para que todos os militantes que integrem listas adversárias sejam identificados e alvos de processo disciplinar para "consequente expulsão", incluindo Maria José Azevedo e Narciso Miranda.
No dia em que a vereadora Maria José Azevedo, cabeça-de-lista do PS em Valongo nas últimas autárquicas, apresentou a sua candidatura independente, o líder distrital, Renato Sampaio, garantiu, ao JN, que "não haverá excepções" entre os militantes que concorram contra o partido.
"Não pode haver qualquer ideia de complacência com aqueles que não cumprem as regras internas", disse Renato Sampaio. Por isso, deixou claro o destino que lhes reserva. "Darei instruções às concelhias para que me informem quais os candidatos que protagonizam ou integram listas contra o PS. E apresentarei em todos os casos, sem excepção, um processo na Comissão de Jurisdição distrital" para a "consequente expulsão do partido", adiantou.
O líder distrital diz que se limita a "fazer cumprir os estatutos". E, instado sobre a hipótese do PS poupar aqueles militantes, assegurou que "não há nenhuma orientação nacional nesse sentido". Por isso, "a partir do momento em que sejam entregues as listas" em tribunal e "o acto for consumado", avançam os processos.
Quando também Narciso se prepara para avançar como independente, o dirigente lança uma sugestão. "Os militantes socialistas deviam seguir o exemplo de Helena Roseta que, no dia em que decidiu candidatar-se contra o PS, entregou o cartão, o que revela que sabe estar na vida política com dignidade", acrescentou.
Na apresentação da candidatura, Maria José Azevedo rejeitou que seja o fim da sua ligação ao PS. "Sou socialista de matriz. Já o era antes de ser militante", afirmou. E desvalorizou o risco de ser expulsa: "essa preocupação não me passa pela cabeça".
"Estou à espera de apoios de todos os cidadãos", declarou, garantindo que "o adversário é o actual executivo". A candidatura parte de um abaixo-assinado com 318 militantes. Mas tem gente do PSD. também a ex-vereadora Ernestina Miranda esteve presente. Ao líder distrital, a vereadora acusa de a ter "maltratado". "Imagino que quisesse que eu esperasse infinitamente", criticou, após Renato Sampaio não ter respondido ao pedido para esclarecer a estratégia. A autarca admite que o líder lhe sugeriu integrar Afonso Lobão (candidato da Concelhia) como seu número dois, mas que este não merece a sua "confiança".
Já Narciso Miranda responsabilizou Renato Sampaio por um "processo desastroso e politicamente catastrófico" de indicação dos candidatos autárquicos no distrito. Matosinhos, Marco, Paços de Ferreira, Gaia e Valongo são os exemplos que avança. "Estou a fazer o meu caminho", disse, questionado sobre a sua candidatura independente. E também desvalorizou o risco de expulsão: "esse problema não é e nunca será meu, porque eu não mudei. Sou e serei convictamente socialista. Não fui eu que me desviei dos princípios e valores do PS".
Sem comentários:
Enviar um comentário